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Divulgando, o trabalho realizado pelo Projeto Cururuay de limpeza do Rio dos Sinos

Saiba mais AQUI

Os resultados da análise de amostras coletadas no Rio dos Sinos no dia 1° de dezembro, quando foi registrada nova mortandade de peixes, apontaram a presença de produtos agrícolas na água, além de pesticidas.

“Com isso, comprovamos que o acidente ambiental foi provocado por um lançamento de substâncias altamente tóxicas, de origem agrícola, no Rio dos Sinos”, explica o titular da Secretaria de Meio Ambiente de Novo Hamburgo (Semam), Ubiratan Hack. O laudo foi entregue à pasta nesta quinta-feira.

O estudo feito com amostras de água coletadas pela Semam foi realizado em um laboratório do Estado licenciado pela Fepam.

Laudo será encaminhado a órgãos competentes
O laudo final, produzido pela equipe técnica da Semam e que contém a análise biológica, laboratorial e a pesquisa e interpretação de dados, será encaminhado ao Ministério Público, Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Dema), Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam).

(Diário de Canoas, 14/01/2011)

Entrevista (Leonardo Maltchik e Silvio Klein) – Rio dos Sinos: Novo ano, mesmos problemas

Duas ocorrências de poluição no Rio dos Sinos vitimaram mais peixes em dezembro do último ano. Com o início do verão, e, por consequência, o aumento da temperatura, as previsões de pesquisadores sobre a situação do rio eram bastantes pessimistas. Passado quase um mês, a IHU On-Line entrevista agora Leonardo Maltchik e Silvio Klein que avaliam a atual situação do rio, uma vez que o nível de água do rio está bastante abaixo da média neste momento.

“Como a bacia do Rio dos Sinos tem uma grande quantidade populacional e de lavouras, está se criando um conflito de interesses em relação ao uso da água do rio”, explica Maltchik. Klein diz que “como no verão há menos água, uma menor quantidade de produto químico pode causar um grande impacto, pois ele não se dilui. O risco é maior do que um lançamento igual feito em outra estação do ano”. Portanto, se a fiscalização não for mais intensa, novas ocorrências de mortandade de peixes acima do normal podem acontecer.

Leonardo Maltchik é graduado em Biologia pela PUC Campinas e doutor em Ciências pela Universidad Autónoma de Madrid. Atualmente, é professor na Unisinos.

Silvio Klein é presidente do Comitê da Bacia do Rio dos Sinos.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Chegamos ao verão, o nível do Rio dos Sinos está muito baixo e ele sofreu inúmeras “violências” nos últimos anos. Como podemos analisar a situação do rio neste momento?
Leonardo Maltchik – Nesse momento, como morador de São Leopoldo, temos várias preocupações. E o que mais chama a atenção é a baixa quantidade de água que tem hoje no rio. Todos os dias, portanto, temos sofrido algum tipo de corte durante quatro ou cinco horas por dia de água. Como a bacia do Rio dos Sinos tem uma grande quantidade de lavouras e população, está se criando um conflito de interesses em relação ao uso da água do rio.

O baixo nível de água significa muita coisa. Primeiro em relação à disponibilização de água para a população. Isso é algo que machuca. A população acaba sofrendo um controle sobre seu uso da água, porque geralmente as empresas são priorizadas no abastecimento.

Silvio Klein – A realidade do Rio dos Sinos, em épocas de pouca chuva, sempre é de índices baixos por conta de não possuir mais a mata ciliar, que mantinha índices melhores por mais tempo, fenômeno conhecido como efeito esponja. Aqui em Novo Hamburgo o Rio dos Sinos está com cerca de 2 metros e 36 centímentros. É uma faixa que historicamente se mantém estável, mesmo com a baixa quantidade de chuva. Não é uma faixa desesperadora, mantidos todos os níveis de atendimentos, embora necessite de uma atenção maior, pedindo que todos façam uso racional da água.

IHU On-Line – O calor intenso previsto para os próximos dias pode agravar, então, a situação do rio…
Leonardo Maltchik – O calor permite a evaporação das águas do rio. Além disso, o uso intenso das águas pelos arrozeiros na cabeceira do Rio dos Sinos somado ao uso da população potencializa esse déficit hídrico em função do calor.

Silvio Klein – Se houver lançamentos criminosos, como aconteceu em dezembro, pode. Nesse caso, não importa se é inverno ou verão. Como no verão há menos água, uma menor quantidade de produto químico pode causar um grande impacto, pois ele não se dilui. O risco é maior do que um lançamento igual feito em outra estação do ano.

IHU On-Line – Já saíram os resultados dos testes realizados após as duas mortandades de peixes que ocorreram em dezembro de 2010?
Silvio Klein – Houve dois eventos de mortandade com vieses diferentes. Um foi no momento em que a ficou água azul. Os resultados divulgados, um deles pela Secretaria de Meio Ambiente de Novo Hamburgo, buscaram encontrar o lançamento de produtos químicos na água. A Fepam não se manifestou, nem o Ministério Público, que também está envolvido em outras análises. Está muito claro que os órgãos [de fiscalização] não estão aparelhados suficientemente para agir em uma situação crítica, como o lançamento de produto químico no Rio dos Sinos. As respostas ficam aquém daquelas que gostaríamos. Aparentemente, o Ministério Público e o consórcio PróSinos estão demandando ações que visam aparelhar com monitoramentos continuados o Rio dos Sinos e os arroios para que possamos ter diagnóstico antes de chegar à mortandade, identificando os lançamentos. Mais uma vez, ficamos sem saber quem foi o autor desse ato criminoso.

IHU On-Line – Depois desses episódios, como o senhor avalia a forma como essa ocorrência foi fiscalizada e avaliada?
Leonardo Maltchik – Além da quantidade de água ser pequena, a qualidade da água do Rio dos Sinos está bastante comprometida, principalmente porque todas as cidades da região fazem uso do rio. Se todas continuarem a fazer mea-culpa, esse é um problema que vai acontecer sempre. Eu espero que episódios de mortandade nunca mais aconteçam. Nas ocasiões em que ocorreram, foi encontrada na água uma grande quantidade de resíduos.

IHU On-Line – Qual parte do Rio dos Sinos tem a pior situação e carece de ações mais urgentes?
Leonardo Maltchik – Ele começa a ser problemático já na região do extremo norte para baixo, onde se tem uma grande população que faz uso intenso do rio. A partir de Sapiranga, o rio já apresenta problemas. Já a cabeceira ainda apresenta uma qualidade boa de água.

Silvio Klein – O Rio dos Sinos é o somatório de arroios de regiões povoadas e com atividades agropastoris, como a agricultura, que também lança mão de produtos químicos. Os arroios tidos como os mais críticos são o Pampa, em Novo Hamburgo, o valão em São Leopoldo, o Estância Velha/Portão. Esses são os “carimbados” historicamente, em função das regiões onde se encontram serem muito povoadas. Mas não estão descartados lançamentos em arroios pequenos. Há alguns dias, no município de Taquara, foi constatada uma mortandade de peixes na foz de um pequeno canal, demonstrando que não há obrigatoriamente a necessidade de ser uma região povoada para que o estado seja crítico. Os lançamentos não escolhem lugar e hora, são irresponsabilidades dos cidadãos. E as estruturas devem estar aparelhadas para identificar e punir, algo que não aconteceu nas últimas duas mortandades.

IHU On-Line – Que medidas precisam ser tomadas para o rio voltar a ser uma fonte de qualidade de água?
Leonardo Maltchik – Muito investimento tecnológico, principalmente na área de saneamento básico.

IHU On-Line – E o que dizer da qualidade da água que as pessoas estão bebendo?
Leonardo Maltchik – Bom, a qualidade da água que sai das torneiras não tem nada a ver com a qualidade da água do rio. Há um bom tratamento feito pelas agências de água, que tiram a água do rio, fazem o processo de limpeza e levam para a população. Esse é um processo que custa em torno de cinco reais o litro de água tratada. E o tratamento que tem sido feito é ótimo. Essas empresas têm minimizado problemas que poderiam ser terríveis para a população.

Silvio Klein – Todas as operadoras de abastecimento precisam seguir regras estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Os exames são contínuos, de hora em hora, para o abastecimento das comunidades. Os exames são rigorosos e dão essa tranquilidade. Claro que às vezes com um custo elevado para retirar os produtos colocados na água. Mas a salubridade está garantida pelas exigências e padrões de análise impostos.

IHU On-Line – Como o senhor analisa a fiscalização do rio nesse momento?
Silvio Klein – A fiscalização aumentou, mas está longe de ser suficiente. Mesmo que a estrutura de fiscalização fosse maior, ainda assim não está aparelhada para captar imediatamente lançamentos criminosos. Há ainda muito para avançar nesse sentido. Temos de lutar para que as prefeituras tenham estrutura permanente de fiscalização. A Fepam tem um déficit de 30 pessoas e não consegue atender a todo o Estado. Existe já uma melhoria na forma de atuar, mas muito aquém da necessidade.

(IHU-Unisinos, 10/01/2011)

Conforme recebido via email, divulgamos a denúncia de crime ambiental em São Leopoldo-RS.

CRIME NAS MARGENS DO RIO DOS SINOS – BAIRRO SÃO MIGUEL – MAIS UM LOTEAMENTO CLANDESTINO APROVADO PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES.
Se ainda fazem isso nos banhados, o que será do resto da cidade?
Vemos crimes em série na cidade, com laudos arranjados!
Que política é essa? Que administração é essa?
Para saber mais acesse http://amigosdomorrodoespelho.blogspot.com/

Of. FEPAM/GAB n.º. 10394/2010               Porto Alegre, 15 de dezembro de 2010.

Prezados Senhores

A Lei de Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Sul, Lei nº 10.350, de 1994 prevê a forma de Gestão Ambiental do Estado, através de unidades denominadas Bacias Hidrográficas (Trata-se de POLITICA AMBIENTAL ESTATAL – que tantos insistem que não existe, mas está formulada em Lei).

Esta Lei, repetindo, de 1994 (lá se vão dezesseis anos e quatro governos completos), determina que os Comitês de Bacia Hidrográfica (representado pelos usuários d’água, representantes da população e Governo) sejam órgãos político-deliberativos decidindo como recuperar e manter a qualidade ambiental de uma Região Hidrográfica (e não a qualidade do rio estrito senso).

Como verdadeira Política Ambiental Estatal, a forma de execução está clara: a existência de Comitês com decisão política, apoiados por Agência Técnica do Governo do Estado, a avaliação atual da qualidade dos rios, a situação futura que se quer da qualidade destes rios, a elaboração de Planos de Bacia Hidrográfica para atingir a situação desejada e a origem de parte dos recursos (outorga e cobrança) para execução dos Planos.

Porque as Bacias Hidrográficas não estão protegidas? Porque as mortandades de peixes constantes em alguns recursos hídricos do Estado?

A resposta é simples. A POLITICA AMBIENTAL ESTATAL, prevista na Lei nº 10.350, não foi implantada. Com a não implantação das Agências de Bacia Hidrográfica (por conseqüência, não existindo apoio técnico aos Comitês, nem outorga adequada do uso da água, nem a cobrança prevista) os Comitês são entidades amorfas, sem o apoio das Prefeituras (quais obedecem as deliberações dos Comitês?), do Estado (ausência de apoio técnico e político da Agência de Bacia) e da União (recursos para, por exemplo, obras de saneamento).

Quem obriga quem a cumprir as determinações de um Plano de Bacia Hidrográfica? Quem acompanha com poder político e recursos a execução do Plano? Quem tem capacidade de buscar recursos extra cobrança pelo uso d’água para execução mais rápida de obras de saneamento tão necessárias, entre outras? Com certeza não é o Comitê de Bacia Hidrográfica, pois é um órgão político-deliberativo, e não executivo.

Quem deveria fazer isto é a Agência de Bacia Hidrográfica.

Ressalte-se que a Lei nº 10.350, retirou a capacidade administrativa e orçamentária que a FEPAM tinha de realizar os trabalhos que, por esta Lei, foram repassados a outra agência, que, infelizmente, não foi criada.

O atual Governo do Estado está fazendo, junto a METROPLAN, através de Convênio com a SEMA, uma modelagem de como deve ser uma Agência de Bacia Hidrográfica. Para criar uma verdadeira Agência há uma longa distância a ser percorrida e muita vontade política a ser aplicada.

A CARTA DE REPÚDIO traz um elemento interessante. Ataca a Presidente da FEPAM por entrevista onde a FEPAM é pressionada pelos problemas ambientais que estão acontecendo na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – Mortandade de peixes.

Por que este mal estar do Fórum Gaúcho dos Comitês de Bacia Hidrográfica com relação a uma entrevista dada em momento de pressão sobre a FEPAM por parte da imprensa, sociedade e Ministério Público?

Por que é mais fácil atacar os outros e não fazer uma auto-análise da incompetência política dos Comitês na exigência do cumprimento da Lei nº 10.350. Dezesseis anos se passaram e não se encontram manifestações fortes – que deveriam ser permanentes – dos segmentos sociais representados nos Comitês exigindo o cumprimento da Lei. Segmentos sociais estes que conhecem perfeitamente as conseqüências nefastas para o meio ambiente e a saúde da população pela não execução da Política de Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Sul.

A FEPAM vem cumprindo seu papel técnico, até o limite que a lei permite e não pode exercer legalmente o papel destinado, pelo Poder Legislativo, à outra Agência, sob pena de responder ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas por uso indevido de dinheiro público.

Presido a FEPAM há pouco mais de um ano e reconheço a complexidade da matéria ambiental, mas muito me entristece ver que quem, por dever legal e conhecimento técnico, deveria lutar permanentemente pela implantação de uma verdadeira POLITICA ESTATAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL silencia sobre coisas importantes para a sociedade e se une para fazer uma CARTA DE REPÚDIO que, certamente, a semana que vêm ninguém lembrará. nquanto isto, os problemas estruturais de gestão ambiental não são enfrentados.

Pelo menos as pessoas que representam o Fórum Gaúcho dos Comitês de Bacia Hidrográfica devem estar mais aliviados, com a consciência tranqüila, pois, com a CARTA DE REPUDIO encontram o caminho adequado para resolver os problemas ambientais do Estado do Rio Grande do Sul. Esperemos que dê certo.

 

Sem mais para o momento.

Atenciosamente,

Regina Telli

Diretora-Presidente da FEPAM

Ao

Fórum Gaúcho dos Comitês de Bacia Hidrográfica

Rua Avelino Tallini, nº. 171, Bairro Universitário

CEP 95900-000 – Lajeado – RS

Doc Id: 433845

Lajeado, 09 de dezembro de 2010

CARTA DE REPÚDIO

O Fórum Gaúcho dos Comitês de Bacias Hidrográficas dirige-se a Vossa Excelência para manifestar seu repúdio em relação às declarações da presidente da FEPAM, Regina Telli, durante entrevista na Rádio Gaúcha, no dia 07/12/10, no que se trata da mortandade dos peixes no Rio dos Sinos.

A Lei de Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul data de 1994, Lei 10.350, e prevê como órgãos de Estado o Conselho de Recursos Hídricos, como órgão deliberativo em última instância, o Departamento de Recursos Hídricos e a FEPAM, como órgãos gestores, as Agências de Região Hidrográfica, como órgãos técnicos de apoio ao Sistema, e, os Comitês de Bacia Hidrográfica, como órgãos político deliberativos, formados pela sociedade e pelo Estado.

Apesar de a Lei ser de 1994, alguns Comitês existem desde esse período e outros são recentes, demonstrando que já se discutiu muito o tema, ações já foram implementadas para ajustar o sistema de recursos hídricos, a Lei das Águas, mas muito se tem acomplementar até viabilizar a gestão descentralizada e participativa.

A Agência da Região Hidrográfica do Guaíba foi formada no ano passado, mesmo de forma temporária, sendo gerida como ensaio, através de um Convênio entre SEMA/Metroplan, não existindo anteriormente e dessa forma não tendo um órgão de apoio técnico ao Sistema até então, conforme previsto na Lei.

Apesar de a Lei prever a manutenção das estruturas dos Comitês, 30% destes não possuem, até o momento, Convênios de manutenção e os que possuem recebem verbas de R$ 50.000,00 anuais para administrarem suas estruturas. Assim, clareia uma situação levantada na entrevista, os Comitês não recebem recursos que não sejam para manutenção e se trata do valor acima citado.

Os Comitês de Bacia possuem, em sua composição três grupos de representação: Usuários da Água, Representantes da População e Governo, e mais grupo chamado de Grupo Especial, formado por entidades de suporte, convidados a todas as reuniões, no caso a FEPAM e DRH. Da mesma forma que o item anterior, esclarecemos um ponto que não ficou entendido na entrevista, a FEPAM é convidada a fazer parte dos Comitês, mas sua participação não tem sido efetiva, e isso pode ser demonstrado pelas listas de presenças das reuniões dos Comitês.

É previsto nesta mesma Lei um instrumento fundamental de planejamento, o plano de bacia. Este plano é o que indica as intervenções que devem ocorrer na bacia e os projetos a serem executados. A bacia do Rio dos Sinos não possui Plano de Bacia, somente contando com o enquadramento das águas, onde em decisão pela sociedade é definido as águas que queremos, para assim determinar as ações a serem feitas e os investimentos.

Porém, este enquadramento ainda requer atualização através de consulta a população observando-se os diagnósticos e prognósticos do futuro Plano de Bacia.

A cobrança pelo uso da água, instrumento de gestão previsto na Lei de 1994 também não foi implantado, pois depende dos outros acima citados, que se trata da Agência de Região Hidrográfica e dos Planos de Bacia. Este seria uma das formas de atuar diretamente nos recursos hídricos e buscar a melhoria das águas.

Também, há controvérsias no discurso da presidente, em relação aos possíveis causadores da mortandade de peixes no Rio dos Sinos, quando define a causa da mortandade sem haver a conclusão das análises laboratoriais e técnicas.

Com todas essas informações explanadas, demonstramos que a falta de contexto e as respostas dadas pela presidente da FEPAM ao entrevistador repassaram uma responsabilidade aos Comitês de Bacia que na verdade são de todo o Sistema de Recursos Hídricos e trataram como inverdades o trabalho dos Comitês.

Queremos aqui manifestar nosso descontentamento com o que foi declarado e solicitar que as informações sejam corrigidas e trazidas à sociedade com clareza e de forma prudente, isso é o que merece o Sistema de Recursos Hídricos e os Comitês de Bacia Hidrográfica do Estado do Rio Grande do Sul.

Atenciosamente

Daniel Schmitz

Coordenador do Fórum Gaúcho dos Comitês de Bacia Hidrográfica

Amanhã publicaremos os argumentos da FEPAM, aqui no Blog do CEA.

O promotor que investiga a mortandade de mais de 16 toneladas de peixes no rio dos Sinos, Daniel Martini, criticou, nesta segunda-feira, o atual sistema de fiscalização adotado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) junto às indústrias. Segundo ele, hoje, as próprias empresas realizam um “auto-controle” sobre os efluentes industrias emitidos e enviam periodicamente materiais para análise na Fepam.

O assunto vai pautar uma reunião de emergência convocada para esta terça, após Martini ter sobrevoado, esta tarde, o Sinos, e verificado o grau de destruição provocado por uma mancha de poluentes de mais de 15 quilômetros de extensão, que agora segue avançando sobre as águas do rio Jacuí, em Porto Alegre.

A principal suspeita de Martini é de que esgoto doméstico emitido por prefeituras dos Vales dos Sinos e do Paranhana tenha causado a nova tragédia ambiental. Ele não descartou, contudo, que materiais orgânicos despejados por indústrias também estejam por trás da mortandade.

Segundo Martini, a alteração do critério para fiscalização de indústrias depende apenas da Fepam, sem que se precise mudar a legislação. “O órgão não apenas pode, como deve comparecer no local, coletar amostras e fazer as análises devidas”.

“A Fepam não pode se fazer onipresente em todas as mais de 50 mil empresas existentes no Rio Grande do Sul, e por isso esta foi a melhora maneira que encontramos para fiscalizá-las”, argumentou o chefe de do serviço de emergência do órgão, Luis Fernando Guaragni. Servidor de carreira há mais de 30 anos, ele reconheceu que devido à escassez de funcionários e estrutura, a Fundação não consegue realizar um controle ideal. “Também visitamos as empresas periodicamente”, complementou Guaragni.

Além da reunião de emergência com a Fepam, o promotor Daniel Martini também vai convocar representantes de prefeituras para outro encontro, no dia 15. O objetivo é cobrar quais foram as medidas adotadas desde a maior desastre ambiental da história do Rio Grande do Sul ocorrido em 2006, quando 85 toneladas de peixes apareceram boiando no rio dos Sinos. “Tenho informações de que apenas um, entre 32 municípios investigados por um inquérito instaurado, aceitou cumprir um Termo de Ajustamento de Conduta proposto na época”.

Durante a manhã desta segunda, o comando Ambiental da Brigada Militar encontrou cardumes tentando respirar o oxigênio da atmosfera no rio Jacuí, onde o Sinos desemboca, nas proximidades do Cais do Porto, zona Norte de Porto Alegre. Mortes de animais, no entanto, ainda não foram identificadas. A expectativa é de que o alto volume do Jacuí dilua a mancha poluente oriunda do Sinos.

(Rádio Guaíba, Correio do Povo, 07/12/2010)

O promotor regional de Defesa do Meio Ambiente, Daniel Martini, a delegada de Proteção do Meio Ambiente, Elisangela Melo Reghelin, e o biólogo Jackson Müller, realizaram, na manhã desta segunda-feira, 6, um sobrevoo sobre a região do rio dos Sinos. O objetivo da equipe que está atuando na investigação sobre a recente mortandade de peixes foi verificar a situação do rio e buscar novos indícios sobe a causa do problema.

As imagens que foram obtidas do alto revelam a gravidade da situação em que se encontra o rio dos Sinos. “É emergencial a necessidade de medidas que reduzam o despejo de cargas poluidoras nas águas, porque o que se vê é alarmante”, diz o promotor regional de Defesa do Meio Ambiente. De acordo com Daniel Martini, a água muito escura dos arroios que desembocam nos Sinos indicam a presença de uma grande quantidade de massa orgânica na água. “Isso reforça a hipótese de que a morte dos peixes, causada pela falta de oxigênio, se deve ao despejo de grandes quantidades de esgoto na água”. Mas o Promotor salienta que ainda não está descartada a hipótese de despejo de efluentes industriais. Uma reunião também foi marcada para o dia 15 de dezembro com prefeituras e companhias de saneamento da bacia do Sinos para debater medidas emergenciais de saneamento.

Segundo o Promotor, os arroios que apresentam situação mais grave são Pampa, Gauchinho e Luiz Rau, em Novo Hamburgo; João Corrêa, em São Leopoldo, e a drenagem do bairro Mathias Velho, em Canoas.

Diante do problema, uma nova reunião de emergência foi marcada para esta terça-feira, 7, que será realizada na sede do Ministério Público (avenida Aureliano de Figueiredo Pinto), às 9h. Foram convocados a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), o Comando Ambiental da Brigada Militar e a Delegacia de Proteção do Meio Ambiente (Dema). Conforme Daniel Martini, o objetivo é definir estratégias para intensificar a fiscalização sobre o despejo de efluentes no rio dos Sinos.

Além de diversos pontos do rio, peixes mortos também foram encontrados em Porto Alegre. “Acredita-se que o vento sul represou o rio e, com isso, toda a massa de carga orgância, impedindo que ela se diluísse e causando a morte de mais peixes pela falta de oxigênio”, explica Daniel Martini.

(Por Natália Pianegonda, MP-RS, 07/12/2010)

E novamente acontece um crime ambiental. Onde estão os gestores públicos que deveriam estar fazendo cumpri-se a lei ambiental? Por que a impunidade segue?

Espera que o próximo governador faça pelo menos o que está afirmando em seu programa de governo:

“Aplicação da Legislação Ambiental e fiscalização em conjunto com os demais órgãos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Municípios e Batalhão Ambiental da Brigada Militar.”

Cadê a notícia, você deve estar se perguntando?
Hoje recebemos ligação da agência RBS, alegando que tal notícia e foto reproduzida, a partir do site deles, não poderiam ser utilizadas. Alegaram a proibição reprodução de conteúdo, conforme política da dita empresa.
Obviamente vamos tirar tal post de circulação.
Inclusive, estamos melhor avaliando nossa política de publicação/divulgação no blog: determinadas empresas de comunicações não estarão mais estampadas em nosso veículo.
Parece que essa é a tal liberdade de (e)imprensa que pregam.
Saudações Ecológicas

Abaixo, segue outra matéria, mas do IHU que permite tais reproduções. O IHU é importante veículo de informação de nosso estado, recomendamos leitura!

Leia mais: Nova mortandade de peixes no Rio dos Sinos

Quase uma boa notícia…

rio O empresário LUIZ RUPPENTHAL, ex-diretor da Utresa Central de Resíduos Industriais, foi condenado ONTEM a TRINTA anos de prisão pela mortandade de peixes no rio dos Sinos, ocorrida em 2006. Porém, graças a um habeas corpus, RUPPENTHAL poderá responder os recursos em liberdade. O ex-diretor também foi considerado culpado pela poluição provocada pela empresa no rio do Sinos. Na época, outras CINCO empresas foram autuadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental, mas nenhuma foi indiciada. Quase CEM toneladas de peixes morreram devido à poluição do rio.

Fonte: Agência Chasque

No site Novo Hamburgo há uma série de reportagens sobre essa tragédia ambiental. Vale a pena conferir

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Frase

“De tanto postergar o essencial em nome da urgência, termina-se por esquecer a urgência do essencial.” Hadj Garm'Orin

Apresentação

O Centro de Estudos Ambientais (CEA) é a primeira ONG ecológica da região sul, constituída em Rio Grande/RS/Brasil, em julho de 1983.

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