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Boa parte dessas fotos estavam expostas durante a Cúpula dos Povos, Rio+20, no Rio de Janeiro. A Cinelândia estava tomadas por fotos. Junto a elas, um imenso mapa mundi podia ser “pisado”para vermos diretamente em que local do planeta, tais fotos haviam sido feitas.

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The Amazon River, Brazil | Photograph by YANN ARTHUS BERTRAND

Born in Paris, France on March 13, 1946, Yann Arthus-Bertrand is a world-renowned photographer specializing in aerial photography. He didn’t fully realize his talents as a photographer until he was older (early thirties), spending three years in the late 70s, in Kenya living with the Massai tribe and studying the behaviour of a pride of lions. He thus discovered a new passion for photography and the beauty of landscapes when observed from above in hot air balloons. He understood the power of a picture and how to communicate using this means.

2. Tasmania, Australia

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Photograph by YANN ARTHUS BERTRAND

3. Masai Mara National Park – Kenya, Africa

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Photograph by YANN ARTHUS BERTRAND

4. Machu Picchu, Peru

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Photograph by YANN ARTHUS BERTRAND

YANN ARTHUS-BERTRAND Continued…

Upon his return to France, he published in 1981 his first book Lions, first release of a series of 80 books. He also began a career as a reporter-photographer and closely worked with various naturalists including Dian Fossey and her mountain gorillas in Rwanda. His work was published in many internationally known magazines such as Paris Match, Geo, Life or National Geographic. In 1991, Yann created Altitude, the first photo agency specialized in aerial photography.

5. Coal Mines in South Africa

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Photograph by YANN ARTHUS BERTRAND

6. Jengish, Kyrgyzstan

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Photograph by YANN ARTHUS BERTRAND

7. Easter Island, Chile

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Photograph by YANN ARTHUS BERTRAND

YANN ARTHUS-BERTRAND continued…

In the 90s, under the patronage of UNESCO, Yann embarked upon his most ambitious project: creating an image bank of the Earth seen from above. Yann’s aim was to create a record of the world’s environment for present and future generations. In 1999, his work was published and The Earth from Above, translated in 24 languages, became one of the best selling illustrated books with more than three million copies sold worldwide. The Earth from Above is also an open-air free access exhibition that travels in more than 100 cities around the world and has attracted to this date over 100 million visitors. But it is still a work in progress. Many countries remain to be visited, and geographical coordinates of every shot will allow other photographers and scientists to locate and document the evolution of these sites.

8. Military Cemetery – Verdun, France

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Photograph by YANN ARTHUS BERTRAND

Veja mais fotos AQUI

Aquecimento global é a causa de eventos climáticos extremos, diz ONU

Mudança climática causada pelo homem é responsável por calamidades. Novo relatório do IPCC foi publicado nesta sexta-feira.

As mudanças climáticas provocadas pelo homem já causam ondas de calor e chuvas torrenciais que causam inundações, e provavelmente contribuirão para futuros desastres naturais, alertou a ONU em um relatório [Managing the Risks of Extreme Events and Disasters to Advance Climate Change Adaptation (SREX)] publicado esta sexta-feira (18).

Matéria daFrance Presse.

Mas as perdas e danos provocados por estes eventos extremos dependerão muito das medidas tomadas para proteger as populações e a propriedade quando a violência da natureza aflorar, acrescentou.

O relatório, divulgado dez dias antes das negociações climáticas em Durban, na África do Sul, é a primeira revisão abrangente das Nações Unidas sobre o impacto do aquecimento global em eventos climáticos extremos e a melhor forma de lidar com eles.

“Na verdade, podemos atribuir o aumento de dias quentes nos últimos anos a uma concentração maior de gases de efeito estufa”, afirmou Thomas Stocker, co-presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que aprovou um resumo do relatório durante reunião em Kampala, capital de Uganda.

“E é virtualmente certo que a intensificação da frequência e da magnitude dos extremos diários de calor e frio ocorram no século XXI”, disse a jornalistas durante entrevista coletiva. “Temporais serão mais frequentes em muitas regiões do planeta”, acrescentou.

Cenários
O relatório revisou extremos de calor e chuva com base em três projeções ou cenários: uma forte redução nas emissões de carbono, uma redução modesta, e níveis inalterados (cenário “business as usual”). Os três cenários demonstraram uma trajetória similar de aumento dos extremos até meados do século.

Mas por volta do fim do século, os caminhos divergem dramaticamente, com ondas de calor e picos de chuva mais intensos e frequentes no pior cenário, que considera um mundo saturado de gases-estufa.

No cenário que prevê emissões elevadas – a caminho do qual estamos agora -, picos de calor que aconteciam a cada 20 anos vão ocorrer a cada cinco anos por volta de 2050, e todo ano ou a cada dois anos ao final do século. A incidência de chuvas intensas aumentará da mesma forma, acrescentou o documento.

Qin Dahe, outro co-presidente do IPCC, afirmou que o painel também está “mais confiante” de que as mudanças climáticas são a causa do recuo das geleiras, uma grande preocupação para países da Ásia e da América do Sul, que dependem das geleiras para ter água.

Há alguns anos, a imagem do painel saiu arranhada após equívocos no Quarto Relatório de Avaliação, publicado em 2007. Entre estes erros estava uma estimativa grosseiramente imprecisa sobre o ritmo de derretimento das geleiras do Himalaia.

Voltando ao documento atual, no que diz respeito aos outros eventos climáticos, como ciclones, os cientistas ainda se disseram incapazes de dimensionar o impacto das mudanças climáticas, devido à falta de dados e a “mutabilidade e variações inerentes ao sistema climático”, explicou Stocker.

“A incerteza aqui vai nas duas direções. Os eventos podem ser mais severos e mais frequentes do que as projeções sugerem ou vice-versa”, acrescentou. Alguns estudos sugeriram que a temperatura do ar e da superfície marítima mais quentes, combinadas com uma maior umidade do ar intensificarão as tempestades tropicais.

O documento de 20 páginas publicado esta sexta-feira resume as conclusões de um relatório de 800 páginas, que levou três anos para ser feito, e que revisa milhares de artigos científicos. Ele foi escrito por cerca de 200 cientistas e aprovado esta semana pelo IPCC, formado por 194 países-membros, e que reúne representantes de governos e especialistas.

Fenômenos
Segundo o documento, eventos extremos climáticos atingirão o globo de forma desigual: a onda de calor que matou 70 mil pessoas na Europa em 2003 pode ser um padrão para futuros picos no sul da Europa e no norte da África. Regiões da África onde milhões já vivem no limite da fome enfrentarão mais secas. Pequenos estados insulares poderão ficar inabitáveis devido a temporais agravados pelos mares com níveis mais elevados.

“A mensagem chave é a forma de interação dos extremos, a exposição e a vulnerabilidade criam um risco de catástrofe”, explicou Chris Field, co-presidente do Grupo de Trabalho II do IPCC, que se concentra na adaptação às mudanças climáticas.

“Não é preciso dizer que este [relatório] é um novo alerta”, afirmou a comissária europeia de ação climática, Connie Hedegaard, em um comunicado em Bruxelas.

“Com todo o conhecimento e argumentos racionais a favor de uma ação climática urgente, é frustrante ver alguns governos não demonstrarem a vontade política para agir”, acrescentou.

“Este relatório deveria acabar com as dúvidas dos governos sobre o que são as mudanças climáticas, sobre seus impactos sobre os eventos climáticos extremos, que já afetam as vidas e o sustento de milhões de pessoas”, criticou Bob Ward, do Instituto de Pesquisas Grantham sobre Mudanças Climáticas e Meio Ambiente da London School of Economics.

Fonte: EcoDebate

Ivo Poletto

Ao relatar o drama dos atingidos por mudanças climáticas, o assessor Ivo Poletto descreve o seguinte cenário: “as dificuldades aumentam com o passar dos dias. No início, mesmo mal acomodadas, as pessoas se sentem confortadas pela solidariedade. Depois, contudo, quando procuram recuperar o que perderam, buscar lugar mais seguro e reconstruir suas casas, praticamente só contam com alguns apoios vindos de igrejas. Com muita luta, que exige organização, quando conseguem que o Estado assuma sua responsabilidade, as ações são lentas, os recursos anunciados não aparecem, as obras de construção de casas são entregues a empresas sem diálogo com os atingidos”.

Na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line, Ivo cita outra grande dificuldade a ser enfrentada por essas famílias, que é “a tendência do setor público de endividar os atingidos, que, em sua quase totalidade, ficaram sem nada”. Ele traz a informação de que “se os estudos e os cenários de futuro forem confirmados, a Amazônia e a Caatinga serão regiões em que, junto com e como consequência da significativa elevação da temperatura, enfrentarão períodos de estiagem e seca mais intensos e prolongados, às vezes seguidas de períodos de enchentes”. E conclui: “o problema é que o que existe de defesa civil está montado exclusivamente para agir depois dos desastres e, ainda assim, com uma visão e metodologias militarizadas”. 

Ivo Poletto é assessor de pastorais e movimentos sociais. Trabalhou durante os dois primeiros anos do governo Lula como assessor do Programa Fome Zero e foi o primeiro secretário-executivo da Comissão Pastoral da Terra – CPT. Autor, entre outros, do livro Brasil, oportunidades perdidas: Meus dois anos no governo Lula (Rio de Janeiro: Garamond, 2005), é cientista social e educador popular. Seu site pessoal é www.ivopoletto.blogspot.com

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Que balanço faz do Seminário Nacional de Atingidos por Eventos Climáticos Extremos? Quais foram as principais reivindicações e propostas das famílias atingidas pelas mudanças climáticas?

Ivo Poletto – Comecemos pelo mais importante: as mulheres e os homens que vieram representar suas comunidades atingidas por eventos climáticos extremos surpreenderam em todos os sentidos. Apresentaram com clareza a situação em que se encontram. Revelaram consciência crítica, especialmente em relação às práticas dos representantes das instituições públicas. Elaboram com clareza os desafios presentes em suas vidas. Apresentaram com firmeza propostas de ações imediatas e de criação de políticas públicas adequadas ao tempo atual, em que infelizmente se sabe que eventos climáticos extremos se multiplicarão e serão mais violentos. 

Vale a pena tomar conhecimento da Carta do Seminário e do Documento às Autoridades, elaborados, aprovados e assumidos pelos 50 participantes; podem ser acessados no sítio eletrônico. Neles, está claro que exigem atendimento imediato aos seus direitos de habitação e de recuperação das condições de vida; em relação ao futuro, apresentam propostas de políticas públicas, assumidas pelos três níveis de governo, que, em absoluta prioridade, promovam levantamento das áreas de risco em todo o país, implementem ações que evitem a existência de vítimas dos desastres socioambientais, e que, para isso, sejam criadas as mediações organizativas necessárias, assumidas por pessoas capacitadas e que contam com recursos para suas responsabilidades. Estas Comissões e Núcleos Locais de Defesa Civil devem ter autonomia em relação às instâncias de governo e contar sempre com participação da sociedade civil, única forma de garantir a mobilização das comunidades e a transparência no uso dos recursos destinados às ações preventivas e/ou de socorro imediato e de reconstrução das condições de vida das pessoas, famílias e comunidades atingidas.

IHU On-Line – Quais são as maiores dificuldades enfrentadas pelos atingidos por mudanças climáticas?

Ivo Poletto – Os depoimentos deixam mais do que claras três coisas: 

1) a solidariedade que ajuda realmente a enfrentar os dramas vividos é aquela praticada pelas pessoas da própria comunidade, reforçada pela prática das pastorais sociais e da Cáritas, que se fazem presentes desde o início dos desastres; 

2) a solidariedade que vem de outras regiões do país e do exterior é mais forte no início, mas diminui com a queda de interesse da mídia, que deixa de dar notícias, quase sempre de tipo fantástico; 

3) as instituições públicas, com raras exceções, são omissas, só se fazem presentes na base da pressão e tendem a não assumir responsabilidades em relação à reconstrução das condições de vida.

Por isso, as dificuldades aumentam com o passar dos dias. No início, mesmo mal acomodadas, as pessoas se sentem confortadas pela solidariedade. Depois, contudo, quando procuram recuperar o que perderam, buscar lugar mais seguro e reconstruir suas casas, praticamente só contam com alguns apoios vindos de igrejas. Com muita luta, que exige organização, quando conseguem que o Estado assuma sua responsabilidade, as ações são lentas, os recursos anunciados não aparecem, as obras de construção de casas são entregues a empresas sem diálogo com os atingidos. Dando um exemplo: há comunidades de Santa Catarina que, depois de quase três anos, ainda estão sem suas casas; em Alagoas e Pernambuco, as enchentes ocorreram em junho de 2010, e o governo federal, junto com o estadual, está anunciando que entregarão as casas em 2012!

Enchente em SC, 2011.

Outra grande dificuldade é a tendência do setor público de endividar os atingidos, que, em sua quase totalidade, ficaram sem nada. Por exemplo, propõem que as casas sejam as do programa Minha Casa, Minha Vida, que, além de minúsculas e em terrenos exíguos, abrem uma dívida para os próximos 20 anos. Em suas reivindicações e propostas, os atingidos deixaram claro que a reconstrução deve ser baseada no direito humano à vida e à dignidade – isto é, uma casa e um terreno que respeitem e garantam a dignidade das pessoas, sem distinções – e não pode implicar em dívidas. 

IHU On-Line – Em que regiões do país é possível vislumbrar eventos climáticos extremos? É possível antecipar quais estados serão mais afetados pelas mudanças do clima?

Ivo Poletto – Se os estudos e os cenários de futuro forem confirmados, a Amazônia e aCaatinga serão regiões em que, junto com e como consequência da significativa elevação da temperatura, enfrentarão períodos de estiagem e seca mais intensos e prolongados, às vezes seguidas de períodos de enchentes. Como exemplo, as comunidades ribeirinhas da Amazônia – que estavam representadas no Seminário – sofreram com uma seca surpreendente em 2005, voltaram a sofrer com outra seca ainda mais intensa em 2010, e neste ano, 2011, há localidades em que se anuncia novo período de estiagem. Por outro lado, nada garante que períodos de seca e de enchentes não continuem e até se agravem na região sul, como já é experimentado pelas comunidades rurais e urbanas. Mesmo desejando o contrário, tudo leva a crer que haverá precipitações intensas de chuvas também no Sudeste, e que os problemas da população que vive nas encostas se agravem, especialmente porque, por exemplo, praticamente nada foi feito para recuperar os estragos ecológicos e sociais provocados pela enchente de janeiro de 2011 na região serrana do Rio de Janeiro, e pouco ou nada está sendo feito para adequar as cidades ao ritmo das chuvas do tempo atual. Uma das propostas apresentadas aos governantes insiste que cabe ao setor público utilizar as melhores mediações para prever com antecedência, na medida do possível, que regiões e localidades serão atingidas por um ou outro evento extremo, sempre agindo na prevenção, de preferência, ou criando avisos adequados para evitar perdas, especialmente de vidas humanas.

IHU On-Line – Como o Brasil deve se preparar para lidar com as mudanças climáticas? Há no país algum projeto ou política de enfrentamento das situações de desastre socioambiental? 

Ivo Poletto – Foi realizada em 2010 a 1ª Conferência Nacional de Defesa Civil, tendo como objetivos analisar a realidade e elaborar propostas de políticas públicas para o setor. O problema é que o que existe de defesa civil está montado exclusivamente para agir depois dos desastres e, ainda assim, com uma visão e metodologias militarizadas. Isso torna difícil a abertura para acolher propostas de mudanças. 

As enchentes da região serrana do Rio de Janeiro foram tão significativas, provocando perda, entre mortos contabilizados e desaparecidos, de mais de 1500 pessoas, que levaram a presidente Dilma a criar, logo depois da visita à região, uma comissão de alto nível para propor linhas de ação e medidas necessárias para uma efetiva e eficaz defesa civil. Esse evento provocou igualmente a criação de uma Comissão na Câmara Federal com o mesmo objetivo. Tudo somado, contudo, não se chegou ainda a uma mudança de rota da prática da defesa civil. 

De qualquer maneira, os estados e os municípios que desejarem avançar na direção de uma nova política pública podem criar comissões estaduais e municipais, bem como núcleos locais de defesa civil e dar a eles uma configuração mais cidadã, garantindo participação e mobilização da cidadania na implementação do que seja necessário para prevenir-se e/ou para enfrentar os desastres socioambientais. 

Outra proposta dos atingidos reforça uma das conclusões da Conferência Nacional: a criação, em todos os níveis de governo, de um Fundo de Emergências que garanta rapidamente os recursos necessários para ações preventivas e de enfrentamento dos desastres. Isso ainda não existe, e será necessária grande pressão cidadã para que essa urgência venha a ser reconhecida e tornada prioridade entre os múltiplos destinos dos recursos orçamentários.

IHU On-Line – Que políticas públicas são necessárias para dar assistência às populações atingidas? 

Ivo Poletto – As pessoas e comunidades atingidas por eventos extremos têm sua vida transtornada: perdem casa, bens, documentos, e, muitas vezes, familiares, parentes, vizinhos e amigos. Por isso a assistência não pode limitar-se ao comer, vestir, dormir, mesmo se isso é necessidade absoluta. Os atingidos precisam, e às vezes em grau mais desafiador, de apoio psicológico. Como insistiram os participantes do Seminário, há pessoas que perdem o rumo da vida, a vontade de viver, a coragem de recomeçar.

A prática tem revelado que o Estado age mal e precariamente em relação ao que se pode definir como necessidade material, e que é praticamente ausente em relação às necessidades psicológicas. E isso em relação a efeitos de eventos climáticos que não foram provocados pelos atingidos, nem mesmo quando estavam com residência em locais de risco, porque isso teve como causa ou a falta de uma política pública de habitação, ou a extrema pobreza, ou, e não em último caso, a falta de fiscalização pública ou a conivência de autoridades que permitiram a construção de residências e outros prédios em locais inadequados e que deviam ser preservados.

IHU On-Line – A política ambiental do governo federal contribui de alguma maneira para enfrentar os eventos climáticos extremos? Ou, pelo contrário, reforça ações que contribuem para agravar o aquecimento global? 

Ivo Poletto – Qual é, na realidade, a política ambiental do governo federal? É verdade que foi aprovada, por exemplo, a Lei de Mudanças Climáticas e que está em implantação um Plano Nacional, mas é preciso examinar o que isso significa no conjunto das políticas nacionais. Enquanto a orientação de fundo e determinante de tudo se expressa na aceleração do crescimento de um tipo de economia que exige mais espaços físicos, mais áreas destruídas para construir hidrelétricas, mais extração de minérios para exportação, mais espaços para produzir commodities agropecuárias; enquanto se promove uma economia de livre mercado que concentra, e na velocidade de avião, a riqueza e a renda em poucas mãos, e mantém milhões na pobreza e na miséria, que só melhoram suas condições de vida na velocidade de lesma; enquanto não se percebe que é inadequado e eticamente inaceitável manter esse crescimento em expansão através de maior extração de petróleo e gás do pré-sal, por ser fonte fóssil de energia, contaminadora da atmosfera, provocadora de mais aquecimento… Enquanto este é o caráter do desenvolvimento brasileiro, de que adiantará aprovar leis e elaborar planos para enfrentar as mudanças climáticas?

Deve ser por isso que uma das características das políticas ambientais tem sido a ausência quase total de recursos para implementá-las, e, quando em execução, sua orientação se limita a minimizar os efeitos das atividades que são consideradas geradoras de crescimento econômico. Em outras palavras, até o momento, as políticas ambientais não são em nada prioritárias e, pior, o cuidado com o ambiente geral da vida não se faz presente, de forma transversal, em todas as atividades de produção, transporte, consumo, exportação, mineração… A política ambiental não passa de retórica para enganar incautos.

IHU On-Line – Como vê os casos de corrupção em relação ao desvio de verbas destinadas a ajudar os atingidos pelas mudanças climáticas, como aconteceu recentemente no Rio de Janeiro?  

Ivo Poletto – Trata-se de um crime de lesa-humanidade. Atesta que há seres humanos desumanizados em grau máximo. Creio que deve ter sido esse tipo de crime contra a vida que levou os atingidos participantes do Seminário a falar em direito à indignação, e em exigir esse direito sem repressão. Como pode o agente do Estado ter coragem de reprimir quem se vê roubado do mínimo destinado à sua sobrevivência e reage com indignação? Ainda mais se ele não coloca seu cargo a prêmio na denúncia de colegas capazes de desviar recursos públicos destinados à sobrevida de quem perdeu tudo! Deveria, isso sim, responder por conivência com crime da corrupção.

IHU On-Line – Como vê a adesão da sociedade brasileira ao discurso da Justiça Climática? Ele foi incorporado? 

Ivo Poletto – Não tenho como avaliar se a Justiça Climática foi ou não incorporada como valor na vida da cidadania brasileira porque não se deu, até o momento, oportunidade para que ela se manifeste. Até agora tudo que se refere à dívida pública e às mudanças climáticas está sendo decidido pelo Congresso e pelo governo sem consultar a cidadania. Pelo que nos revelou levantamento de opinião feito pelo Datafolha, mais de 80% são contrários a qualquer mudança de lei que aumente o desmatamento e afete o meio ambiente. Deve-se a isso, provavelmente, que deputados, senadores e governantes temam e evitem consultar a cidadania através de plebiscito ou referendo para decidir se a soberania popular deseja ou não mudar o Código Florestal segundo a proposta do agronegócio e seus apoiadores, se ela prefere construir a hidrelétrica de Belo Monte e tantas outras ou gerar energia a partir do sol, dos ventos e dos movimentos das águas, que o Brasil possui em abundância.

Estão cada vez mais evidentes os motivos do temor destes brasileiros e brasileiras privilegiados à soberania popular. Mas nós não precisamos aceitar e subordinar-nos à sua vontade covarde e antidemocrática. Podemos, ao contrário, trabalhar pela conquista do direito de autoconvocação da cidadania para exigir referendos e plebiscitos, até mesmo para confirmar ou revogar o poder concedido a cidadãos ou cidadãs que se afastam ou renegam os compromissos que levaram pessoas a confiar a eles e a elas poderes legislativos, executivos ou judiciários. Não estranhem, quando incluo também o Judiciário. Ele deve ou não continuar um poder aparentemente acima da soberania popular, mas constituído através do jogo político partidário? Meu voto é favorável à proposta de que também os juízes sejam eleitos pela cidadania, e que haja algum tipo de comissão, majoritariamente constituída por representantes da sociedade civil, com poder de controle do exercício também deste poder; sem isso, a sociedade continuará perigosamente não democrática                                                           

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=47559

Mais em: http://www.home-2009.com/

Existem hoje cerca de 440 usinas nucleares em operação no mundo. Em torno de 65%, contam com reatores à água pressurizada (PWR), o mesmo modelo de Angra 1 e 2. Aproximadamente, 25% são reatores à água fervente (BWR), como os da central de Fukushima, no Japão. Outros 10% equivalem a  tecnologias que estão se tornando obsoletas e sumirão da matriz nuclear mundial na medida em que estas usinas chegarem ao fim de suas vidas úteis. Isso demonstra a preferência da indústria nuclear pelo reator PWR, o que não quer dizer, necessariamente, que se trata de uma tecnologia mais segura que a BWR. Prova disso é que já houve o acidente com uma usina PWR, em Three Mile Island, nos EUA, em 1979.

Num acidente com perda total da alimentação elétrica, como o ocorrido em Fukushima, um reator PWR permitiria que os operadores tivessem mais tempo para o restabelecimento da energia do que um BWR. A usina PWR conta com circuitos independentes e geradores de vapor, equipamentos que contêm uma quantidade significativa de água e que permitem que o resfriamento do reator ocorra por circulação natural até o restabelecimento de energia. sem a necessidade de se utilizar bombas acionadas por eletricidade.

Numa usina BWR, existe um circuito único, sem geradores de vapor. Um corte no fornecimento de energia interrompe imediatamente o resfriamento, como aconteceu na usina de Fukushima Daiichi. Portanto, nessas condições, a usina PWR apresenta algumas vantagens.

No Japão, 50% das usinas é do tipo PWR e a outra metade é BWR. Vale ressaltar que, na região afetada, não havia usinas PWR em operaçãio, apenas BWRs.

Funcionamento de uma usina PWR

A fissão dos átomos de urânio dentro das varetas do elemento combustível aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320 graus Celsius. Para que não entre em ebulição – o que ocorreria normalmente aos 100 graus Celsius -, esta água é mantida sob uma pressão 157 vezes maior que a pressão atmosférica.

O gerador de vapor realiza uma troca de calor entre as águas deste primeiro circuito e a do circuito secundário, que são independentes entre si. Com essa troca de calor, a água do circuito secundário se transforma em vapor e movimenta a turbina – a uma velocidade de 1.800 rpm – que, por sua vez, aciona o gerador elétrico.

Esse vapor, depois de mover a turbina, passa por um condensador, onde é refrigerado pela água do mar, trazida por um terceiro circuito independente. A existência desses três circuitos impede o contato da água que passa pelo reator com a dos demais.

Uma usina nuclear oferece elevado grau de proteção, pois funciona com sistemas de segurança redundantes e independentes (quando somente um é necessário).

Fonte: http://www.eletronuclear.gov.br/noticias/integra.php?id_noticia=1018

O desastre nuclear em Fukushima, Japão, continua a se agravar. Múltiplas explosões fizeram saltar os tetos e paredes externas de reatores da usina e uma luta heróica está em curso, para prever o pior. Durante vários dias, as autoridades tentaram tranquilizar o público. Agora, pedem ajuda.Para obter respostas independentes sobre os riscos enfrentados pela população, o Global Post entrevistou Arnold Gundersen, de 39 anos, ex-veterano da indústria nuclear. Hoje professor de Física e Matemática em Kent (veja sua história), Gundersen trabalhou como operador de usina nuclear e atuou como especialista na investigação do incidente de Three Mile Island, nos EUA.

Autoridades japonesas afirmam que a possibilidade de uma emissão de radiatividade em larga escala é pequena. Você concorda?
Arnold: Temo que a possibilidade seja de 50%, o que não considero “pequeno”.

Qual a base do seu cálculo?
Arnold: Há diversas razões. Temos três reatores envolvidos. Além disso, a radiação já está sendo captada por aviões a 150 quilômetros de distância e na cidade. Se for cada vez mais difícil controlar estas instalações, as tentativas de conter a contaminação irão falhar. Isso resultaria no lançamento rápido de enormes doses de radiação.

O New York Times relata que as emissões radiativas poderiam durar semanas ou meses. Que preocupação isto causa? Em que momento um reator no estado dos de Fukushima torna-se menos perigoso?
Arnold: A reação em cadeia foi interrompida. Ela durou dois segundos. Mas os isótopos radiativas ainda estão se desintegrando. O processo durará pelo menos um ano. Por isso, é preciso reduzir em muito a pressão dos reatores, a cada dia. Isso exige liberar isótopos radiativos, também.

O New York Times está certo quando afirma que cada reator – três dos quatro da usina – precisará abrir válvulas todos os dias para garantir a queda de pressão. E haverá radiações destas instalações por pelo menos um ano.

Quais as ameaças para as saúde?
Arnold: Em 90 dias, os riscos causados pela iodina radiativa desaparecerão, porque ela se desintegrará. Mas os isótopos mais nocivos – césio e estrôncio – durarão 30 anos. E são voláteis.

No acidente de Three Mile Island, estrôncio foi detectado a 220 quilômetros do reator. Termina no leite das vacas e não desaparece por 300 anos. As emissões dos reatores japoneses vão durar um ano e conterão elementos que permanecerão na natureza por três séculos, no melhor dos casos. Se houver uma explosão, será muito pior.

O grande risco num acidente nuclear é que o calor torne-se intenso a ponto de romper a blindagem de aço, lançando enormes doses de radiação. Você diz que este risco é, atualmente, de 50%. Quais seriam as consequências, se o pior ocorresse?
Arnold: De alguma forma, as blindagens já se romperam. Iodina radiativa e césio foram encontrados na natureza, porque o primeiro reator explodiu. Sua presença na atmosfera é uma indicação clara da ruptura.

O vazamento é de 1% dos isótopos radiativos gerados, por dia? Provavelmente. Nestas condições, ele afetará as cidades a um raio de 3 quilômetros. Acho que ninguém poderá voltar a elas em cinco anos. Num raio maior, de 20 quilômetros, acredito que o isolamento tenha de chegar a seis meses. Tudo isso na melhor hipótese, a de que se evite um derretimento. Se ele ocorrer, não poderá haver ninguém, num raio de 30 quilômetros, por dez ou quinze anos.

Por que o isolamento Arnold?
Nas regiões contaminadas, haverá alta incidência de câncer. As águas subterrâneas serão atingidas. Com um derretimento, tudo, a quilômetros de distância do reator, será contaminado.

Qual seria a rapidez da contaminação da água?
Arnold: Em Chernobyl houve um derretimento e a faixa de águas subterrâneas contaminadas está aos poucos expandindo-se até Kiev, uma cidade muito grande distante cerca de 130 quilômetros. Não é algo fácil de mitigar.

É um problema grave num país como o Japão, muito populoso e com área relativamente reduzida.
Arnold: Claro.

Você afirma que a blindagem já foi afetada, ao contrário do que dizem as autoridades japonesas. Como você pode saber que está certo?
Arnold: Há iodina radiativa e césio no ambiente. É uma indicação de que os reatores estão vazando. Exatamente quanto, é difícil dizer. Não posso entender como estas autoridades podem dizer que as emissões são baixas, sem ter os instrumentos operando. É muito difícil determinar os níveis de radiação e de pressão.

O Japão e sua indústria nuclear fizeram investimentos muito pesados em energia nuclear. Também depois de Three Mile Island e de Chernobyl, afirmou-se que não haveria problemas, até que eles apareceram. Por isso, não acredito muito em pronunciamentos oficiais na primeira semana de um acidente.

Significa que as pessoas com acesso a informação têm interesses em tornar as informações tão tranquilizadoras quanto possível?
Arnold: Sim, além disso de as autoridades buscarem evitar o pânico. Há o interesse financeiro de longo prazo em minimizar o impacto. Perde-se transparência, no processo de construção da informação. Estamos todos lidando com informações de segunda mão.

Ouvi de uma fonte que o segundo reator não pode ser ventilado, porque o ventilador quebrou. Não sei se é verdade ou não. Goste de ter ao menos duas fontes. Mas o acidente ainda não terminou. E ele pode agravar-se, antes de começar a se dissipar.

Se o sistema de ventilação estiver quebrado, a pressão continuará subindo, até que algo catastrófico ocorra?
Arnold: Neste caso, sim.

Tivemos explosões em dois dos prédios onde os reatores estão instalados. Você operou reatores nucleares. Num caso como este, as salas de controle seriam afetadas pelas explosões? E como é possível continuar controlando os reatores, em tais circunstâncias?
Arnold: Sim, as salas de controle estão quase totalmente inabitáveis. Os operadores devem estar usando cilindros de oxigênio, para não respirar ar contaminado depois que a ventilação falhou. A sala de controle fica muito próxima aos reatores, provavelmente a uns 60 metros. Duvido que seja possível fazer muita coisa por lá. Estão contaminadas, seu ar não pode ser respirado. E é muito difícil fazer algo usando um cilindro de oxigênio e roupas parecidas com uma bolha.

Nesse caso, como se reduz a pressão? Os técnicos estariam sendo enviados ao reator, para realizar tarefas manualmente?
Arnold: Podem mandar gente para abrir manualmente uma válvula. Mais tarde, esta pessoa terá de voltar para fechá-la, também com as mãos. Num terreno de radiação intensa, é possível fazer poucas viagens antes de se expor aos limites máximos de radiação. Os trabalhadores recebem doses muito grandes, em curtos períodos. Não se pode expô-los a muitas tarefas, para não liquidar sua saúde. É um trabalho altamente especializado.

As doses a que os trabalhadores estão sendo submetidos os afetarão?
Arnold: Os riscos de desenvolverem câncer aumentará dramaticamente porque, de qualquer forma, as doses diárias que recebem superam as que se pode sofrer num ano. Para cada 250 rem recebidos, haverá um câncer. É um dado muito bem estabelecido. Entre um grupo submetido a 2,5 rem, haverá um câncer para cada cem pessoas.

A esta altura, Tóquio está a salvo?
Arnold: O vento dilui e espalha a radiação. Tóquio está distante. Mas a Alemanha também não fica perto de Chernobyl, e o solo em algumas partes da Alemanha foi tão contaminado que ainda se proóbe a caça de javalis, 25 anos depois.

Ressalto que, no caso japonês, não temos medidas acuradas. Um avião cargueiro norte-americano passou a 160 quilômetros do acidente, e a tripulação recebeu, em uma hora, a dose de radiação que normalmente receberia em um mês.

A radiação pode chegar aos Estados Unidos?
Arnold: Ela certamente chegará. Chernobyl chegou aos Estados Unidos. A questão é: quanta radiação? Não há dados para prever.

Há riscos de contaminação dos alimentos?
No Japão, certamente.

Fonte: http://www.outraspalavras.net/2011/03/15/a-sombra-da-catastrofe-nuclear/

por Cintia Barenho

Ontem assisti 2 programas na GloboNews sobre a Energia Nuclear. Apesar de terem apenas 30mim os mesmos foram bem interessantes,. Claro que são feitos no “padrão globo de jornalismo”, não esqueçamos…

Dos três participantes, Sergio Abranches foi o que se mostrou radicalmente contra. José Eli da Veiga estava lançando livro sobre Energia Nuclear. Já o prof. Pinguelli, enquanto cientista, permaneceu mais em cima da muro, digamos assim.

Alguns assuntos tocados foram interessante e intrigantes. Sergio Abranches comentou o fato de que por mais que acidentes em usinas de energia nuclear sejam raros, quando há um acidente o grau de complexidade e de perigo são em proporções muito graves.  Ja o professor Pinguelli comentou sobre os treinamentos feitos com a população de Angra, que ocorre uma vez ao ano, com apenas 1% da população local e que vive num raio de 5km da usina. Inclusve ele falou que o Exercito Brasileiro em determinado momento resolveu não mais participar, pois não tem equipamentos adequados (isso mesmo, preocupante não??). Já Jose Eli Veiga comentou algo importante: a população brasileira em algum momento foi consultada sobre que tipo de energia será utilizada, sobre qual será a nossa base energética brasileira?

Tal questionamento é mais do que importante, uma vez que  se acessarmos a composição do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE qual é a “surpresa”, as vagas são: um representante da sociedade civil especialista em matéria de energia; um representante de universidade brasileira, especialista em matéria de energia). Somente. O restante é preenchido por vagas governamentais, praticamente. Mas alguém sabe quem são? Procurei e não encontrei. Bom, de qualquer forma o presidente do conselho, é o ministro Lobão, aquele de forma “Kubitschekiana”, quer fazer 50 usinas em 50 anos. A gente precisará de tudo isso? Será que a nossa defesa civil está preparada para alguma emergência nas usinas já instaladas no Brasil? E o Exército seguirá mantendo-se fora dos exercícios de treinamento de evacuação em Angra? Perguntas e dúvidas que não temos certeza se o Brasil está pronto a responder.

A propósito, no caso de nós gaúch@s, em nossa constituição estadual diz o seguinte:

“Art. 256 – A implantação, no Estado, de instalações industriais para a produção de energia nuclear dependerá de consulta plebiscitária, bem como do atendimento às condições ambientais e urbanísticas exigidas em lei estadual;

Art. 257 – É vedado, em todo o território estadual, o transporte e o depósito ou qualquer outra forma de disposição de resíduos que tenham sua origem na utilização de energia nuclear e de resíduos tóxicos ou radioativos, quando provenientes de outros Estados ou países.”

Cidades e Soluções >> As lições da tragédia no Japão

A energia nuclear é segura? O programa nuclear brasileiro deve sofrer ajustes? A população de Angra dos Reis (RJ) está preparada para agir em situações de crise? De que maneira a nossa Defesa Civil poderia se inspirar no modelo japonês? Esses e outros assuntos foram tratados com competência e de forma inspirada pelos nossos convidados: no Rio de Janeiro, o cientista político Sérgio Abranches e o diretor da COPPE/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa. No estúdio de São Paulo, o professor da USP José Eli da Veiga. Veja mais em CIdades e Soluções

nuclear
Noticia de 2010 mas importante estarmos atentos. Em algum momento você já foi consultado sobre isso? Concorda com o uso de energia nuclear no brasil?

Rio São Francisco terá duas usinas nucleares
por Aroldo Cangussu

O jornal Folha de São Paulo do dia 15 de janeiro de 2010, no seu caderno Dinheiro, informa que o programa nuclear brasileiro prevê a construção de quatro usinas até 2030, sendo duas no Nordeste e duas no Sudeste. A definição da localização será, como sempre, política e deve sair até março de 2010.

Os estudos técnicos que serão levados para a decisão apontam que as duas usinas nordestinas ficarão localizadas às margens do Rio São Francisco. Segundo a Folha, as áreas próximas ao litoral foram descartadas por causa da existência de grandes reservatórios subterrâneos de água.

Nós, moradores da bacia do Rio São Francisco, já vemos a luz amarela se acender. Estamos acostumados a só receber notícias desagradáveis sobre impactos negativos ao meio ambiente na região, por isso ficamos receosos quando lemos algo assim.

O Rio São Francisco nasce em Minas Gerais, atravessa o estado da Bahia e deságua no oceano Atlântico na divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe. Além disso, a sua bacia engloba ainda o Distrito Federal, Goiás e Pernambuco.

Como se trata de investimentos de bilhões de dólares, os governadores dos estados envolvidos estão disputando a tapas estas obras. A escolha do local levará em conta os estudos técnicos e também critérios políticos.

A construção de usinas nucleares às margens do Rio São Francisco já havia sido estimulada no passado pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Os principais argumentos foram a disponibilidade de água e a necessidade de investimentos na região.

Entretanto, a presença de aqüíferos subterrâneos pode condenar a instalação de usinas nucleares, mas, elas precisam de grande oferta de água para o resfriamento do combustível usado, à base de urânio enriquecido. Outros fatores técnicos são levados também em consideração: estrutura geológica estável, proximidades de linhas de transmissão de energia, baixa concentração populacional e condições adequadas de infraestrutura, principalmente estradas (Folha de São Paulo, 15/01/2010).

O Rio São Francisco é um rio quase todo “cortado” por grandes hidrelétricas e alguns estudos realizados anteriormente indicam que sua vazão diminuiu ao longo do tempo (não comprovados). Além disso, ainda existe o projeto da transposição e, também, o Projeto Jaíba que retira uma considerável quantidade de água dele.

Vamos ver se o nosso velho Chico dará conta de tudo isto.

* Aroldo Cangussu é engenheiro e ex-secretário de meio ambiente de Janaúba e atual coordenador adjunto do Fórum Mineiro de Comitês de Bacia Hidrográfica.

Fonte: Ecodebate

Empresa q opera usina d Fukushima falsificava relatórios d inspeção/Tirinha p/Ass.Serv.PRODERJ

Em se tratando desse mundo neoliberal globalizado sempre desconfie da “serenidade” alheia….

Os olhos do mundo se voltam apreensivos para a catástrofe nuclear no município de Fukushima, no Japão. O nível de alerta nuclear da central de Fukushima está atualmente em 6 (liberação de material radioativo). O maior nível é o 7 (liberação de material radioativo grave com efeitos amplos sobre a saúde e o meio ambiente, como no desastre de Chernobyl em 1986). E o histórico da empresa responsável pelas usinas é de elevar o nível da preocupação.

A TEPCO (Tokyo Electric Power) é conhecida por costumeiramente fraudar relatórios sobre segurança nuclear: 

 

Em 2002, o presidente da TEPCO, maior empresa de energia elétrica no país, foi forçado a demitir-se juntamente com quatro outros líderes, após um escândalo por falsificação de documentos sobre a segurança nuclear.

Naquela época foi interrompida a atividade de cinco reatores, incluindo dois dos que foram danificados pelo terremoto de agora, para fazer as inspeções necessárias.

Alguns anos mais tarde, a empresa se viu novamente no meio de outro escândalo de falsificação.

No final de 2006, o governo ordenou a TEPCO verificar uma série de dados depois de descobrir a falsificação dos documentos relativos à temperatura da água de refrigeração na central N1 Fukushima (Fukushima, a Daiichi) em 1985 e 1988.

Um ano depois, a Tokyo Electric Power teve que enfrentar novas acusações de falsificação. A empresa, então, teve de admitir ter falsificado dados no passado. [Fonte]

Entendem agora por que multinacionais ordenaram a debandada de seus executivos de Tóquio e muitos japoneses estão tomando o caminho do aeroporto?

Ninguém acredita nos comunicados na TEPCO. O nível de risco nuclear aumenta dia a dia e a aparência é de que estão tentando colocar o ovo de volta, depois da casca quebrada.

Fonte: http://blogdomello.blogspot.com/2011/03/responsavel-pelas-usinas-de-fukushima.html

https://centrodeestudosambientais.wordpress.com/wp-content/uploads/2009/05/energia20nuclear.jpg

Nem só no Brasil, mas também em Portugal e em outros países lusofônicos, existem políticos que favorecem a energia nuclear. No momento, por exemplo, o website de um bloco de partidos de esquerda português colocou em debate público o uso da energia nuclear como proposta de programa de governo, a ser apresentada nas próximas eleições, em outubro de 2009. Tendo em vista a escassez de informação sobre o tema na língua portuguesa, o Dr. David Fig, economista político e sociólogo ambiental da África do Sul, autor do livro “Uranium Road”, apresentou 7 argumentos porque a Energia Nuclear não vale! E o socialista Mike Kantey, Presidente da Coalizão Contra a Energia Nuclear da África do Sul, chamou a atenção para que as ações da esquerda não entre no caminho do urânio e do stalinismo.

O artigo é de David Fig, socioambientalista e economista político da África do Sul, e publicado por EcoDebate, 06-07-2009.

David Fig, possui doutorado em relações Sul-Sul pela London School of Economics e se especializou em questões de energia, comérico, biodiversidade e responsabilidade corporativa. Os seus livros mais recentes são “Uranium Road: Questioning South Africa’s Nuclear Direction (Jacana, 2005) e Staking their Claims: Corporate Social and Environmental Responsibility in South Africa (UKZN Press, 2007).

Eis o artigo.

Energia nuclear é cara demais
Energia nuclear é extremamente subvencionada pelo Estado. A energia nuclear tem altíssimos custos (na construção) e no processo de enriquecer o urânio. Também altos custos para o depósito do lixo atômico, além dos custos de descontaminação e demolição (decommissioning) dos reatores velhos que não são declarados. Energias renováveis (energia solar e eólica) tem algum custos iniciais – muito menos do que da energia nuclear – e no final, o sol, o vento e as ondas do mar são de graça e para sempre. Também os custos de fiscalização da indústria nuclear são enormes e um custo extra para o Estado e o seu financiador, o povo!

Energia Nuclear esquenta o clima global
Ainda existe o mito de que a energia nuclear não produz dióxido de carbono. Mas a realidade é que o ciclo da energia nuclear é um processo intensivo com alta produção de dióxido de carbono: mineração, moagem, produção de yellow cake (oxido de urânio concentrado), enriquecimento, construção dos reatores e usinas nucleares com milhares de toneladas de concreto, o transporte dos materiais radioativos a longas distâncias, depósito de lixo nuclear, descontaminação dos reatores velhos, etc.

Segurança Energética
Com a opção de Energia Nuclear, Portugal vai ficar dependente dos países produtores da tecnologia e dos componentes das usinas nucleares. Portugal tem muito sol e vento, portanto possui melhores opções e com mais segurança para criar energia.

Pouco emprego
Em comparação com a tecnologia eólica ou solar, a energia nuclear criar poucos empregos. Energias renováveis precisam de trabalhadores locais para a construção local e manutenção. Os empregos são criados localmente e ficam no local, por isso os comunidades ganham.

Os riscos de contaminação
Sempre há um risco de contaminação com radiação, independente se a usina nuclear funciona perfeitamente com um bom sistema de segurança (“good” safety record). Emissão de isotopos radiativos de césio e estrôncio sempre acontecem, isso é uma contaminação “normal”, conhecida na linguagem internacional como contaminação “standard” das usinas nucleares. Acidentes com vazamento de radioatividade já aconteceram em várias usinas nucleares no mundo. Trabalhadores sofrem mais tarde de doenças graves como leucemia. E mais: o lixo nuclear precisa ser depositado de forma totalmente isolada do meio ambiente para um tempo de 244 mil anos! E até agora a tecnologia para garantir isso de forma perfeita ainda não existe.

Energia nuclear significa produção de eletricidade centralizada
A opção de energia nuclear está relacionada com a produção de eletricidade centralizada. Isso significa que quando uma coisa dá errado, milhares de pessoas ficam sem energia no mesmo momento. Energias renováveis e descentrais não tem este risco!

Energia nuclear é anti-democrática
A indústria nuclear é por sua natureza secreta e sem transparência. Em alguns países, foi criada uma polícia especializada para cuidar dos materiais radioativos contra o roubo pelos “terroristas”. Com este argumento, a indústria nuclear contribui para a diminuição dos direitos democráticos da sociedade, porque cria um “Estado de Segurança”, um tipo de Estado que o população portuguesa combateu durante a sua Revolução de 1974.

Nota do EcoDebate:Mike Kantey, presidente da Coalizão Contra a Energia Nuclear da África do Sul (Coalition Against Nuclear Energy of South Africa) concorda com os argumentos do Dr. David Fig e completa: “Para mim, como apoiador dos princípios socialistas e como um ex-membro do Congresso Sul-Africano (African National Congress), os fatos são muito claros: Uma economia centralizada e planificada sempre favorece a produção de energia centralizada e capital intensivo sem respeitar o povo. O contrário é a “people-friendly” – produção descentralizada da energia”. Essa forma de produção descentralizada é muito mais barata, muito mais limpa e cria inovação, favorece pequenos produtores, cria muito mais trabalho e combina melhor com as ecologias locais.

Mike Kantey completa: “Esperamos que os socialistas portugueses incorporem uma visão eco-socialista do século XXIà lá Andre Gorz e Murray Bookchin e não a miopia anti-democrática e homicida ao modo de Joseph Stalin do século XIX.

Fonte:IHU

Um bebê é testado para a radiação em Nihonmatsu, Prefeitura de Fukushima, 15 de março de 2011. O pânico tomou conta de Tóquio na terça-feira depois de um aumento nos níveis radioactivos em torno de uma batida de usinas nucleares norte-terremoto da cidade, fazendo com que alguns deixam a capital ou estoque de alimentos e suprimentos. (Reuters Kyodo /) #

Investir em usinas nucleares sempre foi arriscado. O que acontece agora no Japão é só mais um exemplo do perigo que a insistência de governos pode causar à humanidade

Pouco mais de 24 horas após o anúncio do vazamento radioativo na usina nuclear de Fukushima, o balanço dos fatos já assusta. Mais de 210 mil moradores da região onde fica a planta tiveram que ser evacuados e outros 160 estão sendo mantidos em quarentena pelas autoridades, que receiam o risco de contaminação por radiação. Ninguém escapa, crianças, adultos, idosos, animais, plantas. Tudo e todos que estavam ao redor da usina correm o risco de serem afetados pelo vazamento. Isso por que, segundo informações anunciadas pelo governo japonês, a usina não foi planejada para aguentar tremores superiores a 7,9 graus na escala Richter, bem abaixo da intensidade do terremoto que atingiu o Japão, que foi revista hoje para 9 graus.

As consequências podem ser devastadoras. “O impacto da liberação de radiação ao meio ambiente não impacta apenas a população diretamente afetada na área. A radioatividade perdura por várias gerações, tanto em organismos humanos, quanto em terras que deixam de produzir alimentos ou servir de moradia a populações, como foi o caso em Chernobyl”, disse o responsável pela campanha de energia do Greenpeace Brasil, Ricardo Baitelo.

Em reportagem publicada no jornal americano New York Times, especialistas já haviam alertado que a usina não estava funcionando adequadamente logo em seguida ao terremoto. A reportagem relata que quantidades de césio foram detectadas, uma indicação clara de que o combustível que alimenta a planta já estava danificado.

Apesar disso, as autoridades se mantiveram inertes por horas até ordenarem a evacuação da área. Horas essas valiosas para a vida de milhares de pessoas. Para Baitelo, a falta de informações claras das autoridades é um dos principais problemas num caso como esse. “As informações que chegam das autoridades são desencontradas. Percebe-se clara falta de transparência quando o governo japonês diz que a situação está sob controle, quando na verdade ainda há um risco ainda iminente de derretimento do núcleo de dois reatores e a probabilidade de mais vapores radiotivos serem liberados ao meio ambiente para o controle da temperatura dos reatores”.

No Brasil, apesar de termos “apenas” duas usinas – número irrisório se comparado ao Japão, que possui 55 plantas – o problema não é diferente. Transparência é palavra rara no vocabulário dos administradores do complexo nuclear brasileiro, que não assumem a responsabilidade, por exemplo, da contaminação provocada pela mina de urânio de Caetité. Por aqui a fiscalização e a regulação do setor nuclear cabem ao mesmo órgão, o Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN), trazendo uma série de contradições entre o desenvolvimento dessas atividades e a garantia da segurança das operações. “A contradicao é que o mesmo setor que promove atividades nucleares e que quer se expandir é aquele que tem que fiscalizar e coibir atividades ilegais e infrações, o que obviamente acaba nunca acontecendo”, afirma Baitelo.

Ainda assim o governo brasileiro planeja construir oito novas usinas nos próximos 20 anos. E como se não bastasse, o ilustríssimo ministro de Minas e Energia Edson Lobão, junto com a Eletronuclear, tem ambições ainda maiores: a divulgação de um estudo com 40 locais que poderiam receber plantas nucleares. Para especialistas, está mais do que provado que o Brasil não precisa conviver com os riscos da energia nuclear.

Mais risco

As últimas informações divulgadas pelo governo japonês mostram que o receio de uma tragédia nuclear de proporções ainda maiores está longe de ser resolvido. Segundo a Folha de S. Paulo, outras duas usinas apresentaram problemas em seus sistemas de refrigeração, o que aumenta as chances de novos vazamentos radioativos ocorrerem. De acordo com anúncio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as plantas de Tokai e Onagawa estão recebendo atenção especial de técnicos que tentam esfriar com água do mar os reatores superaquecidos, o que é considerado por estudiosos um ato de desespero. “A situação se tornou tão crítica que não tem mais, ao que parece, a capacidade de fazer ingressar água doce para resfriar o reator e estabilizá-lo, e agora, como recurso último e extremo, recorrem à água do mar”, disse Robert Alvarez, especialista em desarmamento nuclear do Instituto de Estudos Políticos de Washington.


E se o recurso “último e extremo” não for suficiente para manter a situação sob controle? E se outro vazamento radioativo acontecer? O resultado já pode ser visto agora: populações inteiras sendo deslocadas, inocentes correndo o risco de contaminação. Investir em usinas nucleares sempre foi perigoso e o que acontece agora no Japão é só mais um exemplo do que a insistência dos governos pode causar à humanidade. “Infelizmente estamos vivendo mais uma prova real de que a energia nuclear é uma fonte extremamente perigosa, capaz de impactar a vida de milhares de pessoas”, disse Baitelo.

FOnte: Greenpeace
Após declaração do presidente da CNEN, Greenpeace pede à Procuradoria do Ministério Público Federal em Angra dos Reis (RJ) a suspensão da construção da nova usina
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo concedida ontem, o presidente da Comissão Nacional de Energia Atômica, Odair Gonçalves, comentou o vazamento radioativo de Fukushima e afirmou que o governo reverá as normas de licenciamento das usinas nucleares no Brasil. “Vai haver agora uma análise profunda da avaliação desse risco. Isso será divulgado para o mundo inteiro e, na medida do possível, será preciso retificar as normas de licenciamento que vão levar em conta esse acidente. Nos reatores que estão operando, haverá medidas para evitar o superaquecimento”, disse.

Diante da declaração de Odair, o Greenpeace Brasil decidiu pedir à Justiça a suspensão da licença de operação concedida à terceira fase da planta de Angra III em 2010, até que essas novas normas de licenciamento sejam fixadas, protegendo a vida e a integridade física dos habitantes de Angra dos Reis e de todo o estado do Rio de Janeiro.

Leia abaixo o documento enviado ao Procurador do Ministério Público Federal em Angra dos Reis (RJ) Fernando Lavieri.

“Como já é de amplo conhecimento público, o recente acidente ocorrido em usinas nucleares no Japão, com o vazamento de material radioativo, causou graves problemas sociais, ambientais e econômicos, dentre eles a evacuação de 210 mil pessoas e prejuízos estimados em U$171 bilhões.

Esta catástrofe despertou em diferentes países do mundo o debate sobre a necessidade de uma ampla revisão dos procedimentos de segurança para a construção e o funcionamento de instalações nucleares.

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Odair Gonçalves, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo (página A 11, edição do dia 14/3/2011) disse que “vai haver agora uma análise profunda da avaliação desse risco. Isso será divulgado para o mundo inteiro e, na medida do possível, será preciso retificar as normas de licenciamento que vão levar em conta esse acidente. Nos reatores que estão operando, haverá medidas para evitar o superaquecimento”.

Devido à clara necessidade de se revisar as regras de licenciamento para construção, instalação e operacionalização de instalações nucleares, solicitamos a adoção de medidas administrativas e jurídicas para suspender a licença de operação concedida à terceira fase da Usina Termonuclear de Angra (Angra III) em 2010, até que essas novas normas de licenciamento sejam fixadas, protegendo a vida e a integridade física dos habitantes de Angra dos Reis e de todo o estado do Rio de Janeiro.

Em relação às usinas de Angra I e II, já em funcionamento, pedimos que o seu funcionamento seja completamente adaptado às normas de licenciamento e funcionamento que serão revisadas, incluindo o seu Plano de Segurança de Acidentes Nucleares, que só prevê a evacuação de pessoas em um raio de até 5Km, contrariando o que se faz na maioria dos países, a exemplo do Japão, onde a área de exclusão é de 20Km.”

Fonte: Greenpeace

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“De tanto postergar o essencial em nome da urgência, termina-se por esquecer a urgência do essencial.” Hadj Garm'Orin

Apresentação

O Centro de Estudos Ambientais (CEA) é a primeira ONG ecológica da região sul, constituída em Rio Grande/RS/Brasil, em julho de 1983.

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