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Aqui no RS ainda não se fez tais análises…

A prestação de contas dos candidatos que disputaram as eleições majoritárias e proporcionais deste ano comprova a prática habitual de financiamento de campanha por empresas poluidoras a políticos no Espírito Santo. Assim como em eleições anteriores, a ex-Aracruz Celulose (Fibria) foi a líder de doações, figurando na declaração de 26 candidatos, o correspondente a R$ 1.570.000.

A ArcelorMittal aparece logo atrás, por ter destinado recurso a 22 candidatos, mas em valor um pouco mais alto, R$ 1.595.000. A transnacional Vale e a Samarco Mineração, ao contrário dos anos anteriores, não aparecem no balanço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O governador eleito Renato Casagrande (PSB) foi um dos principais beneficiários dessas doações. Ele recebeu duas doações da ex-Aracruz, somando R$ 250 mil, e mais duas da ArcelorMittal, totalizando R$ 500 mil. O senador eleito pela mesma coligação, Ricardo Ferraço (PMDB), recebeu R$ 150 mil da ex-Aracruz e R$ 170 mil da siderúrgica.

O candidato derrotado ao governo do Estado, deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que durante sua campanha fez coro ao discurso das poluidoras, atacando o Movimento dos Sem Terra (MST), além de índios e quilombolas, não ficou muito atrás. Angariou R$ 180 mil de financiamento da ex-Aracruz e R$ 100 mil da Arcelor. A candidata ao Senado do mesmo partido, Rita Camata, que também saiu derrotada do pleito, recebeu R$ 100 mil da ex-Aracruz e o mesmo valor da siderúrgica.

Já entre os deputados federais eleitos, o que mais recebeu dinheiro das duas poluidoras foi Lelo Coimbra (PMDB), com R$ 165 mil, seguido de César Colnago, do PSDB (R$ 150 mil); Audifax Barcelos, do PSB (R$ 110 mil); Sueli Vidigal e Carlos Manato, do PDT (R$ 100 mil e R$ 90 mil, respectivamente). O deputado estadual Paulo Foletto (PSB) recebeu doação apenas da Arcelor, no valor de R$ 70 mil. Já Jorge Silva, do PDT, levou da ex-Aracruz R$ 60 mil. O candidato derrotado Guilherme Lacerda (PT) também aparece na lista da ex-Aracruz, com R$ 100 mil, assim como Marcus Vicente (PP), que recebeu R$ 60 mil.

Na Assembleia Legislativa, também não faltaram candidatos que tiveram suas campanhas financiadas pelas poluidoras. O líder do governo na Casa, Paulo Roberto (PMN), derrotado nas urnas, saiu na frente na lista de deputados estaduais da ex-Aracruz, com R$ 110 mil. O presidente da Casa, Élcio Álvares (DEM) vem logo atrás, com R$ 50 mil, somados aos R$ 50 mil da Arcelor, totalizando R$ 100 mil. Da Vitória (PDT) também recebeu dinheiro das transnacionais, R$ 30 mil da primeira, e R$ 25 mil da siderúrgica.

O deputado estadual reeleito Atayde Armani (DEM), que em seu primeiro mandato liderou um movimento contra a titulação do território quilombola do norte do Estado, e faz coro aos interesses dos ruralistas, foi beneficiado com R$ 30 mil da ex-Aracruz. O mesmo valor receberam os deputados Luciano Pereira (DEM), Luzia Toledo (PMDB), Solange Lube (PMDB), Luciano Rezende (PPS), Rodrigo Chamoun (PSB), Eustáquio de Freitas (PSB) e Gildevan Fernandes (PV).

Já a ArcelorMittal compareceu na disputa à Assembleia também pelas mãos do deputado estadual Cláudio Vereza (PT), com R$ 30 mil; Marcelo Santos (PMDB), com R$ 20 mil; e Lúcia Dornelas (PT), com R$ 25 mil.

Entre os derrotados, ainda levaram dinheiro da ex-Aracruz os socialistas Jones Cavaglieri, vice-prefeito de Aracruz (norte do Estado), e Sargento Valter, com R$ 10 mil. Da Arcelor, o vice-prefeito de Cariacica, Juninho (PPS), R$ 25 mil, e o ex-presidente da Câmara do município Heliomar Costa Novais (PV), R$ 20 mil, assim como Bruno Lamas (PSB), Coronel Coutinho (PRP) e Cacau Lorenzoni (PP), todos com R$ 30 mil.

As doações de campanhas por empresas responsáveis pelos maiores problemas socioambientais do Espírito Santo não são ilegais, mas embutem sérios problemas, porque favorecem o comprometimento dos políticos com as transnacionais. Essa ligação justifica a ausência de debates na área ambiental durante toda a campanha eleitoral, tanto por candidatos das majoritárias quanto de candidatos a deputado federal e estadual.

A falta de regras para as doações também permite que as empresas despejem vultosas somas, sem qualquer critério objetivo – abrindo um leque de possibilidades dentro do jogo político. Por conta disso, o padrão dos repasses está estreitamente ligado ao arranjo produtivo local e impacto das atividades industriais.

Assim como este ano, as últimas eleições também foram marcadas pela presença das transnacionais em campanhas, principalmente aos candidatos apoiados pelo palácio Anchieta.

Fonte: Seculo Diario

Obviamente uma empresa com grande responsabilidade, para com seus trabalhadores, para com o meio ambiente.

O Sindicato dos Trabalhadores Químicos e Papeleiros do Estado (Sinticel) tenta, há cerca de um mês, um acordo salarial com a ex-Aracruz Celulose (atual Fibria), que propôs cortar benefícios dos trabalhadores em troca de um abono de R$ 2 mil. Os empregados não aceitam a proposta e a empresa é irredutível, dizendo que é a proposta final.

O presidente do Sinticel, Artur Duarte, diz que a empresa chamou o sindicato para uma mediação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). No entanto, não quis discutir os termos do acordo, e sim propor que o sindicato promovesse assembleias com os trabalhadores, na tentativa de fazê-los aceitar os termos da proposta. Na reunião, a data-base da categoria foi estendia até o dia 28 deste mês.

Artur não ficou satisfeito com a proposta e afirmou que vai consultar o departamento jurídico do sindicato para decidir se as assembleias vão acontecer. Afirmou, ainda, que durante o carnaval as assembleias dos turnos devem ser mantidas.

A transnacional insiste na proposta de um abono de R$ 2 mil em troca da redução dos benefícios com saúde, abono de férias e seguro de vida. A única modificação proposta pela sucessora da Aracruz foi não alterar o plano odontológico por três anos e só começar a cobrança pelo plano de saúde em 1 de julho, em vez de 1 de abril.

Desde que houve a fusão entre a Aracruz e a Votorantim Celulose e Papel (VCP), os trabalhadores acumularam diversos prejuízos, como perda de 150 postos de trabalho, depois da demissão de empregados, em abril de 2009.

Foi também extinta a gratificação em dinheiro para empregados a partir de dez anos e eliminou-se o ônibus do turno de Vitória, prejudicando diversos trabalhadores. E ainda extintos os planos de previdência privada da empresa e a aposentadoria vitalícia em caso de acidente e invalidez permanente.

O presidente do Sinticel acrescenta que a possibilidade de uma greve dos papeleiros não está descartada. Se for deflagrada, esta será a primeira paralisação da categoria. A atual diretoria do Sinticel, diferentemente de diretorias anteriores, não promove acordos que só beneficiem a empresa.

As antigas lideranças do sindicato costumavam tomar decisões que beneficiavam diretamente a empresa, em detrimento dos empregados. Ela foi responsável, inclusive, por promover violência contra índios, liderada pelo próprio presidente da época, Davi Gomes, em 2006.

(Por Lívia Francez, Século Diário, 16/02/2010)

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“De tanto postergar o essencial em nome da urgência, termina-se por esquecer a urgência do essencial.” Hadj Garm'Orin

Apresentação

O Centro de Estudos Ambientais (CEA) é a primeira ONG ecológica da região sul, constituída em Rio Grande/RS/Brasil, em julho de 1983.

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