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Críticas a política ambielntal gaúcha geram protestos de servidores e do MEG. Pelotas/RS. Foto: Soler/CEA
É., parece que a política (ou ausência dela) ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA)/RS não tem somente desagrado as ONGs da Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do RS (APEDeMA/RS), a qual já havia encaminhado, no início do ano, ao governador Tarso Genro (PT-RS) um documento sobre a crise ambiental, afirmando que “Lamentavelmente, depois de quatro décadas de emergência do paradigma ambiental, o projeto de desenvolvimento vigente no Estado do Rio Grande do Sul permanece na contramão da história, promovendo uma infraestrutura insustentável e ambientalmente obsoleta, além de não estar trazendo, de fato, uma melhor qualidade de vida aos cidadãos do RS. Assim, verificamos que se continua a investir em uma matriz energética ultrapassada e de alto impacto socioambiental (carvão mineral, hidrelétricas); em um modelo agrícola exportador de commodities (soja, arroz, celulose, tabaco etc.), baseado no uso intensivo de agrotóxicos e de transgenia; na primazia do setor automotivo que prioriza o uso de automóveis individuais, associados à obsolescência planejada, em detrimento dos transportes coletivos, entre outros problemas.”. E ao final, o documento do Movimento Ecológico Gaúcho (MEG), recomendava as seguintes medidas, que não foram tomadas:
– A instalação de um Gabinete de Crise na Secretaria Estadual de Meio Ambiente para reestruturar a Secretaria e estabelecer uma política ambiental no Estado;
– Abrir um amplo debate social e político para a participação da sociedade no questionamento do atual modelo de desenvolvimento frente à crise ambiental estadual e global, buscando caminhos que representem uma mudança de paradigma que não o do hegemônico crescimento econômico;
– Promover a integração dos órgãos governamentais do Estado a fim de atender o paradigma ecológico em sua dimensão intersetorial;
– Instaurar um processo permanente de Educação Ambiental multidisciplinar de forma interna no Governo, investindo em programas de educação ambiental de forma articulada e em parceria com a sociedade, incluindo especialmente as ONGs ambientalistas, promovendo a formação de educadores ambientais no sentido de se buscar a tão almejada sustentabilidade ecológica e econômica em nosso Estado.
Os servidores da SEMA/RS e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (FEPAM/RS) voltam uma manifestação pública hoje, 21.11.12, “em virtude do descaso do Governo do Estado do RS para com o pessoal lotado em ambas entidades (e com isso também, descaso com a rotina de trabalho no cumprimento das atribuições e procedimentos)”, conforme Nota divulgada pelos manifestantes.
Segundo os organizadores do ato, “para atender às demandas da sociedade gaúcha, o quadro de técnicos e administrativos, além do público visitante, convivem cotidianamente com as péssimas condições de trabalho, inclusive sob risco de vida, se sujeitando a trabalharem no prédio que incendiou ainda no início deste ano. A mudança para o novo local já deveria ter ocorrido há meses; porém, o descaso é tamanho, que o atual governo estadual não contempla sequer algum tipo de beneficio compensatório/temporário, como seguro de vida ou outra alternativa, o que aumenta a tensão conforme o tempo passa e acumula-se a morosidade da situação, que se torna cada dia mais absurda, tendo sido já esgotados todos os prazos prometidos para preparo das novas instalações e mudança para o novo local.”
Os protestos ocorrerão novamente em frente ao prédio sede da SEMA/RS, no n° 55 da rua Carlos Chagas, no centro da capital gaúcha.
Contudo, se a atual condução da SEMA/RS desagrada aos seus servidores e ao movimento ecológico gaúcho, não fica difícil saber a quem os “gestores ambientais” satisfazem, não é mesmo?
E ainda vem coisa bem pior, para aumentar o retrocesso ambiental, além flexibilização do licenciamento ambiental, o desmonte do que existia do Sistema Estadual de Proteção Ambiental (SISEPRA), com a inutilização do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA).
Com essas pistas, é fácil saber para quem os órgãos ambientais do estado do RS funcionam.
Leia mais sobre a SEMA-RS, aqui.
O Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA), órgão superior do Sistema Estadual de Proteção Ambiental (SISEPRA), de caráter deliberativo e normativo, conforme a lei estadual, que já foi um colegiado ambiental importante para a politica ambiental estadual, como no caso da organização do licenciamento ambiental, lhe aderindo participação social, condição constitucional para sua legalidade, consubstanciada em Resoluções vigentes, hoje esta sendo literalmente marginalizado da gestão ambiental, pelas politicas adotadas pela atual direção da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA)/RS.
Suas reuniões vem sendo adiadas, sem justificativa material; os processos são procrastinados pelos representantes e apoiadores da SEMA, como o que devolve a legal e legitima vaga as ONGs ambientalistas/ecológicas filiadas a Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do RS (APEDeMA/RS) e, quando as reuniões acontecem, a pauta, constituída pela SEMA é minguada, burocrática e com pouca ou nenhuma relevância, com raras exceções, para o enfrentamento da crise ecológica e a observância da lei ambiental. Foi o caso da sua ultima reunião, a qual contou com somente dois pontos de pauta, em que pese uma extensão reivindicação das ONGs da APEDEMA para debate e definição, entregue ao governo do estado. Na sua 152ª Reunião Ordinária a pauta elaborada pela SEMA previa um momento para indicar representante do CONSEMA para a Comissão Interinstitucional Estadual de Educação Ambiental (CIEA)/RS e outro para conhecimento e providências cabíveis no que a poluição do Arroio Passo Fundo, localizado nos Municípios de Eldorado do Sul (nascente) e Guaíba (foz – no rio Guaíba). Essa última, de extrema relevância ecológica, não partiu da SEMA, mas sim do parlamento municipal de Guaíba.
Enquanto isso a impunidade ambiental avança, juntamente com a degradação ambiental e o descumprimento da lei.
Na avaliação do CEA essa condução da SEMA, esta apartando a sociedade civil, sobretudo aquela preocupada com a questão ambiental, da sua gestão. É antidemocrática. É crescimentista. É o desmanche de fato do SISEPRA, sem mudar a lei. A SEMA precisa mudar!!!!
É mais fácil e rápido se obter uma licença ambiental na SEMA, do que nomear uma ONG da APEDEMA para o CONSEMA!!!!!
Acontece daqui a pouco, em frente à sede do IBAMA, em Porto Alegre, uma manifestação que pede que o licenciamento à usina hidrelétrica de Pai Querê seja negado. Com a retomada da avaliação da viabilidade ambiental do projeto pelo órgão, diversas entidades ecológicas favoráveis à Mata Atlântica, portanto, contrárias ao empreendimento estarão mobilizadas para reforçar sua posição.
Além da manifestação, será encaminhada uma carta ao presidente do IBAMA, Volney Zanardi, e à presidente da república, Dilma Rousseff, solicitando a negativa à licença. Os argumentos técnicos foram expostos através de documentos protocolados na audiência pública realizada em março e pelas manifestações feitas na ocasião.
Não vamos deixar que 6 mil hectares de Mata Atlântica sejam alagados!
Te mobiliza!
O manifesto tem início às 16h30 e a sede do IBAMA fica na rua Miguel Teixeira, 126, na Cidade Baixa.

Livia Zimmermann apresenta o livro escrito para contar a pioneira luta ecológica de sua mãe, Hilda, que ajudou e ajuda a construir o Movimento Ecológico Gaúcho. Foto Cíntia Barenho/CEA
Ações que mudaram e que precisam seguir mudando a história
por Cíntia Barenho
O Livro “Ações que mudaram – A saga de Hilda E. Wrasse Zimmermann & sua agenda socioambiental”, escrito por Lívia Zimmermann, é um relato emocionante e essencial sobre o pioneirismo de sua mãe, Hilda Zimmermann*, na luta do Movimento Ecológico Gaúcho.
O livro narra diferentes episódios vividos e protagonizados por Hilda ao longo de sua vida de 1967 até 2011. O livro divide-se em Sustentabilidade, Naturismo, Ecologia, Cultura, Questão Social, Questão Indígena, temas do dia a dia de luta desta pioneira da ecologia gaúcha, consequentemente brasileira. Além do destaque aos diversos prêmios recebidos durante sua vida,
O lançamento no Rio Grande do Sul foi promovido pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, dia 29/08 no Solar dos Câmara.
Lugar mais que emblemático uma vez que em 1978, alguém resolveu facilitar o acesso aos parlamentares gaúchos construindo um edifício-garagem de 12 andares, para abrigar carros. Ou seja, da “ditadura” do uso de carros não é uma coisa só de hoje. Diante disso, Hilda e demais ecologistas, especialmente Magda Renner e Giselda Castro, se engajaram na luta para preservar não só seu jardim e suas árvores tombadas (por decreto municipal), mas também o próprio Solar.
As ecologistas atuaram diretamente na Assembleia, fazendo lobby junto aos parlamentares, sugerindo o Solar tornar-se biblioteca e museu. Denunciaram a situação junto ao secretário de meio ambiente da época que prontamente declarou a proibição da obra. Artigos de imprensa foram escritos denunciando o fato à sociedade.
Diante de tal envolvimento essas mulheres foram taxadas de “Bruxas da Ecologia”, por um representante do povo (ou não), parlamentar favorável a degradação ecológica.
Claro que as ecologistas não deixaram isso barato e quando encontraram tal parlamentar, nos corredores da Assembleia trataram de se apresentar para o tipo.
O final da história, pode-se dizer que foi “feliz”, uma vez que o projeto foi arquivado e o Solar dos Câmara hoje é patrimônio Histórico, transformou-se em centro cultural e biblioteca da Assembleia Legislativa. Além de que se mantem com um refúgio consideravelmente arborizado. Ah! E o tal parlamentar depois resolveu se retratar, chamando-as de “cassandras da ecologia”.

Após a distribuição gratuita dos livros, os mesmos foram autografados por Lívia a sombra das árvores do Solar dos Câmara, defendidas por sua mãe e outras ecologistas gaúchas. Foto Cíntia Barenho/CEA
No entanto, como as ações precisam seguir acontecendo e mudando a história, ironicamente, após a sessão de autógrafos, um assessor de bancada parlamentar, declarava aos que passavam próximos dali que se tivesse uma motoserra faria uma excelente lenha com aquelas árvores.
E assim que se faz a luta ecológica, todo o dia sem parar ou esmorecer, inspirando-se no pioneirismo das nossas (os) ecologistas já que a eminência do antropocentrismo utilitarista da natureza segue em todos os espaços.
*Hilda Zimmermann : Natural de Santa Rosa, Hilda foi uma das pioneiras do movimento ecológico gaúcho. Fundadora da Agapan, da Ação Democrática Feminina Gaúcha e da Associação Nacional de Apoio ao Índio, tem no seu currículo uma infinidade de campanhas e lutas pela natureza. Destacam-se a defesa dos índios, a Operação Hermenegildo (Maré Vermelha), defesa de árvores e parques, como o Parcão de Porto Alegre, a luta contra os agrotóxicos, contra a poluição e contaminação da Borregard (Riocel), pela preservação das Ilhas do Delta do Jacuí. Herdou o gosto pela ecologia do pai, Gustavo Wrasse, um defensor dos índios. Os indígenas acabaram se tornando objeto de 40 anos de trabalho de Hilda. Também destaca-se sua parceria com Juarez Romano Zimmermann, seu marido, para a fundamentação filosófica do debate ambiental. Hilda faleceu em maio de 2012.
Hoje (o5.06), considerado o Dia Mundial do Meio Ambiente, pela ONU, a crise ecológica crescente, nos distancia da comemoração e nos aproxima mais de uma reflexão ativista…do ativismo ecológico !! Também faz pensar que as Conferências e Convenções da ONU, motivadoras, em grande medida (difícil dizer em qual tamanho), do nosso Direito Ambiental e da nossa Educação Ambiental, tem falhado no combate a degradação da natureza e as injustiças sociais. Se fosse diferente, teríamos muito o que comemorar, não?
Falamos aqui de um ativismo original, e não de “ativismos” oportunistas, como vemos por ai de parte da imprensa, de parte de governos, de parte de empresas assumidas como empresas, de empresas de consultorias, disfarçadas de ONGs, de Universidades, de professores… a lista vai longe.
Assim, hoje é um dia que pode sim, ser considerado, um dia de luto:
– pelas florestas e outros biomas, como pampa, que “ganharam” a diminuição de sua proteção legal, no mês passado, e mesmo assim a bancada ruralista e a especulação imobiliária urbana ainda quer diminuir mais ainda a singela proteção que sobrou;
– pela Rio + 20, que se apresenta como um fracasso maior que em Johanesburgo (a Rio + 10);
– por que a democracia ambiental vem encolhendo, como, p. ex., no CONAMA, com seu novo Regimento Interno que seiva a participação ativa da sociedade civil crítica, ou no COMPAM, em Pelotas/RS, cujo respectivo governo municipal quer mudar a lei do Fundo para que não seja mais gerenciado por tal colegiado ambiental ou no COMDEMA/Rio Grande, cuja direção sistematicamente não observa o Regimento Interno e nem a lei de sua criação, justamente nos aspectos atinentes a transparência a e participação;
– pelo vazio da política ambiental no RS;
– luto pelas árvores cortadas nas cidades como em Formosa (GO), pela Igreja ou em Rio Grande, no Parque Marinha, pela CORSAN;
– porque os preceitos constitucionais que tutelam o ambiente são constantemente desrespeitados;
– pela situação dos órgãos de controle ambiental, quando não cooptados pelos degradadores, são incapazes de enfrentá-los na medida legal;
Porém, reconhecer esse cenário não significa negativismo ou desistência, mas sim um olhar da situação crítico de um processo econômico que só faz aumentar a crise ecológica e a necessidade de que cada vez mais a cidadania ambiental se levante e e resista, aos oportunistas, aos degradadores, aos egoístas.
Boa luta a todas as ONGs ecológicas, em especial as que forma a histórica Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do RS (APEDeMA/RS), as quais fazem uma luta ecológica transformadora e, portanto, não antropocêntrica e nem pautada pelo mercado.
No dia 05 de novembro de 2011, em Porto Alegre, ocorreu a 59ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) da APEDEMA/RS, a qual reuniu organizações ecológicas não governamentais (ONGs) de todo RS, quando foram tratados temas atinentes à política ambiental e organizacional do Movimento Ambientalista Gaúcho, a APEDEMA também elegeu sua nova Coordenação Executiva biênio 2011-2013.
Na ocasião, a Coordenação eleita foi o Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais(INGA), União pela Vida (UPV) e Associação São Borjense de Proteção ao Meio Ambiente (ASPAN), tendo como desafio levar adiante ações e lutas em andamento, organizar o 29º EEEE em 2012, bem como, acompanhar a Rio + 20. Após sete meses de atuação, a ASPAN, em carta dirigida às ONGS da APEDEMA/RS, solicitou sua retirada da Coordenação. Sendo que a Entidade tem sede em São Borja, sua atuação frente as demandas na capital do Estado, bem como, de organização geral do coletivo se inviabilizaram.
Assim, nessa última terça-feira, 29/05/2012, na sede do INGÁ, em reunião ordinária, houve a substituição da ASPAN/SB pela AGAPAN/POA. Marcelo Pretto Mosmann, da UPV, valorizou o empenho e o trabalho da ASPAN, especialmente no Blog, que tem sido alimentado pela representante da ONG: Ana Carolina Martins da Silva e pelo Jornalista João Batista Santafé, do NAT.
Paulo Brack, do INGÁ, reafirmou a luta incansável e totalmente desinteressada que a ASPAN teve a frente de muitas decisões da Coordenação, em prol da APEDEMA/RS. No dia 29, quando foram relatados casos similares em que outras entidades tiveram de deixar a coordenação, os presentes manifestaram voto de louvor ao trabalho desenvolvido pela ambientalista Ana Carolina da ASPAN, que seguirá administrando o blog, juntamente com o jornalista João Batista Santafé (NAT) até haver substituição.
Disse Ana Carolina: Fiz todos os Movimentos possíveis para representar bem a ASPAN e congregar as ONGs da APEDEMA/RS junto aos seus objetivos e metas: tenho dado manutenção ao Blog junto com o jornalista João Batista Santafé Aguiar do NAT; tenho tentado articular todas as ONGs do Estado; tenho tentado manter as correspondências da Secretaria Executiva em dia; organizei e sistematizei uma Proposta de Plano de Ação para o ano inteiro a partir dos debates na 59 Assembleia em conjunto com o INGÁ e UPV; cuidei do envio por carta e por e-mail. Agendei reuniões, nas quais participei, cuidando para que circulassem os relatos; tenho ajudado a construir documentos importantes e demais funções características da Coordenação. Agora, em função de minha vida profissional, não tenho mais condições de me manter na Coordenação.
O Conselho Superior da ASPAN, através da pessoa de Darci Bergmann, também se manifestou a respeito: “A ASPAN, no momento, não dispõe de outra pessoa para substituir a Ana Carolina, por isso ficou decidido que não haverá mais a participação da nossa entidade nessa equipe”. Para Bergmann, a participação da ASPAN teve saldo altamente positivo devido à transparência e a visibilidade que a APEDEMA passou a desenvolver.
Diante da vacância do cargo, foi aclamada a indicação da AGAPAN, por meio da Edi Fonseca, para complementar o mandato. A APEDEMA-RS congrega desde sua fundação no início dos anos 90, em Novo Hamburgo-RS, ONGs de todo o Estado e, das ONGs ambientalistas/ecologistas mais antigas e atuantes no RS, a Associação Gaúcha de Proteção do Ambiente Natural (AGAPAN), que completou 41 anos esse ano, é uma das mais inspiradoras para a fundação de outras ONGs no RS, inclusive a ASPAN.
Em relação à substituição na Coordenação, a ASPAN sente-se honrada com a presença da ambientalista Edi Fonseca devido ao seu histórico profissional como professora, como ambientalista, como pessoa, e ao seu conhecimento adquirido participando de diversos Conselhos Representativos, tanto em nome da AGAPAN, quanto em nome da APEDEMA/RS. “Historicamente, a AGAPAN já esteve à frente do Movimento diversas vezes, a sua posição na Coordenação atualmente, é absolutamente justa e coerente”, disse Ana Carolina.
Além desse tema, na reunião do dia 29/5/2012 foram tratados: Encaminhamentos do Documento “Transição Ecológica Necessária”, que será distribuído na Rio+20 com a posição da APEDEMA/RS; CDES (candidatos e processo decisório para o encaminhamento de nomes); Consema e as ONGs indicadas pela APEDEMA/RS (A quinta vaga é nossa) e a Reunião com o Governador Tarso Genro (PT).
A presidente Dilma Rousseff (PT) acabou de vetar hoje, 25.05, ultimo dia do prazo, 12 artigos do Projeto de Lei (PL) do Congresso Nacional que visa a flexibilização do Código Florestal.
Os vetos, segundo os ministros da Advocacia Geral da União (AGU), do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário visam preservar o ambiente e beneficiar o pequeno produtor rural.
Somente poderá ser feita a analise dos textos na segunda-feira (28.05), quando será editada uma Medida Provisória (MP), a qual será publicada, juntamente com os vetos, no Diário Oficial da União (DOU).
São 12 vetos, 32 modificações, das quais 14 visam manter o texto do PL que foi aprovado no Senado Federal, 5 são dispositivos novos e 13 são adequações ao projeto de lei, segundo o governo federal.
“Os vetos visam não anistiar o desmatador, preservar os pequenos e responsabilizar todos pela recuperação ambiental”, conforme a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que igualmente ressaltou a insegurança jurídica e a inconstitucionalidade do PL vetado parcialmente, questões já levantadas por diversas instituições como nós, do CEA.
Com os vetos, fica assegurada a obrigatoriedade da recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs), o que não queria a bancada ruralista no Congresso, nem a especulação imobiliária das cidades.
É certo que o veto não é o que os movimentos sociais e ambientais/ecologistas pretendiam, mas de alguma forma é resultado da imensa mobilização da sociedade civil brasileira, que através de campanhas como o Veta Dilma!, realizada em todos os estados brasileiros e, no RS, puxada pelo Movimento Ecológico Gaúcho (MEG) e, especialmente, pela Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do RS (APEDeMA/RS), deu algum resultado pelo respeito a Constituição Federal e pelo não retrocesso ambiental.
Mas a vigília cidadã continua! E a luta ecológica também!!
Petição online pedindo veto às mudanças no Código Florestal já tem mais de 1,8 milhão de assinaturas; a presidente tem até o dia 25 de maio para sancionar ou vetar o projeto
Na manhã de ontem (20/5), cerca de 2 mil pessoas se vestiram de verde e se reuniram no ato público #VetaTudoDilma, que pede o veto integral da presidente Dilma Rousseff ao projeto do novo Código Florestal. A concentração começou, às 10h, em frente ao Monumento às Bandeiras, do lado de fora do Parque Ibirapuera. A manifestação foi organizada pela Fundação SOS Mata Atlântica, com apoio dos comitês em Defesa das Florestas nacional e paulista, coalizões formadas por centenas de organizações da sociedade civil brasileira.
“Milhares de pessoas, vindas de todos estados brasileiros, estão hoje aqui reunidas para dizer que o patrimônio brasileiro é de toda a sociedade e que a legislação ambiental não pode ser alterada para atender a interesses de pequenos grupos”, destacou Mario Mantovani, diretor de Política Públicas da SOS Mata Atlântica, um pouco antes de solicitar aos manifestantes que erguessem o cartaz que trazia o resultado da petição online da Avaaz contrária ao novo Código. “Um total de 1.800.696 pessoas assinaram o pedido de veto à presidente. Em números, igualamos às assinaturas da campanha Ficha Limpa, o que demonstra como a sociedade está mobilizada para evitar o retrocesso de nossa legislação”.
Quem também participou do ato foi o ator e ativista Victor Fasano. Ele ressaltou que esta foi a última chance de a sociedade para pedir o veto à presidente. “Quem vai decidir o futuro do Brasil somos nós. Está na hora de enxergar nossas árvores e nossas florestas como monumentos da nossa cultura e da nossa história. Graças a uma árvore nosso país se chama Brasil. Temos a maior floresta tropical do mundo e precisamos preservá-la.” Fasano destacou ainda que “o Código Florestal precisava sim de mudanças, mas baseadas no que cientistas, biólogos, estudiosos e agrônomos têm a dizer, e não na vontade de poucos políticos”.

Protesto contra a flexibilização do Codigo Florestal, no Ibirapuera, em SP, em 20.05.12. Foto: Cris Faga/vc repórter
Hoje é a vez de Porto Alegre
Acontece hoje, (21.05), em frente da Assembléia Legislativa do RS, na capital gaúcha, um ato Manifestação Popular de repúdio a flexibilização do Código Florestal, promovido pela Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do RS (APEDeMA/RS).
Para o CEA, ONG integrante da APEDEMA, o projeto de lei (PL) aprovado pelo Congresso Nacional, além de ser um exemplo de legislar em causa própria, de forma sectária e antidemocrática, já que foi construído e votado pela chamada bancada ruralistas, é um retrocesso ambiental inconstitucional, pois atenta contra o art. 225, entre outros.
Sábado, (19.05), a Presidente Dilma se reuniu com diversos ministros, em Brasília, para discutir o veto ao referido PL.
O ato em POA tem o apoio da Central Única dos Trabalhadores – CUT/RS, Comitê RS em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, Laboratório de Políticas Públicas e Sociais – Lappus, Movimento em Defesa da Orla do Guaíba, Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente – MoGDeMA.
VETA TUDO DILMA!!!!!
Apóie, divulgue e participe!!!!
Data: dia 21 de maio, segunda-feira, a partir das 13h30min,
Local: Em frente da Assembléia Legislativa do RS,e POA/RS
Promoção: APEDEMA/RS
Apoio: Central Única dos Trabalhadores – CUT/RS, Comitê RS em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, Laboratório de Políticas Públicas e Sociais – Lappus, Movimento em Defesa da Orla do Guaíba, Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente – MoGDeMA.
Apoie, divulgue e participe!!!!
Em correspondência enviada aos Conselheiros, o Sr. Hélio Corbellini, Presidente do CONSEMA/RS, enviou agenda da 147ª Reunião Ordinária do CONSEMA:
Data: 17 de maio de 2012
Horário: 14 horas
Local: Rua Dr. Salvador França, 1427
Sede da FZB – FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA RS
PAUTA:
1. Apresentação do Relatório Anual do CONSEMA 2011
2. Assuntos Gerais.
A convocação está acompanhada por uma observação feita por Rafael Lameira, da Secretaria Executiva, informando que “em função do sinistro ocorrido na sede da SEMA e suspensão temporária dos trabalhos no período subsequente, bem como problemas posteriores com o provedor desta secretaria, e sendo que a gravação da última reunião do CONSEMA encontrava-se em rede não foi possível viabilizar o envio da Ata da 146ª Reunião Ordinária do CONSEMA”.
Sobre o CONSEMA e suas mazelas, bem como sobre a SEMA e a FEPAM, a APEDEMA tem se debruçado com frequência, além disso, em reunião com a então Secretária do Meio Ambiente, Jussara Cony, logo no inicío de seu mandato, a APEDEMA/RS cobrou a quinta vaga no CONSEMA a que os ambientalistas têm direito e que não no foi repassada para a indicação da APEDEMA/RS ainda. Além disso, as ONGs afiliadas estão em processo de agendamento de reunião com o Governador do Estado para tratar do Caos Ambiental no RS e sobre o sucateamento da SEMA/RS.
Fonte: APEDEMARS
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