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Vandana Shiva no Fronteiras do Pensamento

Vandana Shiva no Fronteiras do Pensamento. Foto Cíntia Barenho/CEA

A física, ecofeminista, ativista indiana Vandana Shiva palestrou ontem (28/05) no evento Fronteiras do Pensamento, no Salão de Atos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Nós do CEA novamente tivemos a oportunidade de acompanhar sua brilhante explanação. Durante os questionamentos saimos frustados, uma vez que o mediador, escolheu outras perguntas pouco a altura da conferência.

Enquanto buscamos produzir um material mais completo sobre a Conferência de Vandana Shiva, destacamos alguns elementos de sua fala:

  • Por uma democracia da Terra que nos reconecte com a perenidade da vida;
  • Vivemos processos onde as incertezas estão morrendo;
  • A separação humanos-natureza só existe nas mentes; nunca antes tivemos tão presos à natureza;
  • Vivemos um “eco apartheid”, uma separação no pensamento;
  • Conseguimos nos enganar que estamos progredindo, que somos inovadores;
  • Para o capitalismo se estabelecer e “crescer” a vida da natureza teve que ser tirada, assim, perde-se a ideia de Gaia/Mãe-Terra;
  • Não estamos produzindo alimentos. Alimento é sinônimo de nutrição. Alimento agora só é considerado se for commodty;
  • Precisamos passar de economias que matam, para economias vivas!!!
  • Quando reagimos com base no pânico (ex Crise Climática), tomamos decisões erradas!
  • O capitalismo se utiliza de Subsídios, Distorções, Mentiras, para se manter. Nenhum sistema dura tanto tempo em cima de estruturas tão artificiais;
  • O slogan de Porto Alegre foi “um outro mundo possível. Acredita que é mais que necessário para que  a humanidade possa ter algum lugar num planeta do futuro;
  • É necessário superar o tédio da monoculturas;
  • O futuro será diversificado ou não haverá futuro.

Vandana Shiva, ativista ecologista indiana, esteve presente no Rincão Gaia/Fundação Gaia partilhando suas ideias com alguns representantes do Movimento Ecologista Gaúcho.

Vandana Shiva no Rincão Gaia

Vandana Shiva no Rincão Gaia. Foto Cíntia Barenho/CEA

Para Vandana ” O Movimento Ecológico tem o máximo para dar, uma vez que em sua essência há a discussão de outro paradigma de vida.  O movimento sempre olhou para a economia dizendo: volte para ecologia, lugar onde você deveria estar”.

Vandana criticou a iniciativa de transformação em mercadoria, comercialização de todos os aspectos da natureza. Destacou que é necessário dar custo à destruição, mas não valorar a natureza para sua comercialização. O poluidor precisa pagar pelo custo da degradação, mas a atual lógica faz com que o poluidor seja pago, além de ser dono dos recursos. Um exemplo disso são os processos movidos pelas empresas de transgênicos sobre os agricultores que tem suas lavouras contaminadas pelos genes transgênicos patenteados pelas empresas.

Para ela, a Cúpula dos Povos tem explicitado sua contrariedade quanto a mercantilização da vida, destacando a necessidade de devolução de toda a integridade a natureza, expropiada pelo modelo atual.

Nós do CEA, através de Cíntia Barenho, também estivemos presentes neste dia celebração.

Como ainda não conseguimos produzir nosso próprio material, reproduzimos o material publicado na Ecoagência.

Hoje estaremos novamente acompanhando Vandana Shiva, em sua conferência no Fronteiras do Pensamento.

Celebração da vida: indiana Vandana Shiva é recebida no Rincão Gaia

No encerramento da programação que marcou os dez anos de seu falecimento, o engenheiro agrônomo e ambientalista gaúcho José Lutzenberger, certamente se emocionaria se assistisse a confraternização ocorrida neste domingo (27) no sítio que criou com amor e em homenagem a celebração da vida. O Rincão Gaia, localizado no município de Pantano Grande, recebeu a visita de uma de suas grandes amigas: a ecofeminista indiana Vandana Shiva.

Ao desembarcar no Aeroporto Salgado Filho no final da tarde de sábado, Vandana foi levada diretamente para o Rincão Gaia, uma área com 30 hectares e localizada há 120 quilômetros de Porto Alegre, onde foi recebida pela filha e sucessora de Lutzenberger, Lara. Assim como já havia ocorrido com Lutz em 1988, Vandana Shiva foi agraciada no ano de 2003 com o Prêmio Nobel Alternativo por sua luta em favor da biodiversidade, dos alimentos orgânicos e das mulheres indianas, principalmente de Chipko. Criou em seu país uma instituição que, entre outras atividades, recolhe diferentes tipos de sementes para proteção biogenética e uso gratuito pelas comunidades tradicionais. É uma ferrenha crítica do lobby dos transgênicos.

Durante o passeio, que durou cerca de uma hora, Lara mostrou que seu pai sempre falava da necessidade em haver um diálogo com a natureza, “sendo que essa relação íntima com a natureza faz com que a gente se sinta parte dela”, acrescentou. Todas as construções do Rincão foram pensadas e materializadas a partir das formas orgânicas da natureza, inserindo-se na paisagem com o menor impacto possível. Até as “caliças” da construção dos imóveis locais tiveram uma destinação ambientalmente correta. Telhas, lajotas e tijolos descartados formam belos canteiros, onde foram plantadas vegetações típicas de ambientes rupestres, como várias espécies de cactos. No local, com frequência pode-se ver lagartos, preás e cobras, que mantém um convívio salutar com os moradores do Rincão.

Vandana Shiva – Mas a grande expectativa de todos era ouvir a palestra de Vandana Shiva. Com um largo sorriso no rosto, ela homenageou Lutzenberger falando sobre as florestas. No entender de Vandana, a principal função das árvores não é render madeira, mas interagir no ciclo da água, solo e clima. Lembrou que em 1975 encontrou pela primeira vez José Lutzenberger, quando elaboraram um relatório com o objetivo de salvar as florestas tropicais, ocasião em que o Banco Mundial estava liberando U$ 8 milhões para financiar a destruição das florestas. Desde então, a relação entre os dois estreitou-se ainda mais.

Ela relembrou o acidente químico de Bophal, na índia, quando, na madrugada do dia 3 de dezembro de 1984 cerca de três mil pessoas morreram e dezenas de milhares foram contaminadas com o vazamento de 40 toneladas de gases tóxicos da fábrica de pesticidas da empresa norte-americana Union Carbid. “A maioria das pessoas morreu enquanto dormia”, afirmou. “Eles estavam usando produtos químicos que vieram da guerra e ainda hoje encontram-se espalhados por todo o planeta”.

Vandana criticou também o patenteamento das sementes por empresas como a Monsanto. Ela destacou que mais de 250 mil fazendeiros já cometeram suicidio na índia por causa das dívidas que contraíram em função da “escravidão” da semente, sendo a maior parte em áreas de cultivo da algodão. E acrescentou que os bancos de sementes tradicionais estão crescendo. “Desde que começamos esse trabalho, temos 80 bancos de sementes comunitários com, por exemplo, mais ou menos 100 tipos de trigo e cerca de 300 variedades de feijão”.

A indiana Vandana Shiva é a palestrante desta segunda-feira (28), da sexta edição do Fronteiras do Pensamento. O evento inicia às 19h30min no auditório do Salão de Atos da UFRGS, Avenida Paulo Gama, 110. Porto Alegre.

Fonte: Ecoagência

Pampeana por Eduardo Amorin

Pampeana por Eduardo Amorin

Ontem, sábado, 17 de dezembro, foi escolhido como o dia do Bioma Pampa, por decreto presidencial, em 2007, como forma de homenagear o nascimento de José Lutzenberger que em 2011 completaria 85 anos.

O decreto não é numerado e contem apenas dois artigos, sendo previsto que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) será responsável por promover “comemorações”, as quais o Centro de Estudos Ambientais (CEA) desconhece.

Segundo a doutora em zoologia, Georgina Bond-Buckup, integrante da ONG Igré, filiada a Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do RS (APEDeMA/RS), “o Bioma Pampa foi reconhecido como Bioma em 2004 e teve seu dia criado em 2007”.

Dados sobre o Bioma Pampa

Segundo Georgina o pampa está ameaçado pelas monoculturas e pela destruição de seu habitat natural.

Entre os biomas brasileiros, o Pampa é exclusivo da metade sul do Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 178.243 km2, correspondendo a 2,07% do território nacional e a 63% do território gaúcho.

Embora tenha grande extensão territorial, somente 41,32% da área do bioma Pampa ainda tem cobertura vegetal nativa, os restantes 58,68% foram modificados pelo uso do homem – principalmente pelo mau manejo dos campos com o sobrepastejo animal, com aplicação de herbicidas e pela introdução da silvicultura com espécies exóticas.

Nosso Pampa apresenta uma elevada biodiversidade campestre, compartilhando com gramíneas e leguminosas forrageiras a cobertura vegetal característica que determina a economia e a cultura da região.

A riqueza da vegetação do Pampa está composta por 2.600 espécies campestres representando em torno de 2/3 da diversidade da flora do RS. Mais de 300 espécies vivem exclusivamente neste bioma.

A riqueza da fauna, ainda não conhecida em sua totalidade, mostra espécies que ocorrem somente neste bioma (endêmicas), raras, migratórias, ameaçadas de extinção e aquelas de interesse econômico.

Mais de 90 espécies de mamíferos terrestres só conseguem viver no campo, como o graxaim, o veado-campeiro, o preá e o tatu, entre outros, constituindo 30% de espécies endêmicas. Cerca de 400 espécies de aves e mais de 50 espécies de peixes são conhecidas para a região.

Entre os biomas brasileiros é o que apresenta o menor número de áreas formalmente protegidas, representando somente 0,36% de sua área de ocorrência.

O Pampa vem sofrendo uma progressiva descaracterização do seu território pelas crescentes ameaças como o cultivo de árvores exóticas que não pertencem ao bioma nativo, no qual a vegetação original é composta por plantas herbáceas e arbustos. O campo é a expressão adequada para o perfil climático e o tipo de solo da região.

Plantar extensos conjuntos de árvores na região representa uma grande sobrecarga para os recursos disponíveis, especialmente a água do solo e os nutrientes realmente existentes, causando prejuízos irreversíveis ao meio ambiente e, consequentemente ao ser humano.

No RS são registradas 250 espécies da fauna ameaçadas de extinção e 10% dessas estão diretamente ameaçadas pela expansão das monoculturas de árvores.

Em 2010 o CEA promoveu uma exposição virtual sobre fotos do Pampa, para vê-la acesse AQUI 

Fonte CEA e Ecoagência.

O CEA estava lá acompanhando a atividade e apoia o lançamento regional do Comitê, em Pelotas/RS.

Foi lançada a Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida no RS, que reúne diversas organizações e entidades. A cerimônia aconteceu na sede da Emater/RS-Ascar, na noite desta segunda-feira (24).

Com o auditório lotado, mais de 100 pessoas assistiram ao filme O Veneno Está na Mesa, dirigido por Sílvio Tendler, acompanharam a palestra da bióloga e socióloga Magda Zanoni,e debateram projetos e ações desenvolvidas no Estado. A abertura do lançamento foi prestigiada pelo delegado da Superintendência Regional do MDA, Nilton Pinho De Bem entre outras representações de movimentos sociais e ambientais/ecológicos, como o Centro de Estudos Ambientais (CEA) e a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN). Também participaram integrantes da Associação Nacional de Pequenos Agricultores de Cuba, que fazem intercâmbio no RS.

Representando o governador Tarso Genro, o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, salientou a importância da Campanha. “É preciso desafiar o poder público em todos os níveis, até porque os governos têm um papel estratégico, que possibilita promover o avanço e o acúmulo de conhecimentos”, defendeu Paulus, ao citar eventos como o realizado nesta terça-feira (25) em Ijuí, sobre transição de sistemas de produção de grãos, e, na quarta-feira (26), em Taquara, sobre sistemas agroflorestais. “Através de momentos como este e de eventos que provoquem o despertar da consciência de técnicos, agricultores e consumidores, é que poderemos garantir qualidade de vida para todos”, destacou o diretor. Ele finalizou com uma frase de José Lutzenberguer, que atenta para a importância de se manter ações sustentáveis. “Não podemos considerar como progresso o que não somo para a facilidade humana”.

O vídeo mostra depoimentos de agricultores que optaram por não usar agrotóxicos. Do RS, tem agricultores de Caiçara, Paraíso do Sul, Agudo, Boa Vista das Missões e Iraí, na comunidade Sanga dos Índios, que desafiam as transnacionais químicas e se contrapõem ao modelo da chamada Revolução Verde. O site EcoAgência também é mencionado.

ALERTAS PARA A SAÚDE
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os hortigranjeiros preocupam, pois recebem altas doses de agrotóxicos, muitas vezes proibidos, e são consumidos in natura. Os alimentos mais contaminados são beterraba (33% de contaminação), alface (38%), mamão (39%), abacaxi e couve (44%), morango (51%), pepinos (55%), uva (56%) e pimentão (80%). Nos 10 anos, entre 1998 e 2008, a venda de agrotóxicos aumentou 140%. ?Não é à toa que são 5,2litros por pessoa/ano?, informa o vídeo, que será disseminado pelos participantes.

Outro fator que favorece o crescente consumo de agrotóxicos é o estímulo fiscal oferecido pelos governos, que dá descontos de 60 a 100% para as empresas químicas. “Faltam financiamento e políticas públicas para os pequenos agricultores, para que eles aumentem e diversifiquem a produção, provocando a baixa no preço dos orgânicos”, critica Dario Milanez, da Via Campesina. Ele questiona a expansão de monocultivos, como a soja, “que ocupa mais da metade da terra agricultável no Brasil. A expansão da soja, a transgenia e o aumento do uso de agrotóxicos é suficiente para trazer ainda mais riscos para a saúde das pessoas e para a contaminação do ambiente”.

O chefe de Gabinete da Emater/RS, Jaime Weber, afirma o compromisso da Instituição em mudar essa realidade, e diz lamentar erros médicos em diagnósticos de contaminação, prescrevendo serem casos de leptospirose. “Isso ocorre na região do fumo”. Para Jaime, “cada vez mais precisamos buscar informações e disputar por um modelo mais saudável”. Para isso, ele sugere repensar a militância, pressionar os governos e construir alianças estratégicas com os municípios. “Precisamos debater com conteúdo e informação”.

O pioneirismo do RS na promulgação da Lei Estadual Contra os Agrotóxicos, na década de 80, foi destacado pelo presidente da Agapan, Francisco Milanez, ao criticar a lei nacional como “uma cópia mal feita”. Ele defende o repasse dos royalties dos transgênicos para resolver o “conclamado problema da fome no mundo”.

Programas de crédito de incentivo à produção orgânica no RS devem ser anunciados em breve pelo Banrisul. A informação é da representante da instituição, Simone Azambuja, ao citar o Rio Grande Ecológico, que será recriado para custear a compra de sementes crioulas e para investimentos na agroecologia.

Atualmente, o Comitê Estadual Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida integra 30 entidades, “mas outras estão convidadas a participar”, salienta um dos coordenadores, o estudante Edmundo Oderich. A próxima reunião do comitê será na segunda-feira (31), às 18h30, na sede da PGDR (Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural), ao lado do DCE da Ufrgs, em Porto Alegre.

Ao final do debate, foi anunciada a realização do XII Seminário Estadual sobre Agroecologia XI Seminário Internacional sobre Agroecologia, de 28 a 30 de novembro, no auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa do RS, que tem como tema “Um outro olhar para o desenvolvimento”. Também foi citada a realização, em Pelotas, do lançamento regional da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, no dia 23 de novembro, na Faculdade Agrícola São Maciel.

Informações
Assessoria de Imprensa da Presidência da Emater/RS-Ascar
Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues

Fonte: AGAPAN

 

Lilly Lutzenberger

A bióloga Lilly Lutzenberger, filha mais velha do ambientalista José Lutzenberger, esteve ao vivo nos estúdios da rádio Ipanema Comunitária para a edição semanal do Cidadania Ambiental desta terça-feira. O programa será retransmitido no próximo sábado, 6 DE AGOSTO, a partir do meio-dia, e depois colocado à disposição para escuta pelos interessados na página do Cidadania Ambiental.

Lilly relata como está o trabalho diuturno na organização do acervo do pai, em vias de doação à PUC-RS, aonde poderá ser colocado à disposição da comunidade. Também conversou com o apresentador, jornalista João Batista Aguiar, sobre os primeiros anos da militância do pai no Rio Grande do Sul, que assistiu e participou. Destaca a importância do resgate para colocação à disposição de inúmeros acervos mantidos em ONGs ambientalistas gaúchas e mesmo em residências particulares. Falou também sobre o trabalho de recuperação da residência construída pelo Arquiteto José Lutzenberger e mantida pelo filho ambientalista José Antônio Lutzenberger, e agora pelas filhas Lilly e Lara, em Porto Alegre.

Cidadania Ambiental é transmitido todas as terças-feiras, entre 20 e 21 horas, e retransmitido aos sábados, entre 11 e 12 horas. Na mesa de som, Lothar Gutierrez.

Para contatos: radio@ipanemacomunitaria.com.br.

Fonte: http://ipanemacomunitaria.blogspot.com/search/label/CIDADANIA%20AMBIENTAL

Lara Lutzenberger, no Rincão Gaia, durante o Projeto Ambientalistas Educadores organizado pelo CEA e GAMBA, com apoio do MMA e UNESCO, em 2009. Foto: Cíntia Barenho / CEA

 

Ecossistemas verdes: paisagens agrícola e urbana

O segundo módulo do curso Sustentabilidade e Paisagem trata dos Ecossitemas verdes: paisagens agrícola e urbana, e acontece nos dias 16 e 17 de julho. Coordenado pelo agrônomo, paisagista e fotógrafo Paulo Backes, o evento é promovido pela Fundação Gaia – Legado Lutzenberger. As atividades teóricas e práticas têm lugar no Rincão Gaia, localizado junto a Pantano Grande, a 120 km de Porto Alegre.

Para Backes, uma paisagem sustentável é a que leva em consideração as características do meio ambiente, preservando os componentes da paisagem natural e, ao mesmo tempo, permitindo a produção. Esta acontece tanto no manejo da área original quanto na área agrícola integrada à preservação da paisagem natural.

“A proposta deste curso é pensarmos e discutirmos o modelo de paisagem agrícola e urbana que queremos construir com o enfoque na sustentabilidade” convida Backes. O curso inicia com uma análise sobre a paisagem agrícola e a urbana. Naquela enfoca-se os modelos de produção e os seus reflexos diretos na paisagem. Na urbe, a maior ênfase será dada à arborização e aos jardins sustentáveis de flora silvestre.

No decorrer do curso, a atenção volta-se para a arborização urbana, onde serão estudadas e aplicadas técnicas de poda e manejo. Nesta aula prática, será feita uma visita ao pomar do Rincão, que na época mais fria do ano está repleto de frutas cítricas, muitas delas plantados por Lutzenberger.

Desde inicio década de 80, quando formou-se em agronomia na UFRGS, Backes trabalha com paisagismo e arborização. Atualmente, seu nome é bastante conhecido na área da fotografia. A partir de 17 de junho, suas imagens podem ser apreciadas na Exposição Fotográfica Cactos Gaúchos, que integra o ciclo “Natureza Gaúcha no Jardim Lutzenberger”. As imagens dos cactos ficam expostas até o dia 31 de julho, no quinto andar da Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre.

As inscrições para o curso de poda e arborização efetivam-se mediante o depósito da primeira parcela e devem ser confirmadas até o dia 13 de julho, quarta-feira, pelos e-mails sede@fgaia.org.br e reservas@fgaia.org.br ou telefones 9725 3685 e 9725 3686. O pagamento pode ser parcelado em três vezes e inclui as atividades do encontro, todas as refeições e o pernoite.

Investimento: o investimento total no curso, que inclui hospedagem e todas as refeições, pode ser parcelado em três vezes. A entrada de R$ 73,00 garante a inscrição e as outras duas parcelas de R$ 85,25 podem ser pagas no dia do curso, com cheques para 30 e 60 dias. O valor para pagamento único é de R$ 243,50. Os interessados em receber o certificado do curso, devem acrescentar R$5,00.

Competências: Paulo Backes é fotógrafo, paisagista, formado em Agronomia e pós-graduado em Botânica pela UFRGS. Desenvolve projetos editoriais, dos quais destacam-se o Atlas Ambiental de Porto Alegre, Árvores do Sul, Mata Atlântica – As Árvores e a Paisagem e Lutzenberger e a Paisagem. Idealizou e ministrou por três anos o curso de extensão Fotografia Ambiental na UFRGS. Atua como fotógrafo comercial, atendendo agências de publicidade e editoras, é colaborador eventual de jornais e revistas, e administra um arquivo com mais de 20.000 imagens sobre as paisagens naturais e culturais do Cone Sul. Entre suas principais exposições, destacam-se: Árvore dos Pagos – 1999 e 2010 na Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro; Agricultura Familiar, 2009 – Solar dos Câmara na Assembléia legislativa do RS; Photo Morpho Vegetabilis – 2001 e 2002 Coletiva do grupo de fotografia Partenon, que circulou pela Fundação Cultural de Curitiba, Bolsa de Arte de Porto Alegre, Câmara Clara no Rio de Janeiro e Centro Cultural da UFMG; Shangai – 2010 Coletiva do grupo de fotografia Baita Profissional Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro. Desde 2004 tem se dedicado a documentar o Bioma Pampa, cujo primeiro ensaio foi publicado no Almanaque Socioambiental de 2008. Como paisagista, desenvolve trabalhos de recuperação ambiental e criação de Parques Ambientais, como os da empresa Souza Cruz e Fundação Iberê Camargo. Atualmente é consultor da Fundação Gaia.

Rincão Gaia, Pantano Grande / RS. Foto: Antonio Soler / 2009 / CEA

Encerra hoje (30 de junho) a exposição denominada História do Ambientalismo Gaúcho, no Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre , que homenageia a passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de Junho).

A mostra é inspirada no livro Pioneiros da Ecologia, de Elmar Bones e Geraldo Hasse (Já Editores) e reúne 16 banners que abordam aspectos do movimento em defesa da natureza no Rio Grande do Sul.

A exposição aponta as contribuições de Luis Roessler e de Padre Balduíno Rambo até a emergência da geração de militantes formada por José Lutzenberger, Augusto Carneiro, Caio Lustosa, Flávio Lewgoy e Sebastião Pinheiro. Também valoriza o trabalho das mulheres ao movimento ecológico, citando as pioneiras Hilda Zimmermann, Giselda Castro e Magda Renner, além do papel da imprensa local nas lutas pela preservação da natureza.

“As mulheres foram intelectuais de destaque no movimento, escrevendo notáveis textos em defesa da ecologia”, afirma o coordenador do Memorial da Câmara, Jorge Barcellos. “A imprensa gaúcha tomou uma posição na luta ambientalista porque colaborou na divulgação, através de inúmeros artigos de seus militantes e de pautas ambientalistas.”

Henrique Roessler, pioneiro na luta ecológica no RS

Os painéis não deixam de fora grandes lutas dos ecologistas gaúchos, como o combate ao uso dos agrotóxicos e pela constituição de políticas voltadas para o meio ambiente no Estado, notadamente no município de Porto Alegre.

O pionerismo de luta ecológica da América Latina foi protagonizado pela União Propetora da Natureza (UPN) e pela Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN), foi fundada por gaúchos.

Entrada franca, encerra as 16 horas. Informações: (51) 3220-4187.

Fonte: www.agapan.org.br e http://roessler.org.br.

Vídeo mostra o naturista, ecologista e um dos fundadores da Agapan,  Augusto Carneiro. A história dele se confunde com a história do próprio movimento ambientalista do Rio Grande do Sul.

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Frase

“De tanto postergar o essencial em nome da urgência, termina-se por esquecer a urgência do essencial.” Hadj Garm'Orin

Apresentação

O Centro de Estudos Ambientais (CEA) é a primeira ONG ecológica da região sul, constituída em Rio Grande/RS/Brasil, em julho de 1983.

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