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ATUALIZADO

por Cíntia Barenho

The Power of Community: How Cuba Survived Peak Oil PosterThe Power of Community: How Cuba Survived Peak Oil é um documentário que aborda como Cuba “sobreviveu”, ou melhor, precisou se adaptar radicalmente quando a União Soviética (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS) dissolveu-se. Assim, todos os subsídios, especialmente petrolíferos foram cortados, fazendo com que toda a agricultura cubana, até então petróleo e química-dependente (como a grande parte da nossa agricultura-agronegócio), tivesse que se modificar radicalmente sob a pena de não dar conta de alimentar sua população. Abordando a agricultura ecológica, a agricultura urbana, tal documentário se desenrola, fazendo uma grande crítica ao consumo e  dependência do petróleo.

Tal questão é pouco conhecida e debatida pelas bandas de cá. Inclusive, dias atrás, lendo o relato de uma estudante brasileira que participou das brigadas em Cuba, me pareceu que para a sociedade cubana a questão da agricultura não mais petro-dependente está tão introjetada, que não parece nenhuma novidade discutir tais questões com os estrangeiros que lá visitam.

A agricultura em grande escala, mecanizada e monocultural é totalmente petro-dependente e consumidora de insumos químicos, sejam estes fertilizantes/adubos (também derivados do petróleo) e agrotóxicos.

Claro que o bloqueio econômico, imposto à Cuba pelos Estados Unidos trás uma série de implicações  e sanções para a população e o desenvolvimento local. No entanto, ouso dizer que por conta do pouco acesso ao petróleo, em parte sanado pelo solidariedade bolivariana da Venezuela, a agricultura cubana tem avanços importantíssimo visando uma sociedade para além do petróleo, para além da dependência desse ouro negro que degrada a natureza e explora as sociedades.

Alguns males, podem até vir para bem…veja o documentário e faça suas próprias conclusões.

Foto: Rogério Santana/Governo do RJ

Quais as reais garantias que a mesma será paga??Seguem aqui fazendo e acontecendo sem nenhuma real punição.

ANP multa Chevron em R$ 35,1 milhões

A Agência Nacional do Petróleo multou em R$ 35,1 milhões a petroleira norte-americana Chevron pelo vazamento de 3,7 mil barris de óleo ao longo de 12 quilômetros da brasileira. O acidente aconteceu na costa na Bacia de Campos, em novembro do ano passado. O anúncio foi feito hoje pela presidente do órgão, Magda Chambriard.

Foram aplicadas 24 multas, cada uma com o teto de R$ 2 milhões. A última punição, em relação ao abandono de poço está sendo julgada e deve ser concluída em dois meses, segundo Magda. O valor então poderá chegar a R$ 37,1 milhões. A Chevron ainda pode recorrer administrativamente dos valores.

A empresa segue impedida de operar no Brasil até nova análise. Para não prejudicar a produção de petróleo no Brasil, a ANP deve recorrer da decisão.

Fonte: Sul21/Agência Brasil

Reportagem com colaboração do CEA...

Vazamentos de pequeno porte sujaram os mares brasileiros este ano com 30 mil litros de óleo

Rio de Janeiro – Basta uma rápida busca no site do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para descobrir que só neste início de ano três acidentes envolvendo petróleo despejaram nos mares do país cerca de 30 mil litros de óleo.

A quantidade é pequena, sobretudo, se comparada ao vazamento de 480 mil litros de óleo na Bacia de Campos, no norte fluminense, em novembro passado, que continua a liberar gotículas de óleo, segundo a empresa responsável pelo acidente, a petroleira Chevron.

De acordo com o coordenador de Petróleo e Gás do Ibama, Cristiano Vilardo, ainda não há dados consolidados do número de vazamentos ocorridos em 2011, mas esses “certamente passam de algumas dezenas. A grande maioria, de vazamentos de pequeno porte (menos que 8 metros cúbicos) perante a legislação brasileira”.

O Ibama define como acidentes de grandes proporções aqueles acima de 200 mil litros derramados. Pequeno ou grande, o derrame de óleo pode ter impactos duradouros na fauna e na flora marinhas, se ocorrerem perto da costa, e em alguns casos até condenar à morte o habitat atingido. De acordo com o biólogo Abílio Soares, da Universidade Federal Fluminense (UFF), alguns vazamentos podem demorar mais de 30 anos para serem absorvidos pelo oceano. “Vai depender muito da característica e da magnitude de cada derrame. Mas as medidas devem ser imediatas para a contenção do óleo e limpeza e depois acompanhar as consequências para o ambiente”.

Em Tramandaí (RS), um acidente ocorrido em janeiro com uma monoboia da Petrobras liberou apenas 1.200 litros de óleo, mas seus impactos ainda são sentidos por cerca de 3.500 pescadores da região, de acordo com o pescador Valdomiro Hoffman e coordenador do Movimento Estadual dos Pescadores.

“Já limparam as praias, mas as larvas do camarão, matéria-prima que mais dá lucro para a gente, diminuíram muito de quantidade. Além disso, o acidente aconteceu no período da desova do bagre, que é um peixe muito importante para nós, foi muito prejudicada. Vai reduzir muito a nossa captura no inverno. Toda a bacia foi atingida”, lamentou o pescador.

De acordo com o representante do Ibama, 75 analistas ambientais trabalham no licenciamento federal de petróleo e gás, além de analistas distribuídos em todo o Brasil vinculados à Coordenação Geral de Emergências Ambientais, cujo número não foi informado.

“Não é possível precisar o número ideal de analistas para o trabalho de fiscalização e monitoramento. Muitos acidentes ocorrem por falha humana ou decisões equivocadas de projeto e não poderiam ser evitados com aumento da fiscalização in loco”.

O professor da oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco Gilvan Yogui concorda que a fiscalização in loco é realmente complicada, mas o número ainda assim é insuficiente para avaliar os planos das empresas para liberar os licenciamentos.

“Com mais funcionários, a avaliação fica mais criteriosa, há mais tempo para o fiscal se dedicar a um plano específico em vez de vários com prazos apertados. Se a fiscalização é menor as empresas tendem a afrouxar o cuidado com o meio ambiente. O volume de trabalho do pré-sal é muito maior do que o Ibama consegue administrar.”

Em 2011, o Ibama emitiu 624 licenças ambientais, um aumento de 32% em relação ao ano passado. A previsão do governo é que até 2020 haja um aumento de mais de 226% da produção de petróleo, passando de 2,325 milhões para 5,756 milhões de barris/dia.

Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) apontam que, entre 2005 e 2009, apenas 0,6% das multas aplicadas pelo Ibama foram pagas.

O advogado especialista em direito ambiental Klaus Maciel elogiou a legislação ambiental brasileira, que segundo ele é eficiente e progressista, mas lamentou que ela não seja aplicada de forma eficiente devido a uma lógica antropocêntrica e mercantilista.

“Precisamos assumir a lógica do ecocentrismo. Não precisa esperar o dano ao homem para que o meio ambiente seja tutelado pelo estado. O fato de não ter causado prejuízos imediatos para o homem, não significa que não houve dano ambiental”.

O advogado criticou a falta de políticas públicas voltadas para a informação sobre os efeitos e a situação de risco que geram os produtos tóxicos utilizados na exploração e produção de petróleo.

“Uma sociedade desinformada não sabe os reais danos que um acidente envolvendo derrame de óleo pode causar ao ambiente e à população. Somente após ter acesso a essas informações, a sociedade pode escolher qual modelo de desenvolvimento energético é melhor para ela”.

Fonte: Flávia Villela Repórter da Agência Brasil

Aha, simples assim. Negar o passado recente, no qual todos nós usavámos garrafas retornáveis de vidro é muito mais fácil, dá menos trabalho, desonera os estabelecimento a terem um espaço destinado a isso, desonera o poder público a pensar uma política efetiva de resíduos sólidos e mais, justifica um monte de pesquisas ditas científicas financiadas com dinheiro público. Simples assim… educação ambiental transformadora e crítica? Hein? O que é isso mesmo?

As garrafas que podem ser comidas após você beber o que está dentro

As garrafas do futuro podem ser consumidas, após os cientistas desenvolverem um material comestível, podendo ser comida logo após você ingerir o líquido interno.

O produto, uma espécie de membrana criada usando plástico biodegradável, combinado com partículas de alimentos, poderia ser jogado fora ou literalmente comido por inteiro.

Até agora, especialistas da Universidade de Harvard, preencheram a membrana com partículas de laranja com suco de laranja, uma caixa com partículas de tomate temperado com gaspacho e garrafas com partículas de uva com vinho.

O professor David Edwards da Universidade de Harvard, autor do projeto.
O professor responsável pela pesquisa, David Edwards, pretende criar no futuro pequenas máquinas para que as pessoas possam fazer as embalagens em suas próprias casas. “A idéia era tentar criar uma garra que fosse baseada na natureza”, comentou.

O que de fato é este material comestível?

O material é chamado de WikiCells e é criado a partir de polímeros biodegradáveis – ou plásticos – e algumas partículas de alimentos. Essencialmente, é uma casca de “ovo” com uma membrana dura. Ela pode ser preenchida com vários sabores, incluindo suco de laranja, vinho ou chocolate.

A membrana pode tomar qualquer forma que a pessoa queira. Para começar, o professor David Edwards, tem planos de desenvolver as embalagens para pequenos restaurantes. Ele também espera produzir uma máquina de WikiCell que poderia permitir as pessoas, especialmente aquelas em áreas rurais em desenvolvimento, fazerem suas próprias garrafas, sem dependerem dos plásticos tradicionais.

Fonte: http://jornalciencia.com/tecnologia/industrial/1466-as-garrafas-que-podem-ser-comidas-apos-voce-beber-o-que-esta-dentro

Dizem que a multa pode chegar a 50 milhões, mas e aí, será cumprida? Dará conta de reverter a degradação ambiental que ocorrerá? Por sinal e a Chevron??

Vazamento de Petróleo em Tramandaí, itoral Norte. Foto de André Soares.

Vazamento de Petróleo em Tramandaí, itoral Norte. Foto de André Soares.

Multa por vazamento no litoral pode chegar a R$ 50 milhões

Mancha de óleo atinge 3,5 quilômetros na praia de Tramadaí

Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aguardam laudo para avaliar os danos causados pelo vazamento de óleo na área sul de Tramandaí, no Litoral Norte. Conforme o órgão, a multa para este tipo de crime ambiental pode variar entre R$ 500 e R$ 50 milhões. Durante a manhã, o Ibama deverá sobrevoar a área do acidente de 3,5 quilômetros, entre a plataforma de Tramandaí e a barra do Rio Tramandaí, em Imbé.

Uma reunião entre a cúpula do órgão para analisar o problema ocorre nesta manhã com as presenças do diretor de Qualidade Ambiental Fernando Marques, do vice-presidente e coordenador Geral de Emergências do Ibama, João Antônio Raposo Pereira e do Superintendente do órgão no RS, João Pessoa Moreira Júnior.

População relata prejuízos diante do problema

Os proprietários de quiosques no calçadão de Tramandaí estão sendo prejudicados pela interdição da beira da praia em razão do vazamento de óleo. Alguns já estudam a possibilidade de entrar com um processo contra a Petrobras. Terezinha Fátima da Silva, que há 23 anos mantém um desses estabelecimentos junto com a família, disse que nunca viu algo assim.

O técnico de manutenção de bombas em combustíveis, Romildo Costa, 38 anos, levantou cedo nesta sexta-feira para pescar na Barra do Imbé. Costa disse que não ficou sabendo do vazamento e resolveu pescar no início desta manhã. “Fiquei sabendo do problema depois que já pescava, pela imprensa. A Petrobras nos exige diversos procedimentos quanto ao manuseio das bombas e agora comete um problema deste tamanho, é lamentável”, disse Costa que enfrentava uma chuva fina enquanto pescava.

Óleo de uma monoboia da Transpetro chegou à beira da praia ontem

A mancha de óleo decorrente do vazamento de petróleo foi registrado na manhã dessa quinta-feira no mar de Tramandaí, atingindo à beira da praia. O Comando Ambiental orientou os salva-vidas a retirar os banhistas da água e da areia. Um avião da Petrobras despejou um produto químico que endurece o produto para facilitar a retenção.

O incidente aconteceu durante uma operação de descarregamento em uma monoboia da Transpetro a cinco quilômetros da orla. Equipes da empresa, do Comando Ambiental e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) estão no local para conter o produto e avaliar a quantidade de óleo vazado no mar.

Com informações dos repórteres Paulo Tavares e Sandro Sauer

Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=386210

"Onde uma pessoa socialmente consciente pode comprar gasolina?"

"Onde uma pessoa socialmente consciente pode comprar gasolina?"

"Pra tudo tem uma sacola de plástico".

"Pra tudo tem uma sacola de plástico".

Maldita fenda geológica, quem mandou estar lá para atrapalhar a exploração capitalista dos yankees…Inclusive na Folha de hoje, eles afirmaram que houve redução do óleo vazado uma vez que este se degradou, evaporou e incrivelmente se diluiu!! Fazem façanhas para além da física e da química para fazer o leitor de palhaço (des)informado…

Chevron culpa geologia pelo vazamento de óleo no Rio

O presidente da Chevron para África e América do Sul, Ali Moshiri, afirmou nesta quinta-feira que a unidade da petroleira no Brasil tem um dos melhores índices de segurança, mas que é difícil lidar com a geologia da região onde aconteceu o vazamento.

“Lidamos com a mãe natureza, e a mãe natureza é complicada”, disse Ali Moshiri, durante coletiva à imprensa depois de reunião com o ministro Edison Lobão (Minas e Energia).

Segundo Moshiri, houve um bom controle do problema, pela complexidade da geologia, e agora há menos de um décimo de barril depositado no mar. De acordo com ele, o vazamento está sob controle.

O executivo afirmou ainda que a vedação completa do poço onde houve o acidente, no campo de Frade, será concluída em meados de dezembro. Ele quis reforçar que a prioridade da empresa é a segurança.

Moshiri afirmou que vai analisar as multas aplicadas pelo governo brasileiro, mas que vai seguir as regulamentações brasileiras. “Sempre respeitamos as decisões de qualquer governo”, disse.

“Somos pacientes e vamos parar de perfurar, a prioridade é segurança”, afirmou.

PORTAS ABERTAS

O ministro Edison Lobão afirmou que Moshiri defendeu a Chevron como inocente durante a reunião. Segundo ele, pela resolução da ANP (Agência Nacional do Petróleo), a petroleira americana está proibida de perfurar novos poços, mas que os que ela já explora continuarão em atividade.

Lobão comentou sobre a atuação de empresas estrangeiras no país: “Brasil tem portas abertas ao capital estrangeiro, mas o Brasil tem regras, respeita contratos mas exige o respeito de suas regras internas”, afirmou.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1011534-chevron-culpa-geologia-pelo-vazamento-de-oleo-no-rio.shtml

Petroleira norte-americana responsável por desastre ambiental escondeu das autoridades informação sobre fim de vazamento e tentou iludi-las com vídeo editado. Multas iniciais e pedido de indenização chegam no máximo a R$ 250 mi, quase nada para quem fatura US$ 200 bi. Para PSDB, governo demorou a agir. Partido não se indignou com ‘mentiras’, como fez com ministro, nem pediu CPI da Chevron, suspeita de buscar pré-sal alheio, como fez com Petrobras.

“É política do grupo preservar a segurança, a saúde das pessoas e o meio ambiente, bem como conduzir operações confiáveis e eficientes.” O grupo em questão, acredite, é o norte-americano Chevron, protagonista de um dos maiores desastres ambientais da história brasileira. Graças a operações nada confiáveis e eficientes com petróleo no Rio, a empresa é hoje alvo da Polícia Federal (PF) e da cobrança de indenização e de multas milionárias.

Recheado – segundo autoridades – de omissão de informações e inverdades, e com cheiro de atentado à soberania nacional diante de uma possível tentativa de explorar petróleo pré-sal alheio, o caso Chevron é revelador. Permite ver com nitidez como a legislação brasileira pode ser generosa com empresas privadas. E como a luta política entre governo e oposição às vezes ajuda a perder a noção de que algo verdadeiramente escandaloso está acontecendo.

No dia 8 de novembro, teve início um vazamento de petróleo de poço explorado pela multinacional a 1,2 mil metros de profundidade na Bacia de Campos, no litoral do Rio. No dia 12, a Chevron apresentou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) um plano para “matar” o poço e acabar com o vazamento, aprovado no dia seguinte e implementado a partir do dia 16 – pelo menos, era isso que a Chevron dizia à ANP.

O plano, porém, dependia de um equipamento que só chegou dos Estados Unidos nesta segunda-feira (21), e isso a Chevron não contara antes.

Imagens submarinas que a empresa fornecera às autoridades para mostrar o fechamento do poço estariam incompletas e teriam sido editadas para iludir as mesmas autoridades. “Houve falsidade de informações”, disse o chefe da ANP, Haroldo Lima. “Isso é inaceitável”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Os dois mais o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, foram chamados pela presidenta Dilma Rousseff para uma reunião nesta segunda em que ela queria passar a história a limpo. Até então, Dilma tinha apenas divulgado uma nota, dia 11, na qual dizia que o governo estava acompanhando o caso e que haveria uma apuração rigorosa das responsabilidades.

Na reunião, Dilma ficou incomodada com a enrolação da Chevron e mandou a equipe levantar todos os contratos que a empresa tem com o governo, para verificar se é o caso de preservá-los.

Depois da conversa, a ANP informou que vai fazer pelo menos duas autuações contra a petroleira – uma pelas omissões, outra pela falta de equipamentos. Mais cedo, no Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) também anunciara a aplicação de uma multa.

Pela lei atual, cada uma das multas pode chegar no máximo a R$ 50 milhões, uma ninharia para a Chevron mesmo que se some a autuação anunciada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), também no valor de R$ 50 milhões.

No ano passado, a multinacional faturou US$ 200 bilhões.No primeiro semestre de 2011, lucrou US$ 14 bilhões. Como comparação: em fevereiro, a mesma empresa foi condenada no Equador a pagar US$ 8 bilhões por um crime ambiental.

Talvez fosse mais adequado que a legislação atrelasse as multas ao faturamento das empresas, como o ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, está defendendo em projeto de lei que pune corruptores com mais rigor. Para Hage, se a multa não pesar de fato no caixa das empresas, o comportamento ético delas não vai mudar. Um raciocínio que também pode servir para o comportamento ambiental.

“Para o tamanho do empreendimento [da Chevron] e do dano ambiental [que ela causou], o valor máximo da multa brasileira me parece muito pequeno”, disse o presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

Nesta segunda (21), Rollemberg propôs – e aprovou – a realização de audiência pública no Senado no próximo dia 29 para escarafunchar o caso Chevron, com a presença de dirigentes da empresa e de autoridades.

Os adversários do governo Dilma – Rollemberg é aliado – também querem explorar o assunto politicamente. No domingo (20), um deputado oposicionista, Arnaldo Jardim (PPS-SP), informara que iria propor na Câmara a convocação da ANP e da Chevron para dar explicações. Nesta segunda (21), o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), divulgou nota em que diz que a sociedade “não consegue conceber” por que “somente agora” a presidenta tomou uma atitude.

Já as mentiras da Chevron denunciadas pelo governo não mereceram dos tucanos a mesma reação que tiveram com as confusas explicações dadas pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre as relações dele com um empresário. Para o PSDB, Lupi teria cometido crime de responsabilidade por ter mentido.

O PSDB também não está a defender, por exemplo, uma CPI da Chevron, como fez contra a a Petrobras em 2009, para saber se a multinacional norte-americana tentou sugar petróleo pré-sal que não lhe pertencia. Essa é uma suspeita tanto da Polícia Federal, que abriu inquérito para apurar todo o caso e vai tomar os primeiros depoimentos de executivos da empresa nesta quarta-feira (23), quanto da ANP.

Para o delegado da PF que cuida do caso, Fabio Scliar, é estranho que a Chevron tenha sondas capazes de buscar petróleo a 7km de profundidade, sendo que o poço em que houve o acidente era “raso”, de 1,2km – as camadas de pré-sal situam-se entre 5km e 7km.

“Vamos examinar a prazo curto o projeto dela de chegar ao pré-sal brasileiro legalmente”, disse Haroldo Lima, em referência a uma reunião da ANP marcada para quarta (23) que analisará uma proposta da Chevron de atuar em campos do pré-sal.

Coincidência ou não, o governo do Rio também resolveu se mexer nessa segunda (21). O secretário de Meio Ambiente, Carlos Minc, ex-ministro da área, informou que o estado vai entrar com uma ação civil pública cobrando R$ 100 milhões de indenização da Chevron. E que vai obrigar a empresa a se submeter a uma auditoria internacional para conferir se a empresa estava preparada para acidente. A auditoria deve custar R$ 5 milhões, e a própria auditada deverá pagar.

Fonte: CartaMaior

Uma tal rede de TV, neste caso na sua versão paga a cabo, desinforma a população dizendo que a criminosa Chevron pode, sim, pode ser multada pelo vazamento de petróleo. Segundo a Lei Nº 9.605/1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, conhecida por Lei de Crimes Ambientais (outra na mira da Bancada Ruralista e seus comparsas degradadores).

Na Seção III, que trata da Poluição e outros Crimes Ambientais está explícito

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:

Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º Se o crime é culposo:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

§ 2º Se o crime:

I – tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

II – causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;

III – causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;

IV – dificultar ou impedir o uso público das praias;

V – ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:

Pena – reclusão, de um a cinco anos.

§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Obviamente já especula-se, apesar da grande desinformação para o caso, que a Chevron estava a “Executar extração de recursos minerais (petróleo é um recurso mineral energético) sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida”, ou seja, estava em busca do Pré-sal!! Alguém tem dúvidas?

No mais, parece que hoje a redebobo segue na desinformação, querendo culpar a Petrobrás. Se houve uma licença para exploração do petróleo sem o mínimo de controle e/ou rigidez ambiental, até que o governo pode ser responsabilizado, mas o crime ambiental de fato é da Chevron.

Edição cortada na internet

E o trecho que foi eliminado do original

Cada vez mais acontecem coisas estranhas neste caso do vazamento de petróleo no poço da Chevron no Campo de Frade, ao largo do litoral do Rio de Janeiro.

Ontem à noite o Jornal Nacional da Rede Globo publicou uma extensa matéria sobre o assunto.

Ouviu o delegado Fabio Scliar, titular da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal, dizendo que investiga a possibilidade de que tenha havido erro na perfuração.

Ouviu o geógrafo John Amos, da SkyTruth, que revelou – como antecipou anteontem este Tijolaço – que o vazamento podia ser dez vezes maior que o anunciado, e cobria uma área maior que o município do Rio de Janeiro.

Contava que a empresa responsável pela perfuração da Chevron, a Transocean, era a mesma que perfurava o poço que causou o acidente no Golfo do México.

A matéria terminava com um sobrevôo da área, em um avião da Chevron, na companhia do diretor de meio-ambiente da empresa, que não quis gravar entrevista, mas disse ao reporter que a quantidade de óleo que vazava “era muito pequena”.

Corretamente, ao final, a apresentadora registrava que o vôo era uma cortesia da Chevron com a emissora.

Estranhamente, porém, a matéria que foi colocada no site do Jornal Nacional foi cortada.

Na verdade, decepada.

Dos quatro minutos originais, ficaram dois.

O delegado, o ambientalista, a foto de satélite com a mancha e a comparação com a área do Rio de Janeiro foram para o lixo.

Não dá para entender o que aconteceu. Não pode ser o tamanho do vídeo, porque a reportagem sobre o depoimento de Lupi teve quatro minutos e está lá, na íntegra.

Será que  “alguém” se distraiu e só viu a matéria depois de ir ao ar? E aí, furioso, mandou cortar os hereges que ousaram colocar um delegado e um ambientalista dizendo que uma petroleira americana pode ter culpa no cartório por um grande desastre ambiental.

Por sorte, a gente estava gravando o JN com uma camêra manual, e coloca aí em cima os dois vídeos. O “decepado” e o trecho que foi retirado dele na página do Jornal Nacional.

Confesso que depois destes  oitodias de loucura, tentando aprurar informações não saíam em lugar nenhum e que agora se confirmaram, já tinha pensado em descansar depois da edição do JN, achando que, agora, o jornalismo ia fazer o seu papel. Como o nosso vídeo tinha qualidade infereior, por ter sido gravado numa câmera domestica, sem tripé e de uma tv, resolvi esperar o “oficial”.

E aí o “oficial” era uma versãomutilada, onde ficava só a versão da petroleira.

Fonte: http://www.tijolaco.com/globo-se-arrependeu-e-cortou-a-pf-do-caso-chevron/

Edição cortada na internet

Clique na imagem para ampliá-la e melhor visualizar a situação. Não dominamos a leitura de imagens de satélite, mas pelo que está sendo falado (ainda as informações estão muito desencontradas) a macha a direita da imagem pode ser a do vazamento criminoso da Chevron.

http://lance-modis.eosdis.nasa.gov/imagery/subsets/?subset=FAS_Brazil4.2011316.aqua.250m.jpg

Primeiro vazamento de petróleo no Brasil, acidente com Campo da Chevron se assemelha ao do Golfo do México e alerta sobre moratória em Abrolhos
Na imagem, detectada pelo satélite Modis, da Nasa, o Greenpeace destaca a extensão da mancha de óleo causada pelo vazamento no poço da Chevron, na Bacia de Campos.

Na imagem, detectada pelo satélite Modis, da Nasa, o Greenpeace destaca a extensão da mancha de óleo causada pelo vazamento no poço da Chevron, na Bacia de Campos.

Completada uma semana desde que veio a público o derrame de petróleo da empresa Chevron no Campo de Frade, na Bacia de Campos, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) finalmente se pronunciou e estima que o vazamento possa chegar a mais de 330 barris, ou mais de 50 mil litros de petróleo a cada 24 horas. Primeiro vazamento desse tipo no Brasil, o acidente reproduz a história do Golfo do México. Por sinal, a plataforma SEDOC 706, que perfura os três poços da Chevron de onde saiu o vazamento, é da mesma empresa que operava com a BP no triste episódio mexicano, a Transocean.

A área da mancha de óleo avistada em alto-mar, e que já foi detectada pelos satélites da Nasa, foi estimada pela Chevron no último domingo em 163 quilômetros quadrados. No entanto, após ver as imagens divulgadas pela Nasa, o geógrafo John Amos, diretor do site SkyTruth, especializado em interpretação de fotos de satélites com fins ambientais, concluiu que o derrame pode chegar a 3.738 barris por dia, mais de dez vezes o que a ANP afirmou. Com isso, não se pode confiar em mais nada.

“A causa ainda é desconhecida. A Chevron declara que o vazamento é resultado de uma falha natural na superfície do fundo do mar, e não no poço de produção no campo de Frade. Mas essa falha natural não aparecia no Estudo de Impacto Ambiental (EIA). O que aconteceu em Frade para a ‘falha natural’ começar a jorrar petróleo? Onde está o EIA de Frade, para que a população possa acessá-lo?”, questiona Leandra Gonçalves, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

A ANP aprovou, no último domingo, o Plano de Abandono apresentado pela Chevron para o poço 9-FR-50DP-RJS, onde ocorreu o vazamento. O plano prevê usar lama pesada para fechá-lo. Em seguida será usado cimento para extinguir o poço de forma definitiva. Segundo o cronograma previsto, o vazamento deverá ser controlado nos próximos dias e o procedimento deve ser concluído até a próxima semana.

Na semana passada, logo que o vazamento veio à tona, a presidente Dilma Rousseff determinou “atenção redobrada e uma rigorosa apuração das causas do acidente, bem como de suas responsabilidades”.

“A declaração da presidente indica alguma preocupação do país com casos como esse, mas ainda falta seriedade, agilidade e transparência à ANP, que apenas ontem divulgou qualquer tipo de informação sobre o vazamento à população. Esperamos agora que as autoridades públicas cumpram sua ordem e sejam transparentes com as informações”, afirmou Leandra.

Enquanto isso, a população se pergunta se a ANP recebeu as imagens da mancha, e se continua a considerá-la um “pequeno vazamento”. A foto da Nasa é uma prova de que não são  apenas umas gotas inofensivas, mas uma imensa mancha negra de óleo no meio do oceano.

Em nota, a ANP responsabiliza inteiramente a Chevron pelo acidente e pela contenção do vazamento. No entanto, a Petrobras detém 30% da produção, e mesmo assim não foi nem sequer perturbada. Além de não ter oferecido à população informações claras sobre o caso e suas possíveis conseqüências, a petroleira possui uma estrutura de contenção insuficiente, e por isso está sendo socorrida por outras empresas do ramo.

“Vazamentos como este mostram que a exploração de petróleo em alto-mar não é segura nem no Golfo do México, nem no Brasil”, afirma Leandra. “Isso apenas reforça a necessidade urgente de uma moratória para a exploração do petróleo na região de maior diversidade do Atlântico Sul, o Parque Nacional Marinho de Abrolhos”, conclui.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Petroleo-nada-transparente/

Proximidade de final de semana e praticamente feriadão tentaram encobrir o crime ambiental a petroleira Chevron “Brasil”. A empresa, amiga da grande mídia, tenta passar uma mentira que o processo de vazamento seria algo natural. Até poderia ser, mas onde há exploração de petróleo nada é natural, mas sim fruto do capitalismo que busca exaurir até a última gota o petróleo existente a fim de ainda manter seu ritmo de acumulação frenética. A era do petróleo vai chegar ao fim, para dar lugar a era do Carbono em outros formatos…

Abaixo reproduzimos notícia veiculada pelo Greenpeace, logo em seguida do ocorrido, e post do Tijolaço que se detém a questionar a maneira como a mída vem noticiando o crime, bem como questiona o processo de licenciamento da empresa.

ANP investiga vazamento lANP investiga vazamento localizado entre os campos de Frade e Roncador, na Bacia de Camposocalizado entre os campos de Frade e Roncador, na Bacia de Campos

ANP investiga vazamento localizado entre os campos de Frade e Roncador, na Bacia de Campos

Onda negra do petróleo

Foi registrado ontem (10/11), na Bacia de Campos, um vazamento de cerca de 60 barris de petróleo da empresa Chevron Brasil, a 120 km da costa do Espírito Santo. Suspeita-se que o acidente, ocorrido no campo de Frade (próximo ao campo de Roncador, operado pela Petrobras), tenha sido causado por uma falha geológica. A petrolífera suspendeu temporariamente as atividades de perfuração e diz estar trabalhando na contenção do material. Ela afirma não acreditar que o óleo chegará à costa. Mas quem garante?

Segundo nota emitida pela empresa, a produção no campo não está relacionada com a mancha de óleo. Por isso, as atividades foram mantidas. Segundo uma fonte do setor, que teve acesso à notificação do acidente para a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o volume vazado foi pequeno. Mas isso não quer dizer que seja menos danoso ao meio ambiente. A ANP está investigando o acidente.

A Chevron começou a produção no campo Frade em 2009. A companhia lidera a operação na área, que contém uma reserva estimada em 200 milhões a 300 milhões de barris de petróleo. A Petrobras tem uma fatia de 30% do campo. A porta-voz da Chevron Brasil, Heloisa Marcondes, afirmou que “O vazamento se deve a uma rachadura no solo do oceano. É um fenômeno natural”. O que não é natural é o mal que esse tipo de vazamento causa à biodiversidade marinha e à população. Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/onda-negra-do-petrleo/blog/37791/

Obrigado pelo vazamento, Chevron

O título é apenas uma versão mais radical do comportamento da imprensa brasileira, até agora, em relação ao vazamento de petróleo junto à plataforma de perfuração da Chevron-Texaco no Campo de frade, ao largo de campos, no Rio de Janeiro. Mesmo com a determinação da presidenta Dilma Rousseff para que fosse investigado, na sexta-feira, o assunto, quando não é ignorado pela mídia, é abordado em matérias que se parecem press-releases de um empresa que, além de demorar mais de 24 horas para tornar público o problema, chegou a dizer que o fenômeno era “natural”e que, até agora, não deu infomações básicas sobre as circunstâncias do acidente.

Não deu, reconheça-se, porque aparentemente nenhum jornal o pediu.

Ao contrário, reproduzem assim os releases da companhia:

“Chevron mobiliza equipe global para conter vazamento”.Este é o título da matéria do Estadão, reproduzida pela Exame (Abril), enquanto o G1, do grupo Globo, destaca: Frota de 17 navios tenta controlar mancha após vazamento no RJ.

Para colaborar, este Tijolaço ajuda com uma lista de perguntas à empresa, que não foram feitas desde quarta feira passada.

1– A que profundidade (na lâmina d´água e no solo marinho)estava sendo feita a perfuração próxima ao vazamento?

2-Esta perfuração já tinha registrado depósitos  de óleo? A que profundidade?Em caso positivo, houve injeção de fluidos pressurizados para testes de vazão?

3- Até que profundidade o poço seria perfurado?

4- A perfuração era revestida e cimentada, como prevê o estudo de impacto ambiental apresentado pela companhia em seu plano de exploração?

5- O mesmo estudo, elaborado pela consultoria Ecologus, refere-se à presença de muitas falhas geológicas no campo de Frade, inclusive ao fato de três poços perfurados pela Chevron-Texaco terem sofrido desvios por conta de existência de fraturas no subsolo. Havia falhas geológicas detectadas junto a este poço nos estudos sísmicos efetuados?

4- Considerando que a empresa prevê a a perfuração em “batelada”,  onde os poços são perfurados até um determinado ponto, tampados e abandonados para perfuração de outro, próximo, para que todos estejam em etapas semelhantes e os custos sejam reduzidos, havia outras perfurações próxima, revestidas e tampadas, como prevê o estudo apresentado pela empresa ao Ibama?

5- Em que condições a plataforma Sedco 706, construída em 1976 e que já foi chamada pelo Wall Street Journal de obsoleta e aproveitável apenas como “motel marinho” foi reaproveitada no campo de Frade? Qual a razão de seu aluguel ser de US$ 315 mil dólares dia, cerca de 50% menor que o cobrado pelo aluguel de sondas ultraprofundas no mercado internacional? Porque a contratação de uma sonda capaz de perfurar até 7.600 metros, quando as ocorrências de óleo no Campo estão todas à metade desta profundidade?

6- Porque a empresa, que afirma ter detectado no fundo oceânico a “exsudação” de petróleo não libera as imagens do vazamento ou da mancha por ele provocada? Como foi estimada a quantidade de petróleo vazada?

7- A frota alegadamente enviada para deter o vazamento é composta de que embarcações? Qual a sua finalidade, apenas espalhar bóias de retenção? Aspergir diluidores sobre a mancha? Alguma delas tem equipamento para selar a fenda de onde brotaria o óleo? Em caso negativo, como a empresa espera que o vazamento cesse? Se ele pode parar naturalmente, isso tem relação com a paralisação dos trabalhos de perfuração?

Certamente estas e outras perguntas não foram feitas à Chevron por incompetência dos jornalistas, que as teriam feito – e muitas outras – se o poço fosse da Petrobras.

Mas, como é da Chevron, só falta nossos jornais, além de louvarem o esforço da empresa em parar um “desastre natural”. como chegou a dizer a empresa, agradecerem pelo acidente que mostra como a petroleira americana ainda nos faz o favor de tampar, embora não possamos apressá-la, não é?

Fonte: http://www.tijolaco.com/obrigado-pelo-vazamento-chevron/

Habitação em manguezal poluído pelos vazamentos de petróleo

Vazamentos de petróleo poluem toda a região do Delta do Níger

Cerca de dez milhões de barris de petróleo teriam escorrido nos últimos 50 anos para o Delta do Níger, envenenando a água e poluindo a terra. Recuperação ambiental pode levar 30 anos, diz relatório da ONU.

Quando faz sol, elas brilham numa mistura de cores, unindo lilás, amarelo e tons cinzas: são manchas de óleo, que flutuam lentamente nos riachos que correm para o Níger. Em muitas margens há grandes nódulos gordurosos pretos. Em Ogoniland, no sudeste da Nigéria, o lado feio da riqueza do petróleo mostra a sua cara. A área habitacional é mais ou menos do tamanho de Berlim e cheia de plataformas de petróleo e oleodutos enferrujados.

Cerca de dez milhões de barris de petróleo teriam escorrido nos últimos 50 anos para o Delta do Níger. Isso equivale a, todos os anos, aproximadamente a quantidade de petróleo que vazou no naufrágio do superpetroleiro Exxon Valdez no Alasca, em 1989.

Pela primeira vez, um relatório, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), comprova a dimensão dos danos ambientais provocados pelo ouro negro na região. A mensagem principal do documento: a luta contra a contaminação por petróleo poderá levar décadas e se transformar na maior ação de limpeza do mundo.

Danos podem perdurar por 30 anos

“O relatório confirma que a saúde e as condições de vida das pessoas estão em risco em Ogoniland. Embora a indústria do petróleo não esteja mais ativa no local, ainda há demasiados vazamentos de petróleo”, disse Ibrahim Thiaw, do Pnuma, ao apresentar o estudo na Nigéria, no começo de agosto.

Os especialistas inspecionaram 122 quilômetros de oleodutos e analisaram mais de 4 mil amostras de água, solo e de ar para realizar o estudo, financiado pela multinacional do petróleo Shell, que está há anos na lista negra dos ativistas do meio ambiente, e pelo governo nigeriano.

O Pnuma, no entanto, não poupa críticas. Todos os trabalhos de limpeza realizados até agora foram insuficientes, pois em muitos casos apenas danos superficiais ao meio ambiente foram eliminados. O meio ambiente não se recuperou, resumiu Thiaw. A estimativa dos especialistas é de que pode levar mais 25 a 30 anos para que o meio ambiente no Delta do Níger se recupere pelo menos parcialmente.

O estudo confirma o que os ambientalistas e ativistas dos direitos civis vêm criticando há anos. Mas alguns dos resultados chocaram até mesmo especialistas na questão. “Este relatório provou cientificamente que os moradores do Delta do Níger e de Ogoniland bebem água poluída. Não apenas a água dos rios e córregos, mas também o lençol freático está contaminado”, ressaltou Audrey Gaughran, da organização de direitos humanos Anistia Internacional.

Em pelo menos dez comunidades a água potável está envenenada com hidrocarbonetos. Num vilarejo, os cientistas constataram a presença do veneno cancerígeno benzeno em água de poço em concentrações que excedem em 900 vezes o limite permitido internacionalmente. As frondosas árvores dos mangues das margens não têm mais folhas, e há muito tempo que não há mais peixes nos rios.

Shell e governo nigeriano não respeitaram padrões

O relatório critica a Shell e o governo nigeriano, que durante anos simplesmente não fizeram nada diante do vazamento de petróleo. Embora a Shell tenha suspendido a produção em 1993, após protestos em massa da população de Ogoni, a empresa tem destacada participação na Shell Petroleum Development Company (SPDC), companhia que controla e faz a manutenção dos oleodutos, um trabalho realizado de forma negligente, conforme as críticas dos ambientalistas.

“O relatório mostra que a Shell e o governo nigeriano não respeitaram seus próprios padrões mínimos. Eles não respeitaram nem os padrões mínimos do governo nigeriano nem os padrões internacionais”, acusa o ambientalista nigeriano Nnimmo Bassey, que há anos luta contra a indústria do petróleo com a sua organização Friends of the Earth e que foi premiado em 2010 com o Prêmio Nobel Alternativo. Segundo ele, autoridades nigerianas fracassaram completamente no controle das companhias petrolíferas.

Petrolífera fala em roubos e sabotagem

Os culpados agora podem ter que pagar caro. O Pnuma pede um fundo especial para a recuperação do meio ambiente em Ogoniland. O capital inicial de 1 bilhão de dólares deve ser disponibilizado pela indústria petrolífera e pelo governo nigeriano. A Shell até agora somente quis comentar por escrito o relatório do Pnuma. “Embora não tenhamos mais extraído petróleo desde 1993 em Ogoniland, limpamos todos os vazamentos independentemente da causa e restituímos o solo às suas condições originais”, afirmou, em comunicado, o diretor da SPDC, Mutiu Sunmonuin.

Além disso, a empresa ressalta que a maioria dos casos de vazamento de petróleo no Delta foi causada por roubo e ataques de sabotagem praticados por moradores. Não é segredo algum que gangues criminosas costumam desviar oleodutos ou operar refinarias ilegais no Delta do Níger. No entanto, ninguém sabe o quanto isso contribuiu para agravar a poluição.

A data de início dos trabalhos de limpeza também depende do governo nigeriano. O presidente do país, Goodluck Jonathan, que é proveniente do Delta do Níger, só fez uma promessa vaga. Ele quer se reunir com a Shell e com outras companhias petrolíferas e prometeu que o relatório não irá sumir numa gaveta qualquer, o que é exatamente o maior medo dos ambientalistas. Eles querem aumentar a pressão para que o governo finalmente entre em ação e – como medida inicial – pelo menos tampe os vazamentos existentes.

Autora: Julia Hahn (md) Revisão: Alexandre Schossler

Reportagem da Agência Deutsche Welle, DW, publicada pelo EcoDebate

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O Centro de Estudos Ambientais (CEA) é a primeira ONG ecológica da região sul, constituída em Rio Grande/RS/Brasil, em julho de 1983.

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