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Em 2013 o CEA completará 30 anos de luta ecológica! Diante disso, nada como reciclarmos nosso blog! O Prêmio Mídia Livre, do Ministério da Cultura, contribuiu para tal. A partir de agora nosso blog será automaticamente direcionado para nossa nova página.
Um espaço que estamos construíndo visando o acesso à informação ambiental crítica e qualificada! Um espaço para fortalecer os processos de Educação Ambiental! Um espaço para conhecermos e divulgarmos a Legislação Ambiental, ou seja, um espaço do Direito Ambiental. Um espaço para seguirmos desenvolvendo a Ecopolítica necessária para superarmos a crise vivida!
O Coletivo pela sustentabilidade conta contigo para seguirmos sendo acessados, lidos e compartilhados. Agradecemos as mais de “1,115,329 Visitas” realizadas desde 4/11/2008, quando iniciamos o blog. Agora é seguir buscando mais outros milhões no blog novo.
Para conhecer esse novo espaço virtual, acesse AQUI
Amanhã, 10 de dezembro, Cíntia Barenho, vai à ilha socialista, compartilhar com companheir@s latinoamericanos e caribenhos, nossas vivências e experiências em Educação Ambiental desenvolvidas ao longo dos nossos quase 30 anos de luta ecológica.
O convite surgiu durante a Cúpula dos Povos/Rio+20, quando conheceu cubanos e cubanas, ligados ao Centro Martin Luther King Jr e ao Centro de Educación y Promoción para el Desarrollo Sostenible (CEPRODESO), projeto do Museo de Historia Natural de Pinar del Rio em Cuba.
O Encuentro latinoamericano y Caribeño de Experiencias en Desarrollo de Educación Popular Ambiental acontecerá de 11 a 15 de dezembro, no CEPRODESO que se encuentra en el Museo de Historia Natural “Tranquilino Sandalio de Noda”, ubicado en un lugar céntrico de la ciudad de Pinar del Río, a 2 horas desde La Habana.
Para Cíntia Barenho, que participará do encontro, será uma importante oportunidade para compartilhar a experiência do CEA em Educação Ambiental, Ativismo Ecológico e Direito Ambiental. Na mala levará um pouco da história do CEA, através de publicações, fotos, vídeos, materiais diversos, e de sua experiência no coletivo. Pretende trazer uma mala de muitas trocas e vivências para partilhar com os demais integrantes do CEA e também com os leitores do blog.
Cíntia imagina que Cuba tem muito a contribuir com a EA desenvolvida nos demais países, uma vez que vive em outro sistema econômico e a duras penas, precisou se adaptar com o fim da União Soviética. Mesmo não vivendo no paradigma do capitalismo, durante a Guerra Fria, os subsídios da Rússia não promoveram uma proteção e conservação ambiental . Assim, com o fim do socialismo, no leste europeu, e com o embargo americano viram-se obrigados a adaptarem-se para sobreviver. Logo a agricultura precisou torna-se ecológica, multiplicaram-se as hortas urbanas, a racionalização do petróleo foi imediata, o uso da bicicleta foi intensificado e, claro, o consumo de bens foi suspenso. (Veja mais em: Documentário sobre como Cuba sobreviveu ao pico do petróleo)
A integrante do CEA afirma que ao mesmo tempo, nós podemos problematizar o fazer Educação Ambiental no paradigma do capitalismo. Para nós do CEA, essa EA tem adjetivação: é crítica, transformadora e emancipatória. Portanto é um desafio constante pois essa EA pressupõe uma mudança de paradigma. Necessita uma nova organização social justa, igualitária (sem racismo, sexismo, homofobia), não consumista e, de fato, não antropocêntrica.
Esperamos que ao retornar, possamos fortalecer nossos processos já desenvolvidos, quiçá planejar novas ações em EA no escopo dos 30 anos do coletivo pela sustentabilidade não antropocêntrica.
Abaixo segue a convocatória do Encontro Continue lendo »
por Cíntia Barenho
Hoje um tal 20 de setembro onde gauchit@s saem as ruas para comemorar uma dita revolução farroupilha (sugiro ler “A invenção do ‘gaúcho’ e a maldição conservadora no RS”), cabe lembrar que o RS está sendo sistematicamente tomado pelas multinacionais que pouco querem valorizar o Rio Grande (seja a cultura, seja a nossa ecologia).
O Bioma Pampa desde 2003 vem sofrendo, não uma valorização – apenas 39% de sua área total ainda é constituída por remanescentes de campos naturais e apenas 0,46% protegido em Unidades de Conservação – mas sim uma apropriação por empresas transnacionais, de capital estrangeiro.
A vastidão do Pampa, seu relevo, suas características tão cantada em canções gauchescas, devido a ofensiva das papeleiras/pasteiras, está dando lugar a imensas monoculturas de eucaliptos, a grandes desertos verdes.
Até que tal ofensiva havia sido reduzida, fruto da luta e resistência local, mas também devido a crise do capitalismo. Por conta da crise e de estripulias no mercado financeiro, a fábrica da Aracruz foi incorporada a Votorantim, transformando-se em Fibria, mas que logo em seguida foi comprada pela empresa Chilena CMPC (Companhia Manufatureira de Papeis e Cartões). Assim a grande “promessa” do desenvolvimento do RS foi para a CMPC.
Agora a ofensiva papeleira volta a ser notícia, quando é anunciado que o grupo chileno, que aqui no RS usa o nome fantasia de Celulose RioGrandense, comprou de cerca de 100 mil hectares monocultura de eucalipto por 302 milhões de dólares. Infelizmente o Pampa foi posto a venda sem conhecimento dos gaúchos e gaúchas.
Notícia na “rua”, aparece gente saudando tal ação, como se o tal progresso advindo dos desertos verdes tivesse de fato chegado. Veja link1, link2
Para quem não sabe, o Pampa agora pode ser vendido (não podia), infelizmente, porque o Congresso Nacional aprovou a compra de terra por estrangeiros (empresas brasileiras controladas por estrangeiros). Vibra a empresa chilena e empresa sueco-finlandesa Stora Enso, que se utilizou de laranjas para comprar terras no RS, mas terras em faixa de fronteira. A Stora Enso já havia obtido aval para legalizar o que adquiriu ilegalmente na faixa de fronteira. No entanto, cabe destacar que tais faixas, também em discussão, no congresso nacional, capitaneados por deputados gaúchos, que querem reduzi-lá e beneficiar empresas estrangeiras.
Como se não bastasse, além de encher o Pampa de eucalipto, querem seguir envenenando o RS com agrotóxicos!
Há uma ofensiva das empresas multinacionais de agrotóxicos sobre o RS, afim de reverter a vanguardista lei dos Agrotóxicos, criada em 1982. Tal vanguarda está beirando o retrocesso já que entrará a qualquer momento na ordem do dia de votações da Assembleia Legislativa, o PL 78/2012, de autoria do deputado Ronaldo Santini (PTB) que pretende autorizar o uso de agrotóxicos banidos aqui no RS. Sobre a pretensa desculpa de que nossa lei prejudica os agricultores gaúchos, deputados do PTB, PMDB, PP, PC do B, PSDB, PSB deram o aval ao PL que quer nos envenenar ainda mais. Será que os tais 5,2 litros de agrotóxicos, média consumida por cada brasileiro, já não é suficiente? Será que progresso e o desenvolvimento da agricultura precisa manter-se fomentando o oligopólio das empresas transnacionais de agrotóxicos e sementes e a submissão dos agricultores às vontades empresariais?
Quantos 20 de setembro mais teremos que seguir cultuando um tradicionalismo calcado na monocultura, no latifúndio e no uso indiscriminado dos agrotóxicos? Prefiro um 21 de setembro, dia internacional de luta e resistência aos desertos verdes, e 3 de dezembro, dia internacional do não uso de agrotóxicos.
Quando será que teremos o tal Rio Grande do Sul onde tudo que se planta cresce e o que mais floresce é o amor?

Corte de árvores centenárias causam polêmica em Viamão
Crédito: Pedro Revillion
(Atualizado)
por Cíntia Barenho*
Lendo os jornais da semana no RS fica evidente que nossas árvores estão com os dias cortados, digo, contados. Aquela que deveria ser a exceção está assumindo feições de regra, uma vez que além do descumprimento da lei, especialmente por parte do poder público, a flexibilização e precarização da legislação que defende a qualidade ambiental das cidades está na pauta.
Porto Alegre é um dos exemplos, no mesmo ano que promulga a Lei dos Túneis Verdes, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente já se estuda flexiblizar as podas, ou seja, nem os túneis verdes estarão tão imunes ao corte.
Lendo a reportagem de determinado jornal (infelizmente só achamos link desse jornal pouco recomendável) ficamos “boquiabertos” na falta de qualquer compromisso com o bem público, uma vez que admitindo haver carência de servidores para prestar o serviço necessário à comunidade, o gestor entrevistado, ao invés de mostrar a necessidade de qualificar o serviço público, remete a mudança da legislação para “sanar” o problema. Imagina se isso “cola” para os serviços de saúde, de justiça…é melhor nem pensarmos.
Para piorar, a reportagem reproduz as palavras do gestor público que afirma “as vezes assaltantes ou usuários de drogas podem se esconder sobe a vegetação e assim a Brigada Militar não os vê”, declaração mais patética, na qual defende que a grande criminalidade existente em nossas cidades tem como culpada as árvores. Triste destino desses tão necessários seres que embelezam, abrigam outros seres (não humanos), purificam o ar, ajudando a controlar a qualidade térmica e atmosférica. Claro que, com um pensamento desses, a munícipe que é entrevistada, só pode reproduzir o papel anti-ecológico (logo Porto Alegre que se auto-intitula Cidada da Educação Ambiental, como vê-se no site SMAM) reforçando a ideia de que com muitas árvores a iluminação pública é prejudicada. Como se a iluminação pública só pudesse ser feita através de postes de luz colocados acima das árvores.
Infelizmente na reportagem não vemos um contraponto efetivo contra o antropocentrismo dominante nas cidades frente à manutenção da vida das árvores.
Já a outra reportagem, em tom de denúncia, mostra a retirada de árvores centenárias de Viamão a revelia do Código Florestal do RS (Lei Estadual n.º 9.519/1992 que em seu artigo 33 trata das figueiras como imunes ao corte) promovida pelo poder público municipal para beneficiar um hipermercado e uma multinacional de fast food (quem serão? facinho de pensar). Em plena época de eleição, concretizam algo que desde 2007 tentavam, mas os moradores locais, exercendo sua cidadania ambiental seguiam impedindo.
O pior de tudo, foi ler que a “colega” bióloga que assinou a Anotação de Responsabilidade Técnica para a empresa (ir)responsável ambiental, estava de licença-maternidade da prefeitura. E, obviamente, gestor público ao ser entrevistado pela reportagem afirma que estudo está licenciado e legalizado, e que a profissional, por não ter dedicação exclusiva, poderia fazer o que fez.
Enfim, pelo que parece vamos ter que voltar a subir nas árvores para protegê-las, como fez Carlos Dayrell em 1975, ou talvez, abraçá-las como faziam as mulheres indianas de Chipko, apoiadas por Vandana Shiva.
*Cíntia Barenho é Mestre em Educação Ambiental, Bióloga e coordenadora de projetos do CEA

Luiz Rampazzo, sentado a direita, ao lado de outros “ceanos” e colaboradores, no Juvenal Miller, em Rio Grande/RS. Foto: CEA
Ouça hoje, segunda-feira, daqui a pouco, na RadioCom (104.5, FM), o ecologista Luiz Rampazzo, do Centro de Estudos Ambientais (CEA), no nosso comentário semanal sobre as questoes ambientais, locais, nacionais e internacionais.
O Comentário do CEA, todas as segundas, é uma parceira da RadioCom (104.5, FM ou http://www.radiocom.org.br/), desde o inicio de suas atividades.
O CEA, a primeira ONG ecológica da região sul do RS, que em 2012 completa 29 anos de atividades ininterruptas no campo da ecologia política, participa nos dias 29 e 30 de maio de 2012, em Brasília, da 10ª Reunião Ordinária deste Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU), o qual tem por função legal subsidiar e orientar a participação da delegação brasileira nas reuniões realizadas no contexto da Convenção de Ramsar. Dessa forma, a pauta principal da referida será a análise e discussão das 23 Propostas de Resolução que serão objeto de debate na 11ª Conferência das Partes signatárias da Convenção Ramsar (COP-11), a qual ocorrerá na Romênia, em julho de 2012.
A reunião também abordará a discussão sobre Relatório Final da Comissão Sobre Critérios para Designação de Sítios Ramsar no Brasil.
O CEA, que ocupa uma cadeira do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS) no CNZU, é representado pelo Prof. de Direito Ambiental, Antonio Soler, o qual entende que, “apesar da Convenção de Ramsar ser uma das mais antigas da ONU em matéria ambiental, a proteção das Zonas Úmidas, banhados e marismas, especialmente na região sul do RS, ainda carecem de um marco legal adequado”
Em breve, no Blog do CEA, mais informações.
Veja também: https://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2011/10/18/cnzu-discute-zonas-umidas-para-cop-11-na-romenia/
É com muita satisfação que nós,militantes ecologistas do CEA, convidamos para mais uma defesa de Mestrado, no Programa de Pós-graduação em Educação Ambiental da Furg.
A defesa da dissertação de Antônio Soler, militante ecologista do CEA, hoje, dia 21 de dezembro às 15 horas, no PPGEA/FURG (Sala 4212 – Pav 04), e tem como título: ” Antropocentrismo e crise ecológica: direito ambiental e Educação Ambiental como meios de (re) produção ou superação”.
BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Carlos Roberto da Silva Machado (Orientador/FURG), Prof. Dr. Francisco Quintanilha Veras Neto (PPGEA/FURG), Prof. Dr. Aloisio Ruscheinsky (UNISINOS)
Resumo
A crise ecológica esta posta e com ela o desafio de reforçá-la ou superá-la. Ao par disso, hegemoniza-se um Pensamento Verde, decorrente da disputa de poder na sociedade, segundo o qual a natureza humana é exterior e superior a natureza não humana, atribuindo a essa última valor predominantemente econômico. A Natureza é mercantilizada. Tal Pensamento é dito antropocêntrico. Contudo é possível identificar, ainda de que maneira minoritária, oposição por aqueles que defendem uma visão de natureza não antropocêntrica, colocando a vida no centro das considerações. O Direito Ambiental (DA) e a Educação Ambiental (EA), igualmente resultam dessa luta pelo poder e, dessa forma, aparecem como meios de reproduzir ou superar esse momento histórico de ameaça ao equilíbrio natural da vida na Terra. A presente pesquisa procurou desvelar conexões entre o antropocentrismo e a Crise Ecológica, problematizando aspectos de sua manutenção ou superação, a partir de uma análise descritiva e qualitativa de documentos relativos ao DA e da EA. A compreensão e superação da Crise Ecológica e suas conexões com o DA e a EA, foram tratados, considerando a multiplicidade teórica atinentes a ambos os campos do conhecimento humano com o escopo de forma crítica e emancipatória, colaborar para uma práxis reconstrutora do mundo e livre da dominação da natureza humana sobre a natureza não humana. É imprescindível que a humanidade avance na superação da Crise Ecológica, para uma nova tutela da Terra, neutralizando a degradação da vida humana e não humana.
Palavras-Chave: Pensamento Verde, Visão Antropocêntrica e Não Antropocêntrica de Natureza, Crise Ecológica, Direito Ambiental e Educação Ambiental.
O Livro Contribuições à Educação Ambiental, organizado por Humberto Calloni e Paulo Ricardo Corrêa da Silva apresenta parte dos temas que foram debatidos no II EDEA, em 2010, na FURG.
A publicação conta com artigos de
O professor de Direito Ambiental e membro do CEA, Antonio Soler, participa da publicação com o artigo intitulado “Zona Costeira: Educação e o Direito Ambiental”.
Para aquisição do livro do II EDEA e maiores informações buscar a Secretaria do PPGEA da FURG (<ccpedamb@furg.br>, <mea@furg.br>) e/ou a Comissão de Organização do EDEA (edeafurg@gmail.com).
por Cíntia Barenho
Hoje 5 de junho – dia mundial da ecologia e do meio ambiente – em função disso, um dos principais jornais em circulação no RS apresenta um caderno, “Por dentro da Reciclagem”, no qual afirma que sua edição especial mostra como “o homem lida com um dos maiores problemas que causa ao planeta:o lixo” (ainda bem que nós, mulheres nada causamos). Um caderno que se resume às questões da reciclagem de resíduos, apresentando, como eles dizem o trabalho de “formiguinha” que vai do momento que a embalagem é descartada até ela retornar a sua casa em diferentes formatos; apresenta números da reciclagem e mostra o que três famílias fazem para que o “formigueiro da reciclagem cresça” (de que classe social seriam tais famílias mesmo?).
A proposta da temática é boa, mas num caderno recheado de propagandas dos mais diferentes tipos de empresas – de bancos a papeleiras, de energia termoelétrica a fabricantes de carro – obviamente não tem a essência da problemática discutida: precisamos ter tais padrões de consumo? A reciclagem resolve a problemática da grande quantidade resíduos sólidos gerados tanto nas cidades como na zona rural?
Minha ideia não é simplesmente criticar abordagem de tal caderno, mas sim problematizar a necessidade de ecologizarmos a comunicação. Nós ecologistas há muito já usamos o jargão “ecologizar a política, politizar a ecologia”. E para nós do CEA sempre esteve presente a necessidade de também ecologizarmos a comunicação. Desde sempre nos utilizamos de diferentes mecanismos, jornais, fotos, panfletos, para levar a informação ambiental que não encontrávamos na mídia corporativa. Ou seja, fazendo educação ambiental através da problematização das questões ambientais vivenciadas em nossa região, o que os meios tradicionais pouco faziam, pouco cumpriam seu papel de veículo de informação.
Sendo assim já fazem quase três anos que nos apropriamos da ferramenta de blog e nos utilizamos dela para veicular as nossas verdades, aquilo que gostaríamos de contar para os mais diferentes veículos de comunicação, mas que obviamente não tem interesse algum em veicular. Inclusive, quando nos procuram para mostrar o nosso lado para determinada situação, fazem questão de publicar frases-questões de menor relevância. Tempos atrás quando questionada sobre as mudanças do código florestal e a conferência que a Ministra de Meio Ambiente fez em POA-RS, um jornalista do ZH me ligou e depois de 30minutos de conversa o contraponto se resume a pouquíssimas linhas que pouco expressa toda a problematização feita. Além de que, tal material estava veiculado no caderno “Dinheiro”. Me parece que já está na hora de pararmos de falar para esse veículos, nos quais não tem nenhum compromisso com a questão ambiental, muito menos com uma informação de efetiva qualidade.
Assim, um visando essa ideia de ecologizar a comunicação nos envolvemos no 1º Encontro de Blogueiros e Tuiteiros do RS – #BlogProgRS – que encerrou-se há uma semana atrás. Um encontro que reuniu cerca de 200 pessoas e que atingiu outras tantas via transmissão web.
Hoje a internet é um espaço livre no qual todos podem ter acesso (apesar de já existir várias iniciativas no Brasil, como o projeto de lei conhecido como AI-5 Digital de cerceamento dessa liberdade), independente de condição econômica ou poder político, possibilitando aos diferentes setores da sociedade a manifestação nas mais diferentes formas digitais, por exemplo nos blogs, situação que não conseguimos, na mesma igualdade de acesso, numa grande mídia. Os blogs já representam hoje uma importante forma de contraponto à imprensa tradicional (também conhecida por PIG = Partido da Imprensa Golpista)
Dentro desse contexto, o #BlogProgRS promoveu discussões sobre a internet no RS e no país e o papel dos blogs na tarefa de democratizar a comunicação. Ao final uma Carta-compromisso do 1º Encontro de Blogueir@s e Tuiteir@s do RS foi aprovada. Etapa estadual superada, haverá entre 17 e 19 de junho o 2º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas, que tem como eixo central a luta por um novo marco regulatório dos meios de comunicação, que garanta avanços na democratização deste setor estratégico, com maior pluralidade e diversidade informativas.
No #BlogProgRS percebi para além do Blog do CEA, a presença do Blog de Os Verdes de Tapes, do blog POA Resiste!, os Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho, Blogs de cunho ambiental que já excercem importante papel contraponto e informação ambiental na blogosfera, especialmente a gaúcha.
Enfim, queria minimamente problematizar nesse dia do meio ambiente o quanto também é nossa luta “Ecologizar a Comunicação” levando com qualidade, postura e posicionamento crítico a nossa luta ecológica, bem como o que pensamos ser necessário para enfrentar a crise ecológica, que infelizmente só aumenta.
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