You are currently browsing the tag archive for the ‘música’ tag.
Electrotango Rural Caxiense, filmado em São Francisco de Paula
Saiba mais sobre o Projeto CComa Aqui
Atualizado: Do alimento com agrotóxico ao sorriso na boca do povo: a música de Gottinari
Ontem aconteceu , em Porto Alegre, o show de Marco Gottinari com o lançamento do seu disco “Tudo uma Canção”. Estamos preparando um post, mas enquanto o mesmo não vem, fica a boa música que é a Caminhos…
ATUALIZADO!
O coletivo Aura fez esse vídeo da música Rembihnútur da banda Sigur Rós ‘Valtari’, para uma competição. O vídeo é belíssimo e foi gravado em Maquiné-RS.
Veja mais sobre “valtari mystery film experiment” – AQUI
por Cíntia Barenho
Hoje um tal 20 de setembro onde gauchit@s saem as ruas para comemorar uma dita revolução farroupilha (sugiro ler “A invenção do ‘gaúcho’ e a maldição conservadora no RS”), cabe lembrar que o RS está sendo sistematicamente tomado pelas multinacionais que pouco querem valorizar o Rio Grande (seja a cultura, seja a nossa ecologia).
O Bioma Pampa desde 2003 vem sofrendo, não uma valorização – apenas 39% de sua área total ainda é constituída por remanescentes de campos naturais e apenas 0,46% protegido em Unidades de Conservação – mas sim uma apropriação por empresas transnacionais, de capital estrangeiro.
A vastidão do Pampa, seu relevo, suas características tão cantada em canções gauchescas, devido a ofensiva das papeleiras/pasteiras, está dando lugar a imensas monoculturas de eucaliptos, a grandes desertos verdes.
Até que tal ofensiva havia sido reduzida, fruto da luta e resistência local, mas também devido a crise do capitalismo. Por conta da crise e de estripulias no mercado financeiro, a fábrica da Aracruz foi incorporada a Votorantim, transformando-se em Fibria, mas que logo em seguida foi comprada pela empresa Chilena CMPC (Companhia Manufatureira de Papeis e Cartões). Assim a grande “promessa” do desenvolvimento do RS foi para a CMPC.
Agora a ofensiva papeleira volta a ser notícia, quando é anunciado que o grupo chileno, que aqui no RS usa o nome fantasia de Celulose RioGrandense, comprou de cerca de 100 mil hectares monocultura de eucalipto por 302 milhões de dólares. Infelizmente o Pampa foi posto a venda sem conhecimento dos gaúchos e gaúchas.
Notícia na “rua”, aparece gente saudando tal ação, como se o tal progresso advindo dos desertos verdes tivesse de fato chegado. Veja link1, link2
Para quem não sabe, o Pampa agora pode ser vendido (não podia), infelizmente, porque o Congresso Nacional aprovou a compra de terra por estrangeiros (empresas brasileiras controladas por estrangeiros). Vibra a empresa chilena e empresa sueco-finlandesa Stora Enso, que se utilizou de laranjas para comprar terras no RS, mas terras em faixa de fronteira. A Stora Enso já havia obtido aval para legalizar o que adquiriu ilegalmente na faixa de fronteira. No entanto, cabe destacar que tais faixas, também em discussão, no congresso nacional, capitaneados por deputados gaúchos, que querem reduzi-lá e beneficiar empresas estrangeiras.
Como se não bastasse, além de encher o Pampa de eucalipto, querem seguir envenenando o RS com agrotóxicos!
Há uma ofensiva das empresas multinacionais de agrotóxicos sobre o RS, afim de reverter a vanguardista lei dos Agrotóxicos, criada em 1982. Tal vanguarda está beirando o retrocesso já que entrará a qualquer momento na ordem do dia de votações da Assembleia Legislativa, o PL 78/2012, de autoria do deputado Ronaldo Santini (PTB) que pretende autorizar o uso de agrotóxicos banidos aqui no RS. Sobre a pretensa desculpa de que nossa lei prejudica os agricultores gaúchos, deputados do PTB, PMDB, PP, PC do B, PSDB, PSB deram o aval ao PL que quer nos envenenar ainda mais. Será que os tais 5,2 litros de agrotóxicos, média consumida por cada brasileiro, já não é suficiente? Será que progresso e o desenvolvimento da agricultura precisa manter-se fomentando o oligopólio das empresas transnacionais de agrotóxicos e sementes e a submissão dos agricultores às vontades empresariais?
Quantos 20 de setembro mais teremos que seguir cultuando um tradicionalismo calcado na monocultura, no latifúndio e no uso indiscriminado dos agrotóxicos? Prefiro um 21 de setembro, dia internacional de luta e resistência aos desertos verdes, e 3 de dezembro, dia internacional do não uso de agrotóxicos.
Quando será que teremos o tal Rio Grande do Sul onde tudo que se planta cresce e o que mais floresce é o amor?
A banda punk, Arch Enemy , lançou, seu mais novo vídeo-clipe, no qual traz imagens de animais sendo usados para testes em laboratórios e a própria vocalista, Angela Gossow (que é vegana), ensanguentada e gritando a forte letra da música “Cruelty Without Beauty” (Crueldade Sem Beleza).
Crueldade Sem Beleza
Arch Enemy
Câmara de tortura desinfectada
Um matadouro científico
A morte deles é o preço de seu progresso
Se estas paredes pudessem falar, elas gritariam
Sem empatia
Sem dignidade
Crueldade sem beleza
Crueldade sem beleza
Retórica arcaica sua defesa fraca
Suas vítimas não têm escolha, nem voz
Olhe em seus olhos, ainda faz sentido?
Um saco plástico é seu vestido fúnebre
Sem empatia
Sem dignidade
Crueldade sem beleza
Crueldade sem beleza
Um legado do mal é o que você perpetua
O sangue deles não pode ser lavado
Em meus olhos o destino brutal que você merece
Em seus sonhos você vai ouvi-los gritar
Fonte: Vista-se
14 de setembro fazem dois anos de falecimento do poeta uruguaio Mario Benedetti. Nada como compartilhar uma bela canção-poesia da parceria Daniel Viglietti & Mario Benedetti, apresentando Otra voz canta / Desaparecidos
Veja também: Por que cantamos…
“Para matar al hombre de la paz
para golpear su frente limpia de pesadillas
tuvieron que convertirse en pesadilla
para vencer al hombre de la paz
tuvieron que congregar todos los odios
y además los aviones y los tanques
para batir al hombre de la paz
tuvieron que bombardearlo hacerlo llama
porque el hombre de la paz era una fortaleza
para matar al hombre de la paz
tuvieron que desatar la guerra turbia
para vencer al hombre de la paz
y acallar su voz modesta y taladrante
tuvieron que empujar el terror hasta el abismo
y matar más para seguir matando
para batir al hombre de la paz
tuvieron que asesinarlo muchas veces
porque el hombre de la paz era una fortaleza
para matar al hombre de la paz
tuvieron que imaginar que era una tropa
una armada una hueste una brigada
tuvieron que creer que era otro ejército
pero el hombre de la paz era tan sólo un pueblo
y tenía en sus manos un fusil y un mandato
y eran necesarios más tanques más rencores
más bombas más aviones más oprobios
porque el hombre del paz era una fortaleza
para matar al hombre de la paz
para golpear su frente limpia de pesadillas
tuvieron que convertirse en pesadilla
para vencer al hombre de la paz
tuvieron que afiliarse para siempre a la muerte
matar y matar más para seguir matando
y condenarse a la blindada soledad
para matar al hombre que era un pueblo
tuvieron que quedarse sin el pueblo.”
Allende por Mario Benedetti
Victor Jara – Canto libre
El verso es una paloma
que busca donde anidar.
Estalla y abre sus alas
para volar y volar.Mi canto es un canto libre
que se quiere regalar
a quien le estreche su mano
a quien quiera disparar.Mi canto es una cadena
sin comienzo ni final
y en cada eslabón se encuentra
el canto de los demás.Sigamos cantando juntos
a toda la humanidad.
Que el canto es una paloma
que vuela para encontrar.
Estalla y abre sus alas
para volar y volar.
Mi canto es un canto libre
Leia também: O outro 11 de setembro: 40 mil vítimas, US$ 27 milhões nas contas secretas de Pinochet
” que a seca morte não me encontre
Comentários