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por Najla Passos, da Carta Maior

A mineradora brasileira Vale foi eleita a pior empresa do mundo pelo Publics Eye Awards, prêmio organizado anualmente pelas organizações internacionais Greenpeace, da área ambiental, e Declaração de Berna, da área social, para constranger corporações responsáveis por crimes sociais e ambientais. Com 25 mil votos de internautas, desbancou até mesmo a japonesa Tepco, responsável pelas usinas nucleares de Fukushima, que ficou em segundo lugar, com 800 votos a menos.

O anúncio oficial foi feito nesta sexta-feira (27), em Davos, na Suíça, onde acontece o Fórum Econômico Mundial. Em Porto Alegre, onde acontece uma versão temática do Fórum Social, uma espécie de anti-Davos, entidades responsáveis pelo lançamento da candidatura da Vale comemoraram o resultado e reforçaram as denúncias sobre a atuação devastadora da empresa.

“A Vale foi roubada do povo brasileiro durante o governo de FHC e entregue praticamente de graça ao mercado. Ainda hoje recebe financiamento público, via BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], para levar devastação ambiental e degradação social onde quer que ela atue”, disse Alexandre Conceição, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

De acordo com ele, a empresa é responsável pela devastação da Amazonia, pela alta incidência de trabalho escravo e infantil, principalmente na cadeia do carvão, e pelo aumento da violência no campo. “A Vale sempre recorre à repressão policial para intimidar os moradores a não se rebelarem contra ela, e ainda utiliza milícias armadas”, afirmou.

Coordenador do Movimento Justiça nos Trilhos, o Padre Dário Bossi afirmou que o Projeto Grande Carajás, que atinge áreas de três estados (Tocantins, Maranhão e Pará), impacta fortemente a vida de ribeirinhos e indígenas, que padecem com problemas de saúde provocados pela atividade de exploração, contaminação da água e devastação ambiental.

“Nós acompanhamos 6,5 mil famílias que vivem no entorno dos trilhos por onde escoa a produção de minério da empresa. Há comunidades onde 59% da população sofrem permanentemente de febres causadas por doenças respiratórias”, disse.

Além disso, há as mortes e mutilações na linha de ferro. “O maior trem do mundo, com 400 vagões, transporta, por dia, 50 milhões de reais em ferro. Por isso, não pode parar. Atropela, em média, uma pessoa por mês, sem contar animais de criação, devido a falta de medidas de proteção. Mas as famílias afetadas jamais conseguiram receber as merecidas indenizações”.

Segundo ele, em Minas Gerais, a exploração da mina Capão Xavier ameaça o abastecimento de água de cinco milhões de pessoas da região metropolitana de Belo Horizonte. “No Espírito Santo, faz lobby pelo não reconhecimento de populações indígenas, para poder continuar a explorar terras que já deveriam ter sido demarcadas”, acrescenta ele.

No Pará, a grande denúncia está relacionada à participação da empresa no consórcio Norte Energia, do qual detém 9% das ações. “O Consórcio subestima os impactos sociais e ambientais da construção da hidrelétrica de Belo Monte para baratear o projeto. E isso afeta um número ainda maior de pessoas, além da natureza”, afirma Brent Milikan, representante da International Rivers.

Lúcia Ortiz, coordenadora do Núcleo Amigos da Terra no Brasil, relata que, em Sepetiba, no Rio de Janeiro, a empresa está construindo a maior siderúrgica do mundo, que vai aumentar a emissão de gases estufas do estado em 76%. “Apesar de todos os crimes ambientais cometidos, a Vale reforça uma política de marketing ambiental e ainda lucra com a venda de créditos de carbono”.

Os responsáveis pela inscrição da Vale no prêmio não informaram quando a empresa receberá o trofeu de pior empresa do mundo, que será despachado da Suíça para o Brasil. Concorreram 40 empresas de todo o mundo.

Privatizada em 1997 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante a onda tucana de entreguismo do patrimônio público brasileiro, a Vale é, hoje, a maior corporação de minério de ferro do mundo e atua em projetos de grande impacto socioambiental em 38 países. No Brasil, controla a maior mina do planeta, no Maranhão, e é a maior acionista privada da Norte Energia, o consórcio responsável pela construção da polêmica hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

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https://i0.wp.com/www.publiceye.ch/media/medialibrary/2011/12/vale-spoof-2012-small.jpgVale vence o Public Eye Awards, prêmio de pior empresa do mundo

Após 21 dias de acirrada disputa, a mineradora brasileira Vale foi eleita, nesta quinta, 26, a pior corporação do mundo no Public Eye Awards, conhecido como o “Nobel” da vergonha corporativa mundial. Criado em 2000, o Public Eye é concedido anualmente à empresa vencedora, escolhida por voto popular em função de problemas ambientais, sociais e trabalhistas, durante o Fórum Econômico Mundial, na cidade suíça de Davos.

Este ano, a Vale concorreu com as empresas Barclays, Freeport, Samsung, Syngenta e Tepco. Nos últimos dias da votação, a Vale e a japonesa Tepco, responsável pelo desastre nuclear de Fukushima, se revesaram no primeiro lugar da disputa, vencida com 25.041 votos pela mineradora brasileira.

De acordo com as entidades que indicaram a Vale para o Public Eye Award 2012 – a  Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale (International Network of People Affected by Vale), representada pela organização brasileira Rede Justiça nos Trilhos, e as ONGs Amazon Watch e International Rivers, parceiras do Movimento Xingu Vivo para Sempre, que luta contra a usina de Belo Monte -, o fato de a Vale ser uma multinacional presente em 38 países e com impactos espalhados pelo mundo, ampliou o número de votantes. Já para os organizadores do prêmio, Greenpeace Suíça e Declaração de Berna, a entrada da empresa, em meados de 2010, no Consórcio Norte Energia SA, empreendimento responsável pela construção de Belo Monte, foi um fator determinante para a sua inclusão na lista das seis finalistas do Public Eye deste ano.

A vitória da Vale foi comemorada no Brasil por dezenas de organizações que atuam em regiões afetadas pela Vale. “Para as milhares de pessoas, no Brasil e no mundo, que sofrem com os desmandos desta multinacional, que foram desalojadas, perderam casas e terras, que tiveram amigos e parentes mortos nos trilhos da ferrovia Carajás, que sofreram perseguição política, que foram ameaçadas por capangas e pistoleiros, que ficaram doentes, tiveram filhos e filhas explorados (as), foram demitidas, sofrem com péssimas condições de trabalho e remuneração, e tantos outros impactos, conceder à Vale o título de pior corporação do mundo é muito mais que vencer um prêmio. É a chance de expor aos olhos do planeta seus sofrimentos, e trazer centenas de novos atores e forças para a luta pelos seus direitos e contra os desmandos cometidos pela empresa”, afirmaram as entidades que encabeçaram a campanha contra a mineradora. Em um hotsite (http://xinguvivo.org.br/votevale/) criado para divulgar a candidatura da Vale, forma listados alguns dos principais problemas de empreendimentos da empresa no Brasil e no exterior.

Fonte: http://amigosdaterrabrasil.wordpress.com/2012/01/27/vale-vence-o-public-eye-awards-premio-de-pior-empresa-do-mundo/

Enquanto revistas do mundo corporativo fazem seus anuários das melhores empresas pra trabalhar (onde certamente as https://centrodeestudosambientais.files.wordpress.com/2012/01/novologodavale.jpg?w=300empresas aqui embaixo devem aparecer no ranking), ecologistas também elegem as piores empresas do Mundo. Adivinha quem figura entre elas, a brasileiríssima Vale. Sim, a Vale (aquela das propagandas bélissimas de TV) está lá por conta da sua participação majoritária no consórcio para construção do Complexo Belo Monte na Amazônia.

No site “Public Eye Awards”, é possível conferir o “top six” das piores empresas do mundo para a questão social e ambiental.  Além disso é uma forma de fazer um contraponto ao anuário publicado pelo World Economic Forum (WEF) em Davos, que acontecerá agora em janeiro.

Conheça as candidatas:

  • Barclays (Banco Inglês)
  • Freeport (empresa de mineração americana que mata ou tortura quem a denuncia)
  • Samsung  (que utiliza em suas fábricas, substâncias proibidas e altamente tóxico sem informar e proteger os seus trabalhadores, muito menos seus consumidores)
  • Syngenta  (mesmo com herbicida Paraquat banido na Europa, segue produzindo-o para os viventes do Sul)
  • TEPCO  (Energia Nuclear do Japão)
  • Vale (Brasil)

Entre no site e vote na sua odiada favorita!

 Japoneses saem às ruas de Tóquio para protestar contra as usinas nucleares neste domingo, quando completam seis meses do terremoto seguido de tsunami. Foto: AFP

Japoneses saem às ruas de Tóquio para protestar contra as usinas nucleares neste domingo, quando completam seis meses do terremoto seguido de tsunami. Foto: AFP

Aos gritos de “nuclear não”, milhares de pessoas pediram neste domingo em Tóquio ao governo japonês o fechamento de todos os reatores atômicos do país, no dia em que completa seis meses da luta para controlar a usina nuclear de Fukushima.

O tsunami que assolou o nordeste japonês em 11 de março provocou nessa planta o pior acidente nuclear em 25 anos, o que obrigou a remoção em massa de mais de 80 mil famílias e mantém 80% dos reatores do arquipélago paralisados.

“A radioatividade não tem fronteiras”, “Do Japão ao mundo: Perdão!” e “Energia atômica, não obrigada” foram alguns dos slogans que se repetiram neste domingo em frente ao Ministério da Indústria na capital, que abriga também a sede da Agência para a Segurança Nuclear do Japão.

Em meio a um forte esquema de vigilância policial, 3 mil pessoas formaram uma rede humana que ordenadamente cercou o prédio e que, em um ambiente entre indignado e de lembrança, pediu em coro e com cânticos levar aos tribunais os responsáveis pela crise e o fechamento definitivo de todas as plantas nucleares do Japão.

As mesmas mensagens se repetiram em outras manifestações na capital japonesa, como no bairro de Shinjuku e o popular parque de Yoyogi, onde ocorrem os atos de homenagem aos quase 20 mil mortos e desaparecidos pela catástrofe de março.

Seis meses depois, mais de 3 mil pessoas trabalham ainda na central de Fukushima para tentar levar os reatores a uma parada fria, enquanto continua interrompida uma área de 20 quilômetros em torno da central e alguns pontos de áreas mais afastadas.

No restante da província persiste ainda o sentimento de medo da radioatividade: embora as pessoas continuem em suas casas, um terço dos cidadãos de Fukushima desejaria mudar, mas não o fazem pelos problemas e custos que isso acarretaria, segundo uma pesquisa conjunta do jornal Asahi, a agência Kyodo e várias TVs locais.

“Temos de encontrar outras fontes de energia e conseguir que todas as usinas nucleares do Japão sejam fechadas já, não daqui a 50 anos”, sublinhava à Agência Efe Akira Kosuge, um dos manifestantes que estava em frente à sede da polêmica Agência de Segurança Nuclear.

“Por que nós japoneses não aprendemos com Chernobyl?”, acrescentou, enquanto exibia uma grande fotografia que mostrava uma mãe chorando por seu filho durante o desastre.

Desde o início da crise, a elétrica TEPCO, operadora de Fukushima, ressaltou a diferença com Chernobyl e insistiu em que os acidentes ocorreram de forma diferente e em reatores de tecnologia diferente, embora os dois tenham sido classificados no nível 7 de máxima gravidade na escala internacional de acidentes nucleares.

Neste domingo, o presidente da TEPCO, Toshio Nishizawa, pediu novamente desculpas “aos moradores que vivem no entorno da central, a Fukushima e a todo o Japão” pelo acidente e insistiu em que a companhia se esforça “para que os refugiados possam retornar para suas casas o mais rápido possível”.

Segundo a televisão pública NHK, na central estão acumuladas ainda 100 mil toneladas de água contaminada e o desafio é conseguir resfriamento estável dos reatores, sem que aumente o volume de líquido até janeiro de 2012.

A situação em Fukushima provocou o fechamento de boa parte dos reatores nucleares do Japão desde 11 de março, parte por questão de segurança e outra por causa de revisões rotineiras, sem que por enquanto exista um sinal verde para reativar nenhum deles.

Atualmente, somente 11 dos 54 reatores do país estão em funcionamento e, se não forem colocados em andamento nenhum dos paralisados por inspeções, até o primeiro semestre do próximo ano todos estarão parados.

No entanto, e apesar dos pedidos dos movimentos contrários a energia nuclear, nesta semana 15 deles começaram a ser submetidos a testes de resistência exigidos pelo governo, por isso que não está descartada a reativação nos próximos meses.

Fonte: Terra

Um grau de radioatividade “fatal para os seres humanos” foi detectado perto do sistema de ventilação entre dois reatores da central nuclear japonesa de Fukushima, segundo a empresa responsável pelo seu funcionamento. Embora a empresa afirme que as leituras não dificultarão seu objetivo de estabilizar os reatores de Fukushima até janeiro, os especialistas questionam que a segurança dos trabalhadores estará em perigo se a Tepco priorizar o cumprimento dos prazos acima dos riscos de radiação.

Mais de quatro meses depois do acidente nuclear ocorrido nessa central em consequência do terremoto e posterior tsunami de 11 de março, foram registados níveis recordes de radioatividade.

A Companhia de Energia Elétrica Tóquio (Tepco) informou que contadores Geiger – aparelhos manuais usados para medir a radiação – registaram, no dia 1º, a leitura mais alta possível na central. A radiação excede os dez sieverts por hora no fundo de uma coluna de ventilação localizada entre dois reatores, informou a companhia. Aela Callan, da rede de televisão Al Jazeera, informou, da cidade de Ibaraki, que a radiação registrada era “fatal para os seres humanos”, mas que se restringia ao local da central atômica. Entretanto, ontem os cientistas fizeram novos testes.

“As autoridades trabalham com a teoria de que a radioatividade procede das explosões iniciais de hidrogênio que vimos na central nos dias posteriores ao terramoto e ao tsunami”, disse Callan. “Agora, parece mais provável que esta área tenha este grau de radioatividade desde o terremoto e o tsunami sem que ninguém tivesse dado conta disso até o momento”, acrescentou.

A Tepco informou ontem que encontrou outro ponto no próprio sistema de ventilação onde a radiação superava os dez sievers por hora, um registo que poderia causar incapacidade ou morte com apenas segundos de exposição. A empresa usou equipamentos para medir a radiação à distância e não conseguiu assegurar o nível exato, porque a leitura máxima alcançada pelo aparelho é de dez sieverts. Embora a empresa afirme que as leituras não dificultarão seu objetivo de estabilizar os reatores de Fukushima até janeiro, os especialistas questionam que a segurança dos trabalhadores estará em perigo se a Tepco priorizar o cumprimento dos prazos acima dos riscos de radiação.

“O vazamento de radiação na central pode ter sido controlado ou reduzido, mas não selado completamente”, afirmou Kenji Sumita, professor da Universidade de Osaka que se especializa em engenharia nuclear. É provável que se continue encontrando mais pontos de alta radiação, acrescentou. “Considerando isto, não deveria haver pressa para as tarefas de recuperação na usina para cumprir prazos e objetivos, já que isso colocaria em perigo os trabalhadores”, disse Sumita. “Passamos a fase imediata da crise e devem ser permitidos alguns atrasos”, ressaltou.

Os trabalhadores da central de Fukushima só podem se expor a 250 milisieverts de radiação por ano. A Tepco, que fornece eletricidade a Tóquio e áreas vizinhas, disse não ter detectado um grave aumento na radiação geral do complexo. “A elevada dose foi descoberta numa área que não serve de obstáculo aos esforços de recuperação da central”, disse ontem Junichi Matsumoto, um porta-voz da companhia.

Embora ainda investigue o caso, a Tepco disse que os pontos de alta radiação podem ter origem nos escombros que ficaram após as ações de emergência realizadas dias após o terremoto e o tsunami de 11 de março.

FOnte: Esquerda.net/CartaMaior

O novo ministro do Comércio do Japão, Yoshio Hachiro, renunciou neste sábado, após gafes cometidas durante uma visita aos arredores da usina nuclear de Fukushima, na quinta-feira.

O ministro chamou a região, afetada por um terremoto seguido de tsunami meses atrás – que provocou vazamentos radioativos na usina -, de “cidade fantasma”, segundo a imprensa local.

Ele também teria encostado em um repórter e dito a ele, em tom de brincadeira: “Vou te passar radiação”.

Os comentários foram interpretados como insensíveis e desencadearam pedidos de renúncia por parte da oposição.

O próprio primeiro-ministro, Yoshuhiko Noda, que indicou Hachiro, opinou que os comentários foram inapropriados.

Fonte: BBCBrasil 

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Frase

“De tanto postergar o essencial em nome da urgência, termina-se por esquecer a urgência do essencial.” Hadj Garm'Orin

Apresentação

O Centro de Estudos Ambientais (CEA) é a primeira ONG ecológica da região sul, constituída em Rio Grande/RS/Brasil, em julho de 1983.

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