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Fotógrafo: Eduardo Aigner/MDA

Agrotóxicos na Berlinda

A busca por uma alimentação saudável faz com que aumente cada vez mais o consumo de produtos orgânicos no país. Números do Projeto Organics Brasil apontam que o consumo no setor cresceu 40% no último ano. Resultado de uma produção sem uso de agrotóxicos e que respeita os aspectos ambientais, sociais e culturais, os orgânicos ganham espaço na mesa dos brasileiros. Hoje já são frutas, verduras, mel, cereais, cosméticos e tecidos produzidos a partir de matérias-primas sem o uso de produtos químicos.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) apoia a prática, por meio da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), instituída pelo governo federal no último mês de agosto. “Estamos também apoiando a formação da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na elaboração de um edital para assistência técnica e extensão rural, a partir de 2013, para atender a 50 mil famílias para a produção de bases agroecológicas”, detalha o coordenador da Gerência de Agroextrativismo da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA João D’Angelis.

Resíduos – E destaca, ainda, os benefícios do consumo de orgânicos: “Esse tipo de alimento faz bem para a saúde, para a natureza e para a economia local, o que garante a sustentabilidade da produção”. Segundo D’Angelis, são alarmantes os dados de contaminação de alimentos por resíduos de agrotóxicos. “Estudos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que, em 2010, 75% das amostras de 18 alimentos apresentaram resíduos de agrotóxicos”.

Um dos objetivos da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, lançada no último mês de agosto, é ampliar o número atual de 200 mil para 300 mil famílias envolvidas com produção orgânica e em bases agroecológicas até 2014. Além disso, o governo busca incentivar o consumo desses produtos pela população.

A PNAPO pretende, ainda, integrar, articular e adequar políticas públicas, programas e ações indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis.

Dessa forma, com essas ações, o Ministério do Meio Ambiente espera reduzir o uso de agrotóxicos e aumentar os índices de conservação da agrobiodiversidade, além de tratar-se de mais um instrumento público que busca construir agenda sustentável para a sociedade brasileira.

Em domicílio – Reginaldo Silva, produtor de orgânicos no assentamento Monte Alto (localizado no município de Padre Bernardo, em Goiás), vive da atividade. “Há anos trabalhamos na produção de alimentos puros, sem agrotóxicos, nas quatro chácaras que constituem a nossa produção”, afirma. Além de participar de feiras específicas de produtos orgânicos, a pequena empresa do produtor, que trabalha com o pai, também faz entregas em domicílio da região de Brasília e entorno.

Questionado quanto à qualidade das frutas e verduras que ele vende, Silva mostra-se bastante firme no conceito de sustentabilidade e bem-estar. “São produtos mais saudáveis, sabemos isso, só de tirar os agrotóxicos e os produtos químicos que são um veneno para a saúde do homem, vemos a diferença”, diz o produtor. Ele acrescenta, ainda, que o consumo vem crescendo visivelmente nos últimos anos, o que fez com que a família aumentasse o número da produção para atender À nova e crescente demanda.

No mês do consumo consciente, o Ministério do Meio Ambiente, que fomenta a prática, destaca alguns pontos para incentivar o consumo de orgânicos. Confira dez motivos para consumir produtos orgânicos (fonte: Portal Ambiente Brasil):

1. Evitam problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas;

2. São mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo;

3. São mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los;

4. Protegem futuras gerações de contaminação química. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais;

5. Evitam a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano;

6. Protegem a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos;

7. Restauram a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis;

8. Ajudam os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem à terra e revitaliza as comunidades rurais;

9. Economizam energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se apoia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza;

10. O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e garante ao consumidor estar adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.

Fonte: AmbienteBrasil/MMA

O CEA esteve presente com a militante Cintia Barenho que contribuiu com a formação das mulheres discutindo o que está em jogo no Código Florestal  agora que tramita novamente no Congresso Nacional.

por Rachel Duarte

Sob sol intenso, mais de mil mulheres do campo e da cidade marcharam por mais amor à vida e à terra, nesta terça-feira (6), em Porto Alegre. O grupo ocupou a frente da sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para sensibilizar as autoridades locais sobre os danos da estiagem aos pequenos produtores e a falta de políticas públicas preventivas à seca. Após uma hora e meia de caminhada – em meio a alguns gritos masculinos pedindo para que elas “fossem para casa trabalhar” -, as mulheres se dividiram em grupos temáticos na Praça da Matriz e organizaram a pauta reivindicatória da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres do Campo e da Cidade, organizada pela Via Campesina por ocasião do Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Este ano, as mulheres cobram fundamentalmente o veto da presidenta Dilma Rousseff ao Novo Código Florestal.

Mais de mil mulheres camponesas marcharam contra o Novo Código Florestal e outras lutas./Foto: Leandro Silva.

“Começamos e não vamos parar mais. Este papel de luta e esforço está na história das mulheres”, disse a representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Silvia Marques. Ela explica que tradicionalmente as mulheres dos principais movimentos sociais de trabalhadores aproveitam a proximidade com o Dia Internacional da Mulher para sensibilizar a sociedade e autoridades sobre as políticas de gênero necessárias nas intervenções do estado. “Somos nós que cuidamos do alimento e nos preocupamos com aquilo que está indo para a mesa. Temos pesquisas que apontam que são utilizados 5,2 litros de veneno por ser humano nos alimentos. Nós estamos querendo produzir alimentos saudáveis, mas, precisamos de condições para isso”, cobra Silvia.

Além do uso de agrotóxicos, as trabalhadoras cobram ações preventivas para evitar os danos aos pequenos produtores que sofrem há oito anos com a estiagem no RS. “Se tivéssemos um plano de irrigação não teríamos este problema. Mas, só tem nas grandes lavouras. Nestas não falta água. Nós já perdemos a segunda safra. Perdemos tudo”, lamenta a trabalhadora Adriana Pereira, do MST. Ela afirma que uma pauta específica do MST, referente ao assentamento de mil famílias prometido pelo governo gaúcho seria entregue nesta terça.

“Esperamos que a Dilma se sensibilize”

Via Campesina ocupa por uma hora e meia a Praça de Pedágios da empresa Univias, na BR 290./Foto: Leandro Silva.

As atividades no Rio Grande do Sul iniciaram às 8h30min, com a ocupação da praça de pedágios da empresa Univias, na BR-290, por uma hora e meia. Os protestos se estenderam ao condomínio Ponta da Figueira, em Eldorado do Sul. Em meio às cobranças por moradia, trabalho e direitos, as mulheres gritavam para que Dilma Rouseff não assine em baixo do texto do Novo Código Florestal, que está na pauta de votação dos deputados federais.

“É quando vamos para as ruas que as coisas acontecem. Não podemos ficar a mercê das decisões políticas. Nós queremos os nossos direitos, mas queremos produzir em uma nação soberana. Este código é a abertura das fortalezas naturais para os latifundiários. Vamos viver apenas de soja e eucalipto se isso for concretizado, é só o que sobrará”, defende a trabalhadora Silvia Marques.

“No Dia Internacional da Mulher não se comemora, se luta”

A jornada nacional de luta das mulheres seguirá ao longo da semana. As representantes do movimentos sociais defendem que a conquista dos direitos feministas devem ser feitas ao longo do ano, o que não justificaria celebrar uma data marco para as mulheres. “Nós saímos das nossas regiões para lutar constantemente. No dia 8 de março não comemorarmos, nós fazemos luta e reafirmamos a nossa caminhada por uma vida mais digna para os nossos filhos”, falou Adriana Pereira.

Jornada de Lutas inicia por Eldorado do Sul e encerra na Praça da Matriz, no Centro de Porto Alegre./Foto: Leandro Silva.

No ato desta terça, muitas mulheres marcharam acompanhadas dos filhos. No colo delas também veio a cobrança por serviços decentes e uma maior oferta de casas abrigo e Centros de Referência para Mulheres Vitimas de Violência. “No interior é uma dificuldade para registrar ocorrência em delegacias. Tem lugares que nem tem delegacia. Aqui em Porto Alegre mesmo, uma mulher da Vila Bom Jesus tem que pegar duas conduções para chegar no serviço policial mais próximo”, cobra a representante do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Chirlei Fischer.

A Jornada Nacional de Lutas das Mulheres do Campo e da Cidade iniciou no dia 3 de março, na Bahia. Organizada pela Via Campesina Brasil em torno do Dia Internacional de luta das mulheres, 8 de março, as ações cobram do Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra) agilidade nos processos de desapropriação dos latifúndios das grandes áreas do monocultivo de eucalipto.

Nesta terça-feira, 6, mil trabalhadoras Sem Terra do Paraná também ocuparam a sede do Incra, em Curitiba, para cobrar agilidade na desapropriação das áreas para as 6 mil famílias acampadas no estado. O protesto reivindicou investimentos para habitação rural, infraestrutura para a agricultura familiar, créditos de fomento para produção agrícola e assistência técnica. Na Assembleia Legislativa do Paraná foi realizada ainda uma sessão especial contra as mudanças do Código Florestal e as mulheres também cobraram de Dilma o veto às mudanças feitas por senadores e deputados federais.

Fonte: Sul21

 A reforma no Código Florestal, em análise no Senado, deve ter um impacto econômico até agora insuspeito: no valor das desapropriações para reforma agrária e criação de unidades de conservação.

Ao mudar os parâmetros de área de preservação no interior de propriedades, a nova lei aumentará a área produtiva “”passível de indenização pelo poder público para fins de desapropriação. Para especialistas ouvidos pela Folha, o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a dezenas de bilhões de reais. “É uma caixa preta, cujos cálculos ninguém fez ainda”, disse Herman Benjamin, ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e conselheiro do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

Ele cita uma única indenização, na década de 1990, para a criação do parque nacional da Serra do Mar, em Ubatuba (SP). Foi desapropriada uma área de 13 mil hectares, por R$ 1 bilhão. Hoje, o Estado de São Paulo deve mais de R$ 7 bilhões em desapropriações ambientais.

De acordo com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o tema chegou a ser discutido entre o instituto e o Ministério do Meio Ambiente. Como o código ainda não foi aprovado, não foi feito um cálculo de qual seria o gasto adicional em indenizações.

Mudanças

O texto do novo Código Florestal sugere mudanças tanto em APPs (Áreas de Preservação Permanente) quanto em reservas legais. No caso das APPs, áreas hoje consideradas intocáveis, como encostas, passarão a ter possibilidade de uso agrícola.

Acontece que hoje as APPs não são contabilizadas como área produtiva de propriedades. Por isso, não são passíveis de indenização para fins de reforma agrária ou criação de unidade de conservação caso sejam ocupadas.

“No instante em que você legaliza, especialmente áreas de pasto, isso passa a ter valor econômico”, diz Benjamin. “Haverá alteração de todas as ações indenizatórias, não só em curso, mas já transitadas em julgado e em etapa decisória. Serão bilhões de reais”, afirma o ministro.

Flávio Botelho, professor de agronegócio da UnB (Universidade de Brasília), explica que desapropriações poderão ocorrer em áreas de expansão agrícola “”como no sul da Amazônia, em Mato Grosso, no Maranhão e no Piauí. “Regiões como o Sul e o Sudeste, que são mais ocupados, tendem a sofrer menos modificações”, afirma.

Benjamin diz que a discussão sobre o tema não pode ser fundamentada em “miudezas”, mas no debate das linhas principais do código. “A lei jamais contará com a unanimidade. É evidente que haverá divergências se forem discutidos os pormenores. Ruralistas e ambientalistas devem reconhecer que todos perderão um pouco.”

Para ele, as grandes linhas de orientação da reforma são a separação entre o futuro e o passado “”determinar quais áreas são passivo ambiental e precisam ser recuperadas”” e o esclarecimento de que os dispositivos futuros não serão flexibilizados no tratamento das florestas existentes daqui para a frente.

Da Folha de S. Paulo, socializada pelo MST.

Fonte: EcoDebate, 22/07/2011

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João Pedro Stédile por Manuela Azenha

por Luiz Carlos Azenha

O velho paradigma, do sem terra com a foice na mão enfrentando o capanga do latifundiário, já era. Essa ideia — assustadora para a classe média, romântica para uma certa esquerda e mortal para os descamisados — será superada por um crescente enfrentamento entre a sociedade civil e o modelo do agronegócio, de acordo com o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.

Por causa da correria dos últimos dias, ainda não pude escrever sobre a hora e meia de entrevista que fiz, ao lado de Conceição Lemes, com o Stédile. Farei isso aos poucos.

Para ele, o novo paradigma surge da consciência crescente da população em relação aos danos ambientais causados pela monocultura mecanizada de vastas extensões de terra, que envenena a água, o solo e o ar, expulsa o homem do campo para as cidades, ameaça a biodiversidade e é responsável por fazer do Brasil o maior consumidor de venenos agrícolas do mundo.

Durante a entrevista, Stédile deu um exemplo: em 2006, quando as mulheres da Via Campesina invadiram o horto florestal da Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul, destruindo mudas de eucaliptos, pouco se sabia no Brasil sobre o “deserto verde”, que resulta do plantio de vastas extensões de eucalipto para a produção de celulose. Hoje, diz Stédile, a própria Votorantim tem se mostrado flexível a discutir as propostas do MST, que quer limitar em 20% a área de eucaliptos plantada em um município.

Isso se deve, segundo Stédile, à própria reação de quem mora perto dos “desertos verdes”: o eucalipto suga a água do solo, não permite que vegetação se desenvolva entre as árvores — causando, entre outras coisas, o sumiço das abelhas — e empobrece o solo.

Agora, no entanto, o MST não vai agir apenas no campo da política. O movimento pretende demonstrar na prática a viabilidade econômica da agricultura orgânica e está se preparando para produzir suco de uva natural (sem produtos químicos no plantio e cuidado das uvas e sem conservantes no produto final) e arroz orgânico para a merenda escolar. Stédile imagina que os pais de alunos, os maiores interessados na saúde dos próprios filhos, são aliados em potencial na luta contra a agricultura devastadora patrocinada pelas grandes corporações.

Assim serão, também — imagina Stédile — os médicos, pesquisadores e cientistas, quando ficarem mais claras as consequências do uso de sementes geneticamente modificadas para a biodiversidade brasileira e dos venenos associados a elas para a saúde pública.

Para quem quiser ter uma visão completa do que sugere Stédile, recomendo que ouçam a íntegra da entrevista, aqui. Garanto que vale a pena.

Fonte: Viomundo


Sociedade brasileira tem a chance de acabar com o latifúndio no Brasil durante o Plebiscito Popular pelo Limite da Terra, que ocorre em todo Brasil de 1 a 7 de setembro.

1- Porque a concentração de terra é a grande responsável pela miséria e fome em nosso país.

2 – Porque no Brasil se uma pessoa quiser comprar todas as terras privadas de Norte a Sul, de Leste ao Oeste, pode! Pois não existe uma lei que limite o tamanho da propriedade de terra no nosso país.

3 – Porque o latifúndio e o agronegócio, no ultimo século, expulsaram mais de 50 milhões de pessoas do campo, provocando o surgimento de milhares de favelas em todo o País, onde vivem mais de 80 milhões de brasileiros e brasileiras em condições desumanas. Se não houver uma Reforma Agrária decente este número vai aumentar ainda mais.

4 – Porque muitas famílias sem terra poderiam ter acesso à terra e com isso aumentaria a produção de alimentos, pois a agricultura familiar e camponesa é a responsável pela produção dos alimentos da mesa dos brasileiros.

5 – Porque são as pequenas propriedades que produzem alimentos orgânicos, livre dos agrotóxicos e é um direito das populações do campo e da cidade ter uma alimentação saudável

6 – Porque a agricultura familiar e camponesa cria muito mais empregos. Emprega 15 pessoas a cada 100 hectares, enquanto que o agronegócio emprega apenas duas.

7 – Porque o latifúndio e o agronegócio são os grandes responsáveis pela violência no campo e pela exploração do trabalho escravo.

8 – Porque banqueiros, grandes empresários e corporações internacionais são donos de grande parte dos latifúndios. Muitos nunca plantaram um pé de cebola.

9 – Porque 1% dos estabelecimentos rurais, com área de mais 1 mil hectares e ocupa 44% de todas as terras, enquanto praticamente 50% dos estabelecimentos com menos de 10 hectares, ocupam somente, 2,36% da área.

10 – Porque no século passado pelo menos 20 países estabeleceram um limite para propriedade rural, entre eles países desenvolvidos como Itália, Japão, Coréia do Sul. Agora é a nossa vez!

Se você concorda que é preciso acabar com a concentração de terras e riqueza em nosso país. Se você está cansado de tanta desigualdade e acredita que com uma Reforma Agrária justa podemos desenvolver o Brasil não só economicamente, mas também no âmbito social, gerando renda, empregos e distribuição de renda, você pode ajudar a mudar o Brasil!

De 1 a 7 de setembro participe do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra. Diga sim! Coloque limites em quem não tem!

Exerça sua cidadania e mostre que, juntos, podemos conquistar o que é de direito de todos os brasileiros e brasileiras.

Elaborado pela Assessoria de Comunicação Fórum Nacional de Reforma Agrária e Justiça no Campo, FNRA e publicado pelo EcoDebate

Para saber mais sobre o Plebiscito Popular acesse AQUI

Os artistas e poetas de nossa terra estão empenhados na construção do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra.
O Cordel foi elaborado pela poetisa Sônia Freitas, da Comissão Pastoral da Terra – Regional NE II

1
Quem escreveu estes versos
Foi uma poetiza popular
Que se preocupa com o povo
Que continua a lutar
Para Construir o Brasil que Queremos
A gente tem que se Organizar.

2
Vai começar o bate-papo
Na comunidade e em todo lugar
Você não pode ficar de fora
Venha correndo participar
Para ficar logo sabendo
O que é um Plebiscito Popular.

3
Um Plebiscito é uma consulta
Que se faz ao povo de uma Nação
É uma iniciativa popular
Sobre um Problema ou uma Situação
Que atinge toda sociedade
E o povo tem que dar sua opinião.

4
Escute bem o que vou dizer
Cuidado e bastante atenção
Escolha bem em quem vai votar
Pois este, é um ano de Eleição
Não vote em candidatos corruptos
E que só fazem enganar o povão.

5
Este ano de dois mil e dez
Vai ter um Plebiscito Popular
Sobre o Limite da Propriedade da Terra
Em Defesa da Soberania Alimentar
Em defesa da Reforma Agrária
O Povo vai SIM Votar.

6
A iniciativa Popular deste Plebiscito
É para acabar com a Concentração
Das Terras deste País
E ao Latifúndio dizer Não
SIM ao Limite da Propriedade da Terra
Para o bem de toda a População.

7
Uma forma bacana de reduzir
As desigualdade Sociais
Com o Limite da Propriedade da Terra
Os Direitos se tornando iguais
Tanto para o povo do Campo
E para o povo das Cidades e Capitais.

8
Com o Limite da Propriedade da Terra
Acaba com as Monoculturas
Da Cana, da Soja e o Agronegócio
Facilita quem vive da agricultura
Produzindo a maior parte dos alimentos
Sustentar a Família Presente e Futura.

9
A Terra Concentrada em poucas Mãos
Famílias expulsas pras grandes Cidades
O povo vivendo nas favelas
Na miséria, na fome, na crueldade
Sem emprego, sem terra, sem casa
Só briga, violência e marginalidade.

10
1.546 Trabalhadores assassinados
13.815 famílias despejadas
2.709 famílias expulsas de suas terras
422 pessoas presas e marginalizadas
Esse é o resultado nos últimos 25 anos
E 163 mil pessoas escravizadas.

11
A maioria dos produtos da roça
Vem da Agricultura Camponesa
Mandioca, feijão, milho, arroz, café
Leite, carne, vem pra nossa mesa
Emprega 75% das pessoas do campo
Só 26% emprega o agronegócio, veja.

12
A distribuição das Terras do Brasil
Estão nas mãos de pouca gente
Concentração já vem dos Portugueses
Desconhecem as populações existente
47% são donos acima de mil hectares
Cada um, hoje não é diferente.

13
Agronegócio crescimento perverso
Expulsando o povo do campo
Em 1900 10% viviam nos Sítios
Em 70 sobe pra 60% no entanto
2002 este número passa pra 80%
Vivendo nas cidades é um espanto.

14
Com 50 milhões de pessoas
Vivendo nas Regiões Metropolitanas
11 milhões de pessoas nas favelas
Em situação pra lá de desumana
Área de risco na beira dos rios,
morros Moradias de luxo só pros Bacanas.

15
Existem Limites em outros Paises
Na Coréia do Sul, Malásia, Japão
Filipinas, Tailândia, Nicarágua
Índia, El Salvador, Paquistão
Terra Desenvolvimento Social
Os Paises fizeram a redistribuição.

16
Vamos falar para a população
O que é um Módulo Fiscal
É uma referência de Área Mínima
Suficiente pra se viver legal
Varia de 5 e 110 hectares
Proposto pelo Fórum Nacional.

17
Trinta e cinco Módulos uma média
175 hectares pras famílias camponesas
Deixando a Reserva Ambiental de 20%
E se viver em harmonia e delicadeza
Respeitando a Mãe Terra todo dia
Alimentação sem agrotóxico na mesa.

18
Que posso fazer pra contribuir
Na campanha e com o Plebiscito
Do Limite da Propriedade da Terra
Participar com garra e compromisso
Pois a realização e sucesso do mesmo
Depende da participação acredito.

19
O empenho de cada pessoa é importante
De cada Entidade e Organização
Das Pastorais e Movimentos
Fazer algo com força e determinação
Para as famílias garantir seus Direitos
Para corrigir a absurda Concentração.

20
Fale do Plebiscito, promova debates
Nas Escolas, Igrejas, Rádios e Jornais
Se Articule, Divulgue pela Internet
Participe dos Comitês Municipais
Convide a família, colegas de trabalho
Organize a Votação nos seus Locais.

21
Na semana do Grito dos Excluídos/as
Intensifique a divulgação
Convide seus amigos e amigas
Para ajudar na Organização
De 1 a 7 de setembro no Brasil
Vai acontecer o Plebiscito, a votação.

22
Vote SIM para o Limite da Propriedade
Assine o Abaixo-Assinado
E a Emenda Constitucional-PEC 438
Será entregue na Câmara e no Senado
Mais de 1 milhão e meio de Assinatura
E Nós Reivindicando vai ser Aprovado.

23
Termino aqui os meus versos
Com muito prazer e satisfação
Através do Cordel fica mais fácil
De entender melhor a Votação
De 1 a 7 de setembro vamos dizer SIM!
Ao trabalho Escravo e Latifúndio NÃO!

Fonte: IHU

A Stora Enso, papeleira Finlandesa, conseguiu legalizar terras compradas por seus laranjas gaúchos. Será que haverá alguma reversão?

Empresas nacionais e estrangeiras concentram em ritmo violento a propriedade rural no Brasil

O Incra acaba de revelar que, entre 1998 e 2008, o número de imóveis rurais de propriedade de empresas, tanto nacionais como estrangeiras, passou de 67 mil para 131 mil, de acordo com reportagem do Valor Econômico.

Nesse período, o total de terras controlado por empresas passou de 80 milhões para 177 milhões de hectares.

Esse volume de terras é espantoso se lembrarmos que o Brasil cultiva apenas 65 milhões de hectares em lavouras.

Ainda mais porque o resto de nosso território é utilizado em pastagens, reserva patrimonial e especulação, além das terras públicas.

Agora esperamos que os pesquisadores, a universidade e o próprio Incra ajudem explicar o seguinte:

>>> Por que empresas precisam de tanta terra?

>>> Quem são essas empresas? Para que usam?

>>> São apenas testa de ferro do capital estrangeiro ou aplicam em terras para especulação?

Os dados apresentados na discussão sobre o limite para compra de terras por estrangeiros demonstra que está em curso uma contra Reforma Agrária no Brasil, praticada pelo capital, que concentra cada vez mais as nossas terras.

Fonte: La Biodiversidad en America Latina

Para saber mais:

“Parecer que limita a compra de terras por estrangeiros terá efetividade reduzida”

Estrangeiros usam ”laranjas” para registrar terras no país

https://centrodeestudosambientais.wordpress.com/wp-content/uploads/2010/08/ago2010311.jpg?w=300

Esta foto foi tirada por volta das 10:00h da manhã de domingo,observe o céu.

Parece inacreditável que estejamos no sul do país sendo sufocados pela fumaça do sudeste e centro do país. Ah, e norte também, conforme li em vários sites, lá na Amazônia estão com o mesmo problema da fumaça, mas no que dá pra entender a fumaça é de lá mesmo.

Mas o que realmente me chamou a atenção em todas as matérias que vi, ouvi e li sobre o assunto, é que não estão(ninguém) questionando de onde está vindo esta fumaça!!? No Estadão divulgaram o aumento de cidades proibida de queimar cana-de-açúcar, eu pergunto, “aumento de cidades proibidas de queimar? então existem ainda cidades(e são muitas) que queimam!” . Bom além da conclusão óbvia de que parte desta fumaça vem dos canaviais, de onde mais? O que fazem os latifundiários do MT, TO, PA, GO e outros estados da região centro-oeste e norte?

https://centrodeestudosambientais.wordpress.com/wp-content/uploads/2010/08/ago2010310.jpg?w=300
Esta foto foi tirada por volta das 16:00h à tarde no mesmo domingo desde este dia, não vimos mais o céu azul.

Na nossa região, as pessoas queimam o campo nesta época, pra “limpar”, aonde tem tojo eles tem usado Tordon pra secar o tojo e depois da-lhe fogo. No lugar onde vão fazer lavoura, cortam a capoeira(ou o mato mesmo), e tacam fogo. Já vínhamos toda semana passada com o entardecer fumaceado, lá pelas cinco e meia, seis horas já fechava o horizonte e nosso olhar mal alcançava a coxilha mais próxima.

Tem fumaça dos outros lados do país, sim, tá provado por fotos de satélite que mostram o caminho da fumaça e tals, mas, todos os anos tem estas queimadas ou de fato este ano tá pior? é o clima e ventos e ares que se enquadraram este anos e tornaram este “fenômeno” possível?

Pode ser tudo isso…

Enquanto isso, assistimos dopados programas eleitorais com o único objetivo de dar poder a alguém, que vai fazer o que bem entende. Meu filho de 8 anos me perguntou”mas ele prometeu, tem que cumprir, não tem?” e eu disse “este é o problema meu filho, agente tem que votar sem saber no que vai dar, só na esperança.”

Fonte: Sitio Ibiekos

A experiência da Bionatur, que começou nos assentamentos do MST em Candiota e Hulha Negra, no sul do Rio Grande do Sul, representou o fim da dependência em relação às empresas e a entrada no sistema de produção agroecológico.

No início, antes da fundação da Bionatur, as famílias assentadas vendiam sua produção de sementes de hortaliças para as empresas da região. Como não conseguiam muitas vezes vender para as empresas, os agricultores começaram a passar as sementes para outros agricultores.

A Bionatur é um instrumento para mostrar à sociedade que a Reforma Agrária dá certo. Além disso, para os agricultores assentados, a Bionatur é “a porta de entrada” para o modelo agroecológico.

A Bionatur conta com pelo menos 230 famílias produzindo sementes livres de agrotóxicos, em 20 municípios do Sul do Brasil além de Minas Gerais. A rede já desenvolveu técnica para produzir 117 variedades de hortaliças, 15 de adubação verde e 10 culturas essenciais para o auto-sustento das famílias.

As sementes possuem certificação de produção agroecológica junto ao Ministério da Agricultura e são comercializadas em praticamente todos os Estados do Brasil. A Bionatur agora é coordenada pela Cooperativa Agroecológica Terra e Vida (Conaterra), desde junho de 2005.

Dados da Bionatur
Produção de sementes por safra: 22 toneladas
Variedades de espécies produzidas: 63
Famílias produzindo: 230
Municípios envolvidos: 20 municípios dos Estados de RS, SC, PR e sudeste de MG
Renda líquida anual: média de R$ 3 mil por família.
Comercialização: em média, são vendidos R$ 100 mil em sementes por ano.

Assista vídeo sobre a Bionatur AQUI

Saiba Mais sobre a Bionatur AQUI

por Celeuma

A Feira Nacional de Produtos da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário no Cais de Porto Alegre trouxe consigo a força a produção de quem está na terra para produzir comida para a população brasileira. A nossa comida. A concepção da Feira: “Brasil Rural Contemporâneo” foi cuidadosa e sensivelmente organizada.

Deu conta de demonstrar como um setor da sociedade que era tido como atrasado se transformou em potência nacional. Um belíssimo contraponto às monoculturas do agronegócio, que produzem commodities no mercado financeiro e não materializam bem-estar para o conjunto da sociedade, além de serem nocivas ao meio ambiente.

Foi possível se perguntar, caminhando nos decks de madeira reciclada da praça de alimentação, ouvindo onde Porto Alegre e o povo gaucho esteviram metidos nesses últimos anos. No Rio Grande do Sul as políticas públicas para a produção e o campo incentivam mais ao agronegócio do que a agricultura familiar.

Nós somos o estado dos transgênicos e dos eucaliptos.  Outros estados como Mato Grosso, Rondônia, Paraná, Pará, Rio Grande do Norte e ate o Rio de Janeiro exibiam a produção agrofamiliar. Todas caracterizadas pelo aproveitamento de recursos e riqueza locais, ou resultado de apostas pioneiras. {segue}

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A primeira imagem é de quinta-feira, quando recém tinham sido abertos os portões da Feira, antes da abertura oficial.

por Cris Rodrigues

Continuando a discussão*…

Se forem construídos prédios no Cais do Porto, como quer o governo Yeda (com o aval da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, que já ampliou os limites de altura das construções na área), muda toda a paisagem do Centro, elitiza, afasta a população, isola ainda mais o Guaíba. Qual é a moral, afinal de contas, de construir prédios comerciais, centro de convenções e shopping – tudo fechado – na beira do lago que é o rio mais bonito que Porto Alegre poderia querer? E que sempre se orgulhou de ter.

O Marco Weissheimer disse que “a política pode ser feita para causar bem estar e felicidade”. Eu vou além, acho que ela deve ser feita para causar bem estar e felicidade. Infelizmente, no Rio Grande do Sul, ela é feita apenas para satisfazer interesses privados. Ela se desvirtua.

Fiquei muito impressionada com o espaço usado para fazer os shows que aconteceram durante a Feira Nacional da Agricultura Familiar | BRASIL RURAL CONTEMPORÂNEO. Entre os armazéns do Cais e o Gasômetro, uma área enorme, vazia. Se houvesse interesse, vontade política, aquele espaço poderia abrigar outros tantos eventos, todo o tempo, a preço de custo ou com lucro pequeno que servisse para reinvestir e cada vez melhorar mais, podendo oferecer mais cultura e lazer para os cidadãos. Afinal, o lugar é público, não precisa dar lucro para quem gere. A primeira definição de “público” encontrada no Houaiss diz: “relativo ou pertencente a um povo, a uma coletividade”. Não é justo, pois, que fique restrito a poucas pessoas. Mais do que de todos, público deve ser para todos.

Conheci Puerthttp://somosandando.files.wordpress.com/2010/05/puerto_madero-hilton-river_view.jpgo Madero, em Buenos Aires, apontado por muitos como exemplo de bom aproveitamento de orla. O projeto de revitalização de 1989, em parceria com a iniciativa privada, transformou a região no bairro mais caro da cidade. Nos restaurantes, quase se paga só de olhar. Hotéis de luxo, centros de convenções, discotecas. Puerto Madero é também um lugar de negócios, coisa típica da burguesia.

O espaço está visualmente bonito, sim. Tem espaços públicos, áreas verdes, bastante até. Mas que não são frequentados por toda a população da cidade. Imagina um Parcão: quando eu olho pro lado e vejo meninas passeando de salto alto, dondocas ostentando seus abrigos de marca, fico constrangida e prefiro frequentar outros espaços. A elitização não é só cercamento. A elitização envolve todo o ambiente, o perfil do lugar. Não me senti à vontade em Puerto Madero, como imagino que não me sentiria no projeto que está sendo proposto para o Cais do Porto.

Aqui, o site oficial de Puerto Madero.
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* Para ler mais acesse AQUI

Fonte: Somos Andando

Brasil Rural Contemporâneo
Durante quatro dias Porto Alegre foi palco de uma grande festa. A festa dos trabalhadores e trabalhadoras que produzem o alimento nosso de cada dia. Uma festa que representa uma realidade que ninguém viu, ninguém vê e ninguém verá nos meios de comunicação monopolizados.Quem têm alguma dúvida disso é só reler as edições de Zero Hora durante os quatro dias da feira Brasil Rural Contemporâneo, realizado no Cais do Porto. Isso porque esse Brasil Rural Contemporâneo- titulo que reflete de forma inequívoca a realidade do Brasil que produz- não representa aquele “Brasil Rural Atrasado” baseado no grande latifúndio na monocultura exportadora, no deserto verde, das fumajeiras, da soja, do trabalho escravo e infantil. Modelo promovido como “moderno” pelos defensores dos monopólios privados de qualquer setor econômico, principalmente das comunicações.

Um mundo que ninguém viu e nem verá jamais, na RBS…

por Paulo Marques

O Brasil Rural Contemporâneo apresentou e representa o que existe de concreto, de real, de humano , de vivo no país. Um rural que é, ao mesmo tempo urbano, pois significa essa “Outra Economia” de essência não-capitalista de que nos fala Paul Singer, Boaventura Santos. Um modo de produção que nos interstícios do sistema capitalista semeia práticas contra-hegemonicas como o trabalho e a produção familiar, cooperativa, solidária e autogestionária. Uma outra economia que reflete uma cultura de solidariedade entre os pequenos produtores e os trabalhadores urbanos, que é ignorada pela ideologia dominante. Pois essa ideologia hegemônica do capital, tenta impor, em especial nos referimos ao povo de Porto Alegre, um modo de vida artificial, que pode ser identificado na feliz definição do CATARSE sobre o constructo ideológica da oligarquia guasca basedo no trinômio- RBS-Zaffari-Grenal, que busca moldar a sociedade conforme sua ideologia liberal-conservadora, definindo uma pseudo-cultura “porto-alegrense” senão gaúcha no qual inclui a retrógrada ideologia do gauchismo dos latifundiários.

O Brasil Rural Contemporâneo mostrou que a realidade é mais concreta que o “Galpão Crioulo” e a “Expointer” fazem crer. A riqueza e pujança da produção da agricultura familiar, agroecológica, cooperativada, associativa e solidária e a cultura livre confirmam isso. A liberdade que nos referimos não é aquela dos pseudo-liberais, que querem ser livres para excravizar.

Falamos de Livre também no sentido de liberdade da jaula de ferro dos monopólios que controlam o que se deve ser, fazer e “consumir”. A cultura no capitalismo, por exemplo, é mais uma mercadoria e como tal deve ser fetichizada, massificada para obtenção de lucros rápidos. Assim temos os “Planeta Atlantidas” com as figuras carimbadas de uma “pseudo-cultura fast-food”.

No Brasil Rural Contemporâneo encontramos o espaço, sempre negado pela RBS, ao nosso “rock de raiz” do Wander Wildner, Frank Jorge e Julio Reny, aquele que o Wander homenageou na canção que diz “ Julio Reny continua, nas ruas da cidade, com seu violão modelo Elvis Presley…” Representam uma geração de músicos que foi históricamente marginalizada pela mídia guasca, muito porque nunca deixaram de expressar em sua arte o pensamento contra-hegemônico e subversivo dos que não têm medo. O mesmo pensamento radical e rebelde que inspira o cantador Pedro Munhoz, poeta das lutas sociais. Pedro poderia fazer o que o bardo Woody Gutrhie fez ao escrever em seu violão na depressão americana da década de 30 quando cantava para os desempregados “ esta é uma máquina de matar fascistas”. Por isso tanto Pedro como os “irredutíveis gauleses” do rock gaúcho, parafraseando Wander, “ nunca tocarão no Planeta Atlantida…”

Por fim, temos que destacar a excelente cobertura “guerrilheira” do evento, realizada por um conjunto de blogs alternativos que concretamente furou o bloqueio da cada dia mais desacreditada mídia oligárquica. A guerra midiática está cada dia mais parecida com a guerra do Vietnã e como aquela têm tudo para derrotar o Império, pois conta com algo que só os revolucionários têm, ousadia e utopia.

Fonte: Brasil Autogestionário

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Frase

“De tanto postergar o essencial em nome da urgência, termina-se por esquecer a urgência do essencial.” Hadj Garm'Orin

Apresentação

O Centro de Estudos Ambientais (CEA) é a primeira ONG ecológica da região sul, constituída em Rio Grande/RS/Brasil, em julho de 1983.

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