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Noam Chomsky: Como é tentar sobreviver na maior prisão a céu aberto do mundo
novembro 26, 2012 in Direitos Humanos | Tags: 2012 in Direitos Humanos | Tags: Conflito Palestina e Israel, Conflito Armado, Direitos Humanos, Eduardo Galeano, EUA, Faixa de Gaza, Forum Social Palestina Livre, Free Palestina, Gaza, guerra, Israel, Judeus, militarização, Noam Chomsky, novembro 26, Palestina, Palestine, terrorismo | Deixe um comentário
Impressões de uma visita a Gaza
Na Faixa de Gaza, a área de maior densidade populacional do planeta, um milhão e meio de pessoas estão constantemente sujeitas a eventuais e amiúde ferozes e arbitrárias punições, cujo propósito não é senão humilhar e rebaixar a população palestina e ulteriormente garantir tanto o esmagamento das esperanças de um futuro decente quanto a nulidade do vasto apoio internacional para um acordo diplomático que sancione o direito a essas esperanças. O artigo é de Noam Chomsky.
Noam Chomsky, em Carta Maior
Uma noite encarcerado é o bastante para que se conheça o sabor de estar sob total controle de uma força externa. E dificilmente demora mais de um dia em Gaza para que se comece a perceber como é tentar sobreviver na maior prisão a céu aberto do mundo. Na Faixa de Gaza, a área de maior densidade populacional do planeta, um milhão e meio de pessoas estão constantemente sujeitas a eventuais e amiúde ferozes e arbitrárias punições, cujo propósito não é senão humilhar e rebaixar a população palestina e ulteriormente garantir tanto o esmagamento das esperanças de um futuro decente quanto a nulidade do vasto apoio internacional para um acordo diplomático que sancione o direito a essas esperanças.
O comprometimento a isso por parte das lideranças políticas israelenses foi ilustrado expressivamente nos últimos dias, quando eles advertiram que ‘enlouqueceriam’ se os direitos palestinos fossem reconhecidos, mesmo que limitadamente pela ONU. Essa postura não é nova. A ameaça de ‘enlouquecer’ (‘nishtagea’) tem raízes profundas, lá nos governos trabalhistas dos anos 1950 e em seus respectivos “complexos de Sansão”: “se nos contrariarem, implodimos as paredes do Templo à nossa volta”. À época, essa ameaça era inútil; hoje não é mais.
A humilhação deliberada também não é nova, apesar de adquirir novas formas constantemente. Há trinta anos, líderes políticos, inclusive alguns dos mais notórios ‘falcões’ (sionistas mais conservadores), apresentaram ao primeiro-ministro um relato detalhado de como colonos regularmente violavam palestinos da forma mais vil e com total impunidade. A proeminente analista Yoram Peri notou com repugnância que a tarefa do exército não é a de defender o Estado, mas de “acabar com os direitos de pessoas inocentes somente porque são araboushim (uma ofensa racial) vivendo numa terra que Deus nos prometeu”.
O povo de Gaza foi selecionado para punições particularmente cruéis. É quase miraculoso que eles suportem tal existência. Raja Shehadeh descreveu como eles o fazem num eloquente livro de memórias, A Terceira Via, escrito há 30 anos. O texto relata seu trabalho como advogado empenhado na tarefa de tentar proteger direitos elementares num sistema legal feito para ser insuficiente, além de sua experiência como um resistente que vê sua casa tornar-se uma prisão por ocupantes violentos e nada pode fazer além de “aguentar”.
Eduardo Galeano: “Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?”
novembro 26, 2012 in Direitos Humanos | Tags: Conflito Palestina e Israel, Direitos Humanos, Eduardo Galeano, EUA, Faixa de Gaza, Forum Social Palestina Livre, Free Palestina, Gaza, guerra, Israel, militarização, Palestina, Palestine, terrorismo | Deixe um comentário
por Eduardo Galeano, em Pragmatismo político, via Agência Alba
Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.
São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina.
Já resta pouca Palestina. Passo a passo, Israel está apagando-a do mapa. Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam a pilhagem, em legítima defesa.
Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel devorou outro pedaço da Palestina, e os almoços seguem. O apetite devorador se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita.
Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros.
Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente o País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pôde arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?
O exército israelense, o mais moderno e sofisticado mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças. E somam aos milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica.
E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense. Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto quanto cem vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a acreditar que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki.
A chamada “comunidade internacional”, existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos adotam quando fazem teatro?
Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial se ilumina uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade.
Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos. A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama alguma que outra lágrima, enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caçada de judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinas, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antissemitas. Eles estão pagando, com sangue constante e sonoro, uma conta alheia.
Waters no Brasil: além de mensagens ecológicas, a defesa do Estado Laico
abril 8, 2012 in Direito Ambiental, Educação Ambiental (EA) | Tags: Brasil, Cíntia Barenho, Código Florestal, David Gilmor, Deforestation, Desmatamento, Direitos Humanos, Educação Ambiental, estado laico, Flexibilização Ambiental, guerra, laicicidade do estado, luta anti-capitalista, música, Pink Floyd, Roger Waters, The wall, turnê Brasil, vídeo, Youtube | Deixe um comentário
A passagem de Roger Waters, a “alma” do Pink Floyd, pelo Brasil evidenciou o seu conhecimento e engajamento às lutas sociais e ambientais/ecológicas da sociedade brasielira. As críticas da ONGs ambientalistas/ecologistas quanto à flexibilização do Código Florestal estavam presentes – “O novo código florestal vai matar o Brasil – no tradicional porco gigante, que é jogado na platéia. Sua crítica aos diferentes “ismos” impostos como “verdades” também estava expressa na frase – “Brasil é um país laico”. O debate da laicidade do Estado está em evidência no RS, uma vez que os movimentos sociais locais, especialmente feministas e LGBT, conquistaram junto ao Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) a retirada dos símbolos religiosos das dependências da Justiça gaúcha. Inclusive nós, do CEA, aderimos à Carta do RS pelos Direitos Laicos.
Enfim, Waters tocou e cantou as clássicas The Wall, o décimo primeiro disco do rock progressivo do Pink Floyd e demonstrou seu engajamento com uma política progressista (que não é aquela do PP).
Abaixo sugerimos a música “Comfortably Numb” com David Gilmor. Vale a pena conferir nesse domingo de páscoa, seja para laicos e não laicos…
“A criança cresceuO sonho se foiE eu me torneiConfortavelmente entorpecido”
Se gostas de rock progressivo e/ou queres conferir o espetáculo que é a Ópera Rock The Wall, assista abaixo a turnê realizada em Londres/2011.
Fonte: Diário do Grande ABC e CEA
What´s go on
outubro 23, 2011 in Direitos Humanos, Educação Ambiental (EA) | Tags: boa música, Educação Ambiental, guerra, Justiça, Justiça Social, música, música engajada, Mundo, music, Protesto, U2, vídeo, What´s go on, Youtube | Deixe um comentário
Movimentos fazem ato contra imperialismo no domingo
março 19, 2011 in Capitalismo: Consumo e Novas Tecnologias, Direitos Humanos, Luta Ecológica | Tags: #obamagohome, ALCA, Barack Obama, bloqueio a Cuba, Capitalismo: Consumo e Novas Tecnologias, cinelandia, criminalização dos movimentos sociais, Estados Unidos da América (EUA), EUA, Globalização, guerra, lutas socias, Movimentos Sociais, Obama, petróleo, Políticas Imperialistas, pré-sal, presidente dos EUA, reservas do Pré-sal | Deixe um comentário
Será que essa turma também não quer que mexam no pré-sal?Acho que não, mas fica a dica do manifesto.
Para nós do CEA fica a pergunta: porque esgotar todas as reservas de petróleo existentes na face da terra? Se “gostam” tanto daquele tal de desenvolvimento sustentável, está na hora de lembrar das futuras gerações que possivelmente não conhecerão o tal líquido precioso e preto.
Obama, volte para casa!
20 de março, Dia Anti-imperialista de Solidariedade aos Povos em Luta. Obama, tire as garras do Pré-sal!
Principal representante das políticas imperialistas e das guerras contra os povos oprimidos de todo o mundo, o presidente dos EUA chega ao Brasil para falar de “democracia e inclusão social”. Apoiado por um mega show, vai se dirigir ao povo brasileiro utilizando como palco um símbolo das lutas populares, até então cenário exclusivo de grandes manifestações contra ditaduras e em respeito aos direitos humanos: a Cinelândia, no Rio.
O presidente dos EUA fala em direitos humanos, mas traiu uma de suas principais promessas de campanha, ao manter a prisão de Guantánamo, onde estão milhares de pessoas em condições desumanas e sob tortura, sem direito a um julgamento justo: no último dia 7, Obama revogou seu próprio decreto, permitindo que os presos de Guantánamo continuem a ser julgados por tribunais militares.
O presidente dos EUA fala em democracia e paz, mas apoiou o Golpe Militar em Honduras, mantém tropas no Iraque e no Afeganistão, mantém o bloqueio a Cuba e se arroga no direito de intervir militarmente em qualquer região do Planeta. Dá apoio à política terrorista de Israel enquanto sustenta as ditaduras monarquistas do Oriente Médio, calando-se frente à bárbara repressão às revoltas populares no Bahrein e na Arábia Saudita. O governo brasileiro se aproxima de tal postura ao manter a ocupação militar do Haiti, já castigado pela miséria do modelo neoliberal e refém de séculos de dominação imperialista. Depois do terremoto que devastou o país ano passado, os EUA enviaram marines e ocuparam militarmente parte do território haitiano, atrasando a chegada de ajuda humanitária.
A pretexto de “combater o terrorismo”, os Estados Unidos seguem e exportam políticas que criminalizam movimentos sociais, como fica claro nesta visita ao Rio de Janeiro: o que dizer do grande cerco que está montado, para impedir que os nacionalistas e anti-imperialistas se pronunciem contra as guerras e a entrega das riquezas nacionais aos estrangeiros, durante a visita de Obama?
Enquanto fala de paz, inclusão e direitos humanos no Brasil, o presidente dos Estados está prestes a provocar uma nova guerra, invadindo a Líbia. Ora, a Líbia está entre as maiores economia petrolíferas do mundo. A “Operação Líbia” pouco se importa com a repressão e o bombardeio à revolta popular líbia perpetrada por seu anacrônico governo. É parte de uma agenda militar no Médio Oriente e na Ásia Central, que almeja controlar mais de 60 por cento das reservas mundiais de petróleo e gás natural.
65 anos da Bomba Nuclear
agosto 7, 2010 in Blog do CEA | Tags: Ana Carolina Martins da Silva, Bomba nuclear, Estados Unidos da América (EUA), fissão nuclear, guerra, Hiroshima, Japão, lixo atômico, Nagasaki, WAR | 1 comentário
Poema antropofágico de amor
Eles não se cansam.
Eles não descansam.
Eles – os da guerra – estão sempre em pé.
Nós bebemos.
Rimos.
Fumamos sonhos, deitamos no chão e contamos as estrelas.
Eles usam drogas pesadas, calculadas para evitar dispersão.
Eles não cansam e não descansam.
Eles estão sempre no mar, no ar, com o fuzil e o radar.
Nós fazemos artesanato com folhinhas, pedrinhas, resto de pano velho.
Protegemos a alma das alfaces.
Dizemos que procuramos nosso eu,
Bebemos chás, falamos esperanto, deitamos no chão e contamos as estrelas.
Eles têm as estrelas contadas, sabem quantas e onde estão.
Eles tomam anabolizantes.
Eles não se cansam. Não descansam. Estão no céu, além do céu, em todo o lugar.
Nós queremos nos esconder no mato,
e ser caule e raiz
e ser criança e ser feliz.
Eles estão com o mato mapeado no Google earth,
mataram Michael Peter Pan,
violaram a biodiversidade,
amordaçaram as latino-americanidades
e tudo o que se quis.
Nós dizemos – Não à energia Nuclear – eles se deitam com ela, fazem filho nela,
Guardam o lixo atômico em lagoas próximas do mar.
Eles não cansam e não descansam.
Eles ganham os companheiros da gente.
Eles estão fazendo exercícios em torno da Coréia,
enquanto pensamos emocionados na estréia
Do Avatar.
Nós – os do amor – seremos os responsáveis pelo próximo holocausto nuclear.
Ana Carolina Martins da Silva
06/08/2010
Aniversário de 65 anos da Bomba H
Veja algumas fotos dessa tragédia AQUI
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