Cobaia Mulher, Londres, 2012. Fonte: Daily Mail

Uma mulher se voluntariou, em Londres, na Inglaterra, para participar de um procedimento idêntico ao vivido pelos animais que sofrem diariamente como cobaias nos laboratórios. O intuito foi sensibilizar as pessoas a respeito da crueldade dos testes que usam animais. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

Ela foi arrastada por uma corda pelo pescoço e colocada sentada em um banco. Era hora de Jacqueline Traide comer, e pelas suas feições, seu medo era real.

Primeiro, sua boca foi aberta com dois grampos de metal, anexados a um elástico em torno de sua cabeça. Um homem, em um avental branco, a segurou pelo seu rabo de cavalo e a puxou até que sua cabeça fosse para trás.

A jovem de 24 anos vivenciou um procedimento onde cosméticos são pingados em olhos de animais.

Por 10 horas, esta atraente artista de 24 anos levou injeções, teve sua pele esfoliada e melada com loções e cremes – e então teve um parte de seu cabelo raspado em frente à consumidores atônitos em uma das ruas mais movimentadas de Londres.

E em algum lugar do mundo, talvez em um laboratório que esteja conduzindo testes para um novo rímel, um animal indefeso está sendo sujeito ao mesmo tratamento.

A diferença é que Jacqueline – publicamente humilhada, tremendo de frio e com a pele vermelha nas bochechas – foi para casa depois que o experimento terminou.

Um animal teria tido uma morte terrível.

Jacqueline teve parte de seu cabelo raspado, o que é comum em animais de laboratório. A Sociedade Humana Internacional e a Lush juntaram forças para lançar uma campanha global contra teste em animais.

Jacqueline se voluntariou para participar da performance chocante, para chamar atenção à dor e crueldade sofridas pelos animais em laboratórios.

Talvez o momento mais surpreendente foi quando uma parte do seu cabelo foi raspado – prática comum em laboratórios quando monitores ou eletrodos precisam ser colocados na pele de um animal.

Passageiros de ônibus e pedestres tiravam fotos da demonstração – antes de assinar a petição ou simplesmente ir embora.

Jacqueline, que parecia nervosa antes da apresentação, permaneceu calada durante toda a demonstração – mas pelas suas feições, seu sofrimento foi muito real.

Ela disse: “espero que isso plante uma semente de consciência nas pessoas, para que elas comecem a pensar sobre o que elas compram e consumem, e o que acontece quando um produto é produzido”.

Momentos depois, ela teve uma corda amarrada ao seu pescoço.

Alguns dos instrumentos usados em Jacqueline são usados em animais em laboratório em todo o mundo

O gerente da campanha Tamsin Omnond disse: “O irônico é que, se fosse um beagle na vitrine passando por isso, a polícia e a Sociedade Protetora estariam aqui em minutos. Mas em algum lugar do mundo, um animal é submetido a este teste. A diferença é que o público não vê. Nós precisamos lembrar as pessoas que isto ainda acontece. Cientistas têm usados animais em laboratórios para testes de medicamentos e cosméticos, e não pararam.”

 

Embora testes em animais para cosméticos tenham sido banidos na Comunidade Europeia há 3 anos atrás, ainda é legal na Grã-Bretanha a venda de cosméticos que foram testados em animais em outras partes do mundo, incluindo Canadá e Estados Unidos. Na China, estes testes são um requerimento.

A porta-voz da Sociedade Humana Wendy Higgind disse que “é moralmente impensável que empresas de cosméticos continuem a lucrar com o sofrimento animal”, adicionando que não há nenhuma justificativa para submeter animais à dor, só para produzir um batom ou uma sombra de olho.

Assine a petição que já tem quase 200 mil assinaturas.

Fonte: ANDA

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