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ATUALIZADO

por Cíntia Barenho

The Power of Community: How Cuba Survived Peak Oil PosterThe Power of Community: How Cuba Survived Peak Oil é um documentário que aborda como Cuba “sobreviveu”, ou melhor, precisou se adaptar radicalmente quando a União Soviética (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS) dissolveu-se. Assim, todos os subsídios, especialmente petrolíferos foram cortados, fazendo com que toda a agricultura cubana, até então petróleo e química-dependente (como a grande parte da nossa agricultura-agronegócio), tivesse que se modificar radicalmente sob a pena de não dar conta de alimentar sua população. Abordando a agricultura ecológica, a agricultura urbana, tal documentário se desenrola, fazendo uma grande crítica ao consumo e  dependência do petróleo.

Tal questão é pouco conhecida e debatida pelas bandas de cá. Inclusive, dias atrás, lendo o relato de uma estudante brasileira que participou das brigadas em Cuba, me pareceu que para a sociedade cubana a questão da agricultura não mais petro-dependente está tão introjetada, que não parece nenhuma novidade discutir tais questões com os estrangeiros que lá visitam.

A agricultura em grande escala, mecanizada e monocultural é totalmente petro-dependente e consumidora de insumos químicos, sejam estes fertilizantes/adubos (também derivados do petróleo) e agrotóxicos.

Claro que o bloqueio econômico, imposto à Cuba pelos Estados Unidos trás uma série de implicações  e sanções para a população e o desenvolvimento local. No entanto, ouso dizer que por conta do pouco acesso ao petróleo, em parte sanado pelo solidariedade bolivariana da Venezuela, a agricultura cubana tem avanços importantíssimo visando uma sociedade para além do petróleo, para além da dependência desse ouro negro que degrada a natureza e explora as sociedades.

Alguns males, podem até vir para bem…veja o documentário e faça suas próprias conclusões.

O biólogo norte-americano Barry Commoner, considerado um dos fundadores da ecologia moderna, morreu no domingo (30/09), em Nova York, aos 95 anos. Commoner nasceu no Brooklyn em 28 de maio de 1917. Graduou-se em Zoologia pela Universidade Columbia e fez mestrado e doutorado em Harvard. Após servir como tenente na Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, mudou-se para Saint Louis, onde foi professor de fisiologia vegetal na Universidade Washington por 34 anos.

Em 1966, fundou o Centro de Biologia de Sistemas Naturais na universidade, para estudar “a ciência do meio ambiente total”. “Commoner foi um líder em uma geração de cientistas-ativistas que reconheceu consequências danosas do boom de tecnologia pós-Segunda Guerra e foi um dos primeiros a alimentar o debate nacional sobre o direito do público de compreender os riscos e tomar decisões sobre eles”, destacou o jornal New York Times em obituário.

O trabalho de Commoner a respeito dos efeitos globais da radioatividade promovida por atividades nucleares, com destaque para o registro das concentrações de estrôncio 90 nos dentes de milhares de crianças, contribuiu grandemente para a adoção do “Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares”, assinado por mais de 100 países em 1963.

A partir dali, Commoner se tornaria um dos mais conhecidos ambientalistas do mundo, autor de livros que se tornaram best-sellers, como The Closing Circle (1971) e The Poverty of Power (1976). Em 1970, ano do primeiro Dia da Terra, a revista Time colocou Commoner em sua capa, com o título Ambientalista Barry Commoner – A Emergente Ciência da Sobrevivência.

A popularidade e o engajamento em causas ambientais e sociais o levaram a concorrer à Presidência dos Estados Unidos, pelo Partido dos Cidadãos, em 1980. Commoner obteve 234 mil votos na eleição que foi vencida por Ronald Reagan. Um dos grandes legados de Commoner foi publicado em The Closing Circle e ficou conhecido como as Quatro Leis da Ecologia: “Tudo está interligado; Tudo deve ir a algum lugar; A Natureza sabe melhor; Não há almoço de graça” (em tradução livre).

“Commoner acreditava que poluição ambiental, guerra e desigualdades raciais ou sexuais deveriam ser tratadas como assuntos relacionados a um problema central”, apontou o New York Times, que ressaltou o papel do ambientalista como crítico do capitalismo. “Não acredito no ambientalismo como solução para coisa alguma. O que eu acredito é que o ambientalismo ilumina as coisas que precisam ser feitas de modo a resolvermos juntos nossos problemas”, disse Commoner.

Fonte: Ecoagencia

“Para matar al hombre de la paz

para golpear su frente limpia de pesadillas

tuvieron que convertirse en pesadilla

para vencer al hombre de la paz

tuvieron que congregar todos los odios

y además los aviones y los tanques

para batir al hombre de la paz

tuvieron que bombardearlo hacerlo llama

porque el hombre de la paz era una fortaleza

 

para matar al hombre de la paz

tuvieron que desatar la guerra turbia

para vencer al hombre de la paz

y acallar su voz modesta y taladrante

tuvieron que empujar el terror hasta el abismo

y matar más para seguir matando

para batir al hombre de la paz

tuvieron que asesinarlo muchas veces

porque el hombre de la paz era una fortaleza

 

para matar al hombre de la paz

tuvieron que imaginar que era una tropa

una armada una hueste una brigada

tuvieron que creer que era otro ejército

pero el hombre de la paz era tan sólo un pueblo

y tenía en sus manos un fusil y un mandato

y eran necesarios más tanques más rencores

más bombas más aviones más oprobios

porque el hombre del paz era una fortaleza

 

para matar al hombre de la paz

para golpear su frente limpia de pesadillas

tuvieron que convertirse en pesadilla

para vencer al hombre de la paz

tuvieron que afiliarse para siempre a la muerte

matar y matar más para seguir matando

y condenarse a la blindada soledad

para matar al hombre que era un pueblo

tuvieron que quedarse sin el pueblo.”

Allende por Mario Benedetti

…Eso no esta muerto 
no me lo mataron 
ni con la distancia 
ni con el gris soldado. 
Eso no esta muerto 
no me lo mataron 
ni con la distancia 
ni con el gris soldado…

Victor Jara – Canto libre

El verso es una paloma
que busca donde anidar.
Estalla y abre sus alas
para volar y volar.

Mi canto es un canto libre
que se quiere regalar
a quien le estreche su mano
a quien quiera disparar.

Mi canto es una cadena
sin comienzo ni final
y en cada eslabón se encuentra
el canto de los demás.

Sigamos cantando juntos
a toda la humanidad.
Que el canto es una paloma
que vuela para encontrar.
Estalla y abre sus alas
para volar y volar.
Mi canto es un canto libre

Leia também: O outro 11 de setembro: 40 mil vítimas, US$ 27 milhões nas contas secretas de Pinochet

Energia Nuclear ou Guerra  Nuclear? Nuances muito próximas, que seguem acontecendo

Por Noam Chomsky

O dia 6 de agosto, aniversário de Hiroshima, deveria ser um dia de reflexão sombria, não só a respeito dos acontecimentos terríveis dessa data, em 1945, mas também sobre o que eles revelaram: que os seres humanos, em sua busca dedicada por meios de aumentarem a sua capacidade de destruição, finalmente tinham conseguido encontrar uma forma de se aproximarem desse limite final. 

Os atos em memória desse dia têm um significo especial neste ano. Têm lugar pouco antes do 50º aniversário do momento mais perigoso na história humana, nas palavras de Arthur M. Schlesinger Jr, historiador e assessor de John F. Kennedy, ao se referir à crise dos misseis cubanos. Graham Allison escreve na edição atual da Foreign Affairs que Kennedy ordenou ações que ele sabia que aumentariam o risco, não só de uma guerra convencional, mas também de um enfrentamento nuclear, com uma probabilidade que, acreditava ele, de talvez 50% , cálculo que Allison considera realista. 

Kennedy declarou um alerta nuclear de alto nível, que autorizava o uso de aviões da OTAN, tripulados por pilotos turcos (ou outros), a decolarem, voarem a Moscou e largarem uma bomba. Ninguém esteve mais assombrado pela descoberta dos mísseis em Cuba do que os homens encarregados de mísseis similares que os Estados Unidos tinha largado clandestinamente em Okinawa, seis meses antes, seguramente apontados para a China, em momentos de tensão crescente. Kennedy levou o presidente soviético Nikita Krushev à iminência da guerra nuclear e ele olhou o que se aproximava e não teve estômago para a coisa, segundo o general David Burchinal, então alto oficial do pessoal de planejamento do Pentágono.

Não se pode contar sempre com essa cordialidade. Krushev aceitou uma fórmula apresentada por Kennedy pondo fim à crise que estava a ponto de se converte em guerra. O elemento mais audacioso da formula, escreve Allison, era uma concessão secreta que prometia a retirada dos mísseis estadunidenses da Turquia num prazo de seis meses depois do fim da crise. Tratava-se de mísseis obsoletos que estavam sendo substituídos por submarinos Polaris, muito mais letais. 

Em resumo, correndo inclusive o alto risco de uma guerra de destruição inimaginável, considerou-se necessário reforçar o princípio de que os Estados Unidos têm o direito unilateral de situar misseis nucleares em qualquer parte, alguns apontados para a China ou para as fronteiras da Rússia, que até então não tinha nunca posto mísseis fora da URSS. 

Ofereceram justificações, é claro, mas não sobrevivem a uma análise. Cuba, como princípio correlato a isso, não estava autorizado a possuir mísseis para sua defesa contra o que parecia ser uma invasão iminente dos Estados Unidos. Os planos para os programas terroristas de Kennedy, a Operação Mangusto, estabeleciam uma revolta aberta e a derrocada do regime comunista em outubro de 1962, mês da crise dos mísseis, com o reconhecimento de que o êxito final exigiria uma intervenção decisiva dos Estados Unidos.

As operações terroristas contra a Cuba são descartadas habitualmente pelos comentaristas como travessuras insignificantes da CIA. As vítimas, como é de se supor, veem as coisas de uma forma bastante diferente. Ao menos podemos ouvir suas palavras em Vozes do outro lado: Uma história oral do terrorismo contra Cuba, de Keith Bolender.

Os eventos de outubro de 1962 são amplamente celebrados como o melhor momento de Kennedy. Allison os oferece como um guia sobre como reduzir o risco de conflitos, manejar as relações das grandes potências e tomar decisões acertadas a respeito da política externa em geral. Em particular, os conflitos atuais com o Irã e a China.

O desastre esteve perigosamente próximo em 1962 e não tem havido escassez de graves riscos desde então. Em 1973, nos últimos dias da guerra árabe-israelense (a guerra do Yom Kippur), Henry Kissinger lançou um alerta nuclear de alto nível. A Índia e o Paquistão tem estado há muito próximos de um conflito atômico. Tem havido inúmeros casos nos quais a intervenção humana abortou um ataque nuclear momentos antes do lançamento de mísseis, com base em falsas informações de sistemas automatizados. 

Há muito em que se pensar no 6 de agosto. Allison se une a muitos outros ao considerar que os programas nucleares do Irã são a crise atual mais grave, um desafio ainda mais complexo para os formuladores da política dos Estados Unidos do que a crise dos mísseis cubanos, dada a ameaça de um bombardeio israelense. A guerra contra o Irã está em processo, inclusive com o assassinato de cientistas e pressões econômicas que chegaram ao nível de guerra não declarada, segundo o critério de Gary Sick, especialista em Irã. 

Há um grande orgulho da sofisticada ciberguerra dirigida contra o Irã. O Pentágono considera a ciberguerra como ato de guerra, que dá um cheque em branco para o uso da força militar tradicional, informa o The Wall Street Journal. Com a exceção usual: não quando o Estados Unidos ou um aliado é que a realiza. A ameaça iraniana tem sido definida pelo general Giora Eiland, um dos maiores estrategistas militares de Israel, “um dos pensadores mais engenhosos e prolíficos que (as Forças de Defesa de Israel) produziram”. 

Entre as ameaças que ele define, a mais plausível é que qualquer enfrentamento nas fronteiras teria lugar sob um guarda-chuva nuclear iraniano. Em consequência, Israel poderia se ver obrigado a recorrer à força. Eiland está de acordo com o Pentágono e com os serviços de inteligência dos Estados Unidos, que consideram a dissuasão como a maior ameaça que o Irã representa. 

A atual escalada da guerra não declarada contra o Irã aumenta a ameaça de uma guerra acidental em grande escala. Alguns perigos foram ilustrados no mês passado, quando um barco estadunidense, parte da enorme força militar no Golfo, disparou contra uma pequena embarcação de pesca, matando um membro da tripulação indiana e ferindo outros três. Não seria preciso muito para iniciar outra guerra importante. 

Uma forma sensata de evitar as temidas consequências é buscar a meta de estabelecer no Oriente Médio uma zona livre de armas de destruição em massa e todos os mísseis necessários para o seu lançamento, e o objetivo e uma proibição global do uso de armas químicas – o que é o texto da resolução 689 de abril de 1991, do Conselho de Segurança, que os Estados Unidos e a Grã Bretanha invocaram em seu esforço para criar uma cobertura complacente para a sua invasão do Iraque, 12 anos depois. 

Essa meta tem sido um objetivo árabe-iraniano desde 1974 e nesses dias tinha um apoio global quase unânime, ao menos formalmente. Uma conferência internacional para debater formas de levar a cabo esse tratado pode ocorrer em dezembro. É improvável o progresso, a menos que haja um apoio público massivo no Ocidente. Ao não se compreender a importância dessa oportunidade, alarga-se mais uma vez a sombra que tem obscurecido o mundo desde o terrível 6 de agosto.

Fonte: Aldeia Gaulesa

A Embaixada do Brasil em Washington, um edifício modernista que contrasta com o classicismo dos imóveis da bela Embassy Row, o setor de embaixadas da capital americana, foi palco nesta segunda-feira 9 de uma marcha que reuniu cerca de cem pessoas, entre estudantes, ativistas e brasileiros que moram na região, que se manifestaram durante a visita da presidenta Dilma Rousseff à cidade.

Irmã de Dorothy Stang carrega cartaz em homenagem aos mártires da floresta. Foto: Felipe Milanez

O protesto, segundo os organizadores, tinha quatro motivos: a violência no campo, principalmente na Amazônia; a impunidade dos mandantes e executores desses crimes; as mudanças no Código Florestal brasileiro; a construção de grandes hidrelétricas na Amazônia.

Em meio a bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, cartazes estampavam imagens do casal José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, assassinados em 24 de maio de 2011. Estavam ao lado de fotos de Dorothy Stang, Chico Mendes e uma cena do enterro de 19 trabalhadores rurais sem terra mortos no massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996.

“A Amazônia e seus povos querem viver. Chega da violência!”. Esta era a frase estampada em uma das faixas.

O tema faz referência a uma situação dramática na Amazônia: o assassinato de lideranças políticas na região. Fotos de Laisa Santos Sampaio e de Nilcilene Miguel de Lima vieram acompanhadas da seguinte frase, pronunciada recentemente pelas ativistas: “Eu quero viver”.

A mesma frase dita por Chico Mendes pouco antes de morrer. Nilcilene está sob proteção da Força Nacional (cujo prazo encerra-se em breve). Laisa, também ameaçada de morte, segue sem qualquer tipo de proteção oficial.

Placas e bandeiras na frente da embaixada do Brasil em Washington. Foto: Felipe Milanez

Marguerite Hohm, irmã da missionária Dorothy Stang, assassinada no Pará em 2005, prestou solidariedade aos ativistas ameaçados de morte na região. “Basta de violência na Amazônia”, disse ela.

Após cumprirem parte da pena, alguns dos envolvidos na morte de Dorothy, como Bida, um dos mandantes, e Fogoió, um dos executores, já estão em liberdade.

Os lemas da mobilização incluíam palavras de ordem socioambiental, contrárias à barragem de Belo Monte (“Stop Belo Monte”), ao Código Florestal em votação na Câmara (“Veta, Dilma!”), assim como “Sem medo de dizer não à bancada ruralista”, e em defesa das populações tradicionais da floresta: “índios, extrativistas e camponeses: doutores da ecologia”.

Miguel Carter, professor na American University, afirmou que o momento atual precisa de uma reflexão. “Não se sabe até quanto tempo poderemos levar essa vida no planeta da forma como levamos hoje. E é preciso ouvir os índios, os povos da Amazônia, os camponeses, pessoas que sabem muito mais de ecologia do que os políticos que estão negociando  os acordos internacionais.”

Segundo ele, os povos tradicionais “são verdadeiros doutores da ecologia. Precisamos ter humildade para reconhecer a sabedoria deles, pois temos muito a aprender”.

Zé Cláudio e Maria, homenageados em maio pela ONU como “Heróis da Floresta”, foram destacados por Carter como “heróis pelo movimento de direitos humanos e meio ambiente”.

“Esta é uma marcha de solidariedade com os movimentos sociais brasileiros, defensores de direitos humanos, ativistas ambientais, povos indígenas, movimentos camponeses. E também de protesto contra a política ambiental do governo”, disse Andrew Miller, da organização AmazonWatch, no alto falante.

“Dilma Rousseff está mostrando o Brasil como um país progressista com relação ao meio ambiente, visando a Rio + 20. Mas a situação em campo mostra uma outra realidade, com a construção de grandes hidrelétricas na Amazônia, como Belo Monte; o Código Florestal, caso Dilma venha a ratificar a lei; e, principalmente, com a grave situação de violência na região”, afirmou Miller.

O discurso aconteceu com faixas ao fundo questionando: “Rio-20: cadê os direitos humanos no ‘capitalismo verde’?”.

As organizações presentes lembraram que “o desmatamento triplicou no primeiro trimestre desse ano”. “Junto da floresta, as pessoas da Amazônia estão sendo mortas”, havia dito Laisa em seu discurso na ONU, ao receber o prêmio em homenagem a sua irmã e seu cunhado.

A violência é um dos fatores mais assustadores na Amazônia. A morte do casal de ambientalistas no Pará, menos de um ano atrás, foi seguida pela morte de Adelino Ramos, o Dinho, em Rondônia, na mesma semana. Nessa mesma região onde Dinho denunciava a extração ilegal de madeiras, no dia 30 de março, menos de duas semanas antes da marcha em Washington, Dinhana Nink foi morta por igual razão: denunciar madeireiros ilegais. Nilcilene Lima, líder extrativista, teme ter o mesmo destino.

“Nossa solidariedade, para que essas pessoas que estão longe saibam que estamos junto deles. O governo brasileiro não pode ficar omisso”, diz Carter.

A marcha aconteceu em um lindo dia de primavera na capital americana, com o caminho colorido por flores, especialmente pelas famosas cerejeiras que florescem nessa época do ano.

Os cartazes, desenhados pelo artista plástico Cesar Maxit, compunham uma paisagem poética e, ao mesmo tempo, perturbadora. Menos de um ano depois de serem assassinados, Zé Cláudio e Maria tiveram seus rostos dispostos ao lado de figuras emblemáticas da destruição da Amazônia, como Chico Mendes e Dorothy Stang.

Tornaram-se justamente o que, em vida, temiam: mártires da Amazônia. “A mesma coisa que fizeram com Chico Mendes, a mesma coisa que fizeram com a irmã Dorothy, querem fazer comigo”, havia declarado Zé Cláudio, no evento TEDXAmazonia, alguns meses antes de sua morte.

Os cartazes com os clamores de vida de Laisa e Nilcilene, “Eu quero viver”, podem representar as centenas de pessoas que estão ameaçadas de morte, em listas discutidas por movimentos sociais com o governo.

A incapacidade do governo de dar a estas pessoas condições de sobrevivência, em um ambiente dominado por medo e terror, faz temer pelo pior.

Fonte: CartaCapital

If A Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front (Se uma árvore cai: Uma história sobre o Earth Liberation Front)

Um olhar sobre o Earth Liberation Front (ELF), o grupo ambientalista radical que o FBI chama na América de “ameaça número um terrorista doméstico”. Saiba mais AQUI

Porque muitas vezes a luta ecológica necessita de um pouco mais de ousadia.

Todos, independente de serem humanos ou não-humanos, tem direitos! Agora cabe a nós, seres humanos, superarmos o antropocentrismo e reconhecer isso (a Bolívia já o fez, em parte, através de sua Constituição). Aqui, no RS, há discussão parecida com a escravidão das Orcas, quando mobiliza-se para evitar que seja aprovado o projeto de lei (PL) que permite a atividade de cães de aluguel (para uso em vigilância). Qual de é fato a proteção/resguardo que existiria a esses seres não humanos? Teriam eles sindicatos para sua defesa? Seriam eles poupados de um trabalho escravo? Dúvidas que tem respostas óbvias, como a situação das orcas abaixo.

Cinco orcas ‘processam’ parque aquático por escravidão

Cinco orcas foram nomeadas como autoras de um processo na Justiça americana que argumenta que elas têm os mesmos direitos de proteção contra a escravidão que humanos.

A organização de defesa dos direitos dos animais Peta (People for the Ethical Treatment of Animals), três especialistas em mamíferos marinhos e dois ex-treinadores entraram com a ação contra o parque aquático SeaWorld.

Esta seria a primeira vez que um tribunal dos Estados Unidos discute se animais deveriam ter a mesma proteção constitucional que humanos.

A equipe jurídica do SeaWorld classifica o caso como um desperdício de tempo e dinheiro.

“As orcas e outros animais não foram incluídos no ‘Nós, o povo’ quando a Constituição foi adotada”, disse o advogado do parque Theodore Shaw, perante a corte.

Ele argumentou que, se o caso for bem-sucedido, pode haver consequências não só para outros parques marinhos e zoológicos, mas também para o uso de cães farejadores que ajudam a polícia a encontrar drogas e explosivos, por exemplo.
‘Caso histórico’

A organização Peta diz que as orcas Tilikum, Katina, Kasatka, Ulises e Corky são tratadas como escravas, porque vivem em tanques e são forçadas a fazer apresentações diárias nos parques SeaWorld na Califórnia e na Flórida.

Segundo analistas, não é provável que os animais consigam a liberdade, mas os ativistas já se dizem satisfeitos com o fato de que o caso chegou aos tribunais.

A ação judicial menciona a 13ª emenda à Constituição americana, que aboliu a escravidão e a servidão involuntária no país.

“Pela primeira vez na história de nossa nação, um tribunal federal ouviu os argumentos sobre se seres vivos, que respiram e sentem, têm direitos ou podem ser escravizados simplesmente porque não nasceram humanos”, disse Jeffrey Kerr, advogado que representa as cinco baleias.

“Escravidão não depende da espécie do escravo, assim como não depende de raça, gênero ou etnia. Coerção, degradação e submissão caracterizam escravidão, e essas orcas enfrentaram todos os três.”

O juiz do caso, Jeffrey Miller, levantou dúvidas sobre o fato de os animais constarem como autores do processo e afirmou que sua decisão será anunciada em outra data, ainda não definida.

Esta não é a primeira vez que orcas do SeaWorld ganham as manchetes ao redor do mundo. Em fevereiro de 2010, Tilikum afogou sua treinadora diante de espectadores horrorizados no parque da Flórida. O mesmo animal foi relacionado a outras duas mortes.

As orcas também são conhecidas como baleias-assassinadas, apesar de não serem tecnicamente baleias, mas animais da família Delphinidae, a mesma que os golfinhos.

Fonte: BBC

por Sérgio Abranches

Ministros do BASIC se reúnem em Belo Horizonte, no Inhotim, um estágio preparatório para a COP17, em Durban, África do Sul. Para eles, a prioridade central deve ser o Protocolo de Kyoto.

No comunicado após a reunião os ministros estabeleceram os pontos comuns e a orientação para a ação do grupo, que reúne Brasil, África do Sul, Índia e China, em Durban.

“Os ministros reafirmaram que o Protocolo de Kyoto é a base do regime para mudança climática. Eles sublinharam o papel do Protocolo de Kyoto para assegurar cortes profundos nas emissões de gases estufa pelos países desenvolvidos correspondentes às avaliações do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) e o objetivo de 2oC reconhecido em Cancun.”

Essa é a questão mais substantiva posta pelo documento e a que, provavelmente, levará a um agravamento do impasse em Durban, ou a soluções triviais, de importância puramente política e simbólica. Qualquer acordo sobre o Protocolo de Kyoto em hipótese alguma decidirá cortes profundos nas emissões de gases estufa, muito menos em linha com as estimativas do IPCC e o limite de 2oC. O primeiro período de compromissos, que se esgota em 2012, fixou metas pífias e teve efeito desprezível nas emissões. Um segundo período não fará melhor. Será difícil convencer Japão, Canadá, Austrália e Rússia a ratificarem esse segundo período. Sem esses países, EUA e o BASIC, um acordo desses será uma saída trivial, para constar, abarcando menos de 20% das emissões globais.

A defesa do Protocolo de Kyoto tem dois fundamentos, ambos presentes no comunicado do BASIC. Um, é ideológico. Tem a ver com a posição de que a responsabilidade pelo esforço de mitigar a mudança climática cabe aos países desenvolvidos e que, mesmo assim, os países em desenvolvimento têm feito mais. Essa visão tem uma grande dose de fantasia política. O segundo, é prático. Sem o Protocolo de Kyoto, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) ficaria comprometido. É um mecanismo de compensações das emissões dos países desenvolvidos por meio de investimentos, principalmente em energia renovável e na indústria em países em desenvolvimento. O maior beneficiário do MDL tem sido a China, com uma atitude permissiva em relação à qualidade dos projetos. Índia também tem se beneficiado bastante. O Brasil nunca soube usar bem esse mecanismo, embora ele tenha nascido da combinação de uma proposta brasileira, com outra feita pelo EUA. Veja o gráfico feito pela ONU.

O elemento ideológico está claro nas seguintes passagem do comunicado:

“Os ministros enfatizaram que a perspectiva das Partes do Anexo I deixarem o Protocolo de Kyoto para apresentarem suas contribuições de mitigação sob o AWG-LCA só pode ser o reflexo de redução da vontade política de cortar as emissões de gases estufa. É inconcebível que um país deixe o Protocolo de Kyoto para fazer mais.” Continue lendo »

Vale a pena conferir o último documentário de Michel Moore – Capitalismo – Uma História de Amor. O documentário busca discutir as razões para o colapso do sistema financeiro em 2008, especialmente nos EUA.

No documentário Moore explora como o tal “capitalismo”, grande ideário imperialista yankee, tem se transmutado e através de políticos, que hora são estão em algum cargo público, ora estão a frente das grandes corporações ,  conseguiram dar carta branca para estas, especialmente as financieiras, aumentarem a fortuna através da desregulamentação das operações do sistema financeiro, mas principalmente através do engodo feito à população, através do refinanciamento de imóveis.  Ele ainda escarafuncha  as manobras diabólicas, feitas no congresso americano para dar  um “resgate” de U$ 700 bilhões aos bancos e como estes utilizaram o dinheiro (que não tinha nenhuma regra para ser usado). O filme se encerra frente as eleições de Barack Obama, evidenciando o porquê da tal esperança depositada nesse democrata.

Além disso, o filme é uma excelente aula de como é o capitalismo. Vale a pena conferir, bem como ser utilizado como material didático.

Se quiser ler um pouco mais, acesse AQUI

Uma boa pergunta a fazer para o Senhor da Guerra. Nossas florestas, sem dúvidas, devem ter seu uso planejado-manejado-preservado por nós brasileiros e brasileiras. E estarmos em vias de desenvolvimento não pressupõe acabar com as nossas florestas. Claro que se dependermos da bancada ruralistas e dos amigos do Aldo Rebelo tudo vai mudar rapidinho.

Ficheiro:Acid rain woods1.JPG
Efeitos da precipitação ácida sobre uma floresta temperada (Jizera, República Checa). As florestas americanas não tiveram fim tão diferente

Obama Quando Vocês Irão Repor Suas Florestas Temperadas ?

por Stephen Kanitz

No filme A Bruxa de Blair, sucesso de bilheteria do cinema alternativo americano, há uma cena que fez meu sangue de ecologista amador brasileiro e defensor do crescimento sustentável literalmente borbulhar.

Os três estudantes do longa estão totalmente perdidos numa floresta da Nova Inglaterra e a garota começa a entrar em pânico achando que nunca mais sairia daquela selva.

Seu colega então diz algo parecido com: “Não seja idiota, nós destruímos todas as nossas florestas temperadas. É só andarmos meia hora em linha reta que logo sairemos daqui”.

Ecologistas do mundo todo vivem fazendo protestos para preservar a floresta tropical brasileira, mas raramente param para refletir sobre essa corajosa crítica contida nesse filme, que fez tanto sucesso.

Se alguém se perder na Floresta Amazônica, poderá ter de andar por noventa dias até achar uma saída, tal o nível de preservação de nossa Amazônia, comparada com as demais florestas.

Então, não seria correto discutir com o Obama a reconstituição das florestas temperadas, há muito tempo dizimadas?

Ele vai nos encher o saco com a nossa “devastação da Amazonia”, e vamos sempre ficar na defensiva e concordar em princípio e depois fazer nada.

Que tal contra atacar de vez em quando.

Na Europa e nos Estados Unidos, 98% a 99% das florestas foram destruídas.

O “Crescente Fértil” descrito na Bíblia é hoje o Iraque da “Desert Storm”. Em contrapartida, 86% da Floresta Amazônica continua intacta.

No famoso Museu Smithsonian de Washington, vi um painel que orgulhosamente mostrava um pioneiro derrubando uma árvore para criar uma área arável e poder “suprir nossos antepassados com a comida necessária”.

Destruíram tantas florestas temperadas para plantar comida que hoje eles têm muito mais agricultores do que o necessário, a maioria economicamente inviável.

A destruição das florestas temperadas é uma das razões dos maciços subsídios que a Europa e os Estados Unidos dão à agricultura, razão de nossos protestos junto à OMC.

Quando negociadores do governo brasileiro reclamam desses subsídios, a resposta é que eles são necessários para manter a população no campo.

Caso contrário, os países teriam enormes espaços e terras vazias, com todo mundo vivendo nas cidades.

O erro dessa lógica política está na frase “espaços e terras vazias”, uma vez que essas terras não eram “vazias” antes de as florestas temperadas serem dizimadas.

Há muito deveríamos ter colocado na agenda mundial a necessidade da reconstituição das florestas temperadas ao lado da preservação da Floresta Amazônica – o que exigiria dos países desenvolvidos a lenta substituição dos agricultores subsidiados por guardas e bombeiros florestais em constante vigilância.

Pelo menos os agricultores passariam a ser úteis, em vez de receber subsídios para nada plantarem. Os espaços não ficariam vazios, como temem os políticos desses países. Voltariam ao equilíbrio original.

Isso teria importantes conseqüências econômicas para o Terceiro Mundo. Acabaria com os enormes subsídios agrícolas e equilibraria a balança comercial de muito país em desenvolvimento.

Bjorn Lomborg, autor do The Skeptical Environmentalist, escreve na página 117 uma frase de muita coragem política:

“Que base nós (Primeiro Mundo) temos para nos indignarmos com o desmatamento das florestas tropicais, considerando o nosso desmatamento na Europa e Estados Unidos?

É uma hipocrisia aceitar que nós nos beneficiamos imensamente da destruição de enormes áreas de nossas próprias florestas mas não vamos permitir que países em desenvolvimento se beneficiem como nós o fizemos.

Se não quisermos que eles usem seus recursos naturais do jeito que nós usamos os nossos, devemos compensá-los de acordo”.

Obviamente, ele foi massacrado por seus colegas, e no Brasil que deveria te-lo apoiado, fui o único a fazê-lo num artigo na Veja em 2003.

Gostaria que a Dilma, nesta reunião com o Obama indagasse o que ele está fazendo para reconstituir 85% de suas florestas temperadas. É o que eu faria.

Fonte: Blog.kanitz.com.br

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