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Abaixo-assinado para a construção da ciclovia na RS-734 pode ser assinada através da página: http://www.avaaz.org/po/petition/Construcao_de_Ciclovia_entre_o_balneario_Cassino_e_o_Centro_de_Rio_Grande_1/?cGDCNbb
Assinem e divulguem!!!!!
O CEA, que já realizou diversas ações voltadas para o uso da bicicleta como transporte menos poluente para o planeta, tendo de exemplo a elaboração de leis e campanhas de Educação Ambiental, como a “Pedalar da Preservar”, desenvolvida no início da década de 90, no Balneário do Cassino, apoia essa iniciativa para a construção da ciclovia.
Amanhã, domingo,(30\10), o Cassino tem duas programações de cunho ecológico:
Parque Urbano do Bolaxa
Roda de conversa sobre o Parque Urbano do Bolaxa, para Fins de Conservação, Educação Ambiental e Lazer no Município do Rio Grande, seguida de plantio de mudas nativas.
O objetivo é divulgar e conversar sobre o Parque, criado em junho de 2011, com o fim da coletividade se “apropriar do ambiente e participar da sua criação de forma mais direta”, conforme informa a organização do evento.
Será uma roda de conversa, seguida de uma atividade lúdica no local do Parque, com plantio e brincadeira.
Crianças são bem-vindas, bem como o mate, bola, pipa, água, piquenique, repelente, etc.
Local: Casa do estudante universitário (Bolaxa)
Data: Domingo, 30 de outubro de 2011
Horário: 15 horas
Informações: ronaldo@verso.com.br
Acesse: http://pro-vieira.blogspot.com
Bicicleata
As pessoas que celebram a “alegria de andar de bicicleta” vão se encontrar, as 18h, para pedalar, com vistas a formar uma “MASSA CRÍTICA”.
O movimento “pedalante” reivindica maiores espaços nas vias públicas para os transportes não motorizados, especialmente na ERS 734, estrada que, passando pelo Parque do Bolaxa, liga o Balneário do cassino ao centro da cidade do Rio Grande/RS, para qual “existe a urgência de uma ciclovia”.
Acesse: http://massacriticarg.wordpress.com/
Informações: diego8sm@gmail.com
Os eventos são dirigidos a todos os interessados.
Participe e divulgue.
FURG é exemplo de iniciativa em mobilidade
por Leandro Karam*
Em meio à crescente disseminação da bicicleta como meio de transporte e adoção da mesma no cotidiano das cidades, eis que tive uma agradável surpresa ao visitar recentemente a Fundação Universidade de Rio Grande (FURG). Logo na entrada verifiquei a existência de ciclovias que interligam as unidades do Campus Carreiros, o que já me chamou a atenção. Mas ao me aproximar do centro de convivência vi que também haviam paraciclos e bicicletários para que os usuários de bicicletas possam deixá-las estacionadas de forma segura.
A surpresa foi perceber dezenas de bicicletas estacionadas e disponíveis para o uso de estudantes e servidores gratuitamente, mediante a apresentação de um documento com foto que comprove o vínculo institucional. Desta forma, de segunda à sexta feira, das 8h às 17:30, elas estão disponíveis para utilização por até duas horas e devem ser retiradas e devolvidas na Divisão de Alojamento, Alimentação e Transporte Estudantil (DAATE) e registradas em livro de controle.
Ao retirá-las é entregue ao usuário um cadeado com chave e o banco das mesmas.
A circulação das bicicletas é permitida somente dentro do perímetro do Campus Carreiros e somente é permitida ao longo das CICLOVIAS existentes no Campus.
Mas, de fato, elas existem!
No entanto, de acordo com João C. Ferreira (DAATE), existem algumas arestas a serem reparadas. A contrução do bicicletário não contou com uma cobertura e isto tem causado prejuízos às bicicletas que ficam expostas às intempéries. Para minimizar o problema, algumas delas ficam guardadas em outro local enquanto não são utilizadas.
Apesar da necessidade de reparo a este serviço, a iniciativa demonstra o desejo de se ter um diferencial referente à mobilidade dentro da Universidade e certamente é um exemplo muito positivo a ser seguido por outras administrações, como prefeituras, escolas, empresas e centros comerciais.
Recentemente houve em Pelotas o encaminhamento de uma solicitação, por parte dos alunos do DCE da UFPel, de iniciativas que viabilizem segura e efetivamente aos alunos e servidores a utilização de bicicletas para transporte entre suas unidades espalhadas pela cidade. Esta atitude teria notável importância no que diz respeito ao tão frágil sistema de transporte, corriqueiramente problematizado e discutido.
É evidente que nem toda a comunidade universitária tem condições de adotar este hábito, mas é inquestionável que isto significaria um importante passo à frente na tentativa de incrementar o processo de mobilidade e, aos poucos, disseminar o desenvolvimento de um transporte limpo e saudável em Pelotas, cidade que apresenta todo o potencial para o desenvolvimento da cultura das magrelas no dia-a-dia. Talvez, por isso não representar possibilidades de lucro direto por parte da gestão pública e de empresas conveniadas ou politicamente comprometidas, estas iniciativas estão demorando tanto a acontecer. Mas é perceptível, ao observar a cidade, que a bike é um meio de transporte amplamente usado e isto confere somente benefícios à população, pois as ruas estreitas e o excesso de automóveis só tem trazido congestionamento, poluição, barulho e muito, mas muito estresse.
Sendo assim, torna-se clara como a luz do sol que o gestor público que tomar uma atitude EFICAZ neste sentido, ganhará a aprovação da população e, consequente, muitos votos também.
*Leandro Karam é professor, músico, ciclista e colaborador do CEA
Um mês após o ato criminoso contra o Massa Crítica de POA, nessa sexta 25/03 tem mais uma bicicletada, como tradicionalmente acontece na última sexta-feira de cada mês, pós 18:30h.
Nesta sexta-feira, como de costume, é dia de Massa Crítica. Precisamos fazer dessa a maior Massa Crítica de todas. Convide suas amigas e amigos e vamos levar mais de 1000 bicicletas às ruas de Porto Alegre. Vamos encher as ruas de alegria, gentileza e vida!
Obs: A Massa Crítica acontece mesmo se estiver chovendo!
Fonte: MassaCriticaPOA
A foto abaixo acima representa uma raridade em Pelotas. Alguns podem interpelar com o seguinte argumento: “mas em Pelotas o que mais tem é gente que anda de bicicleta”!!! Pois bem, corretíssimo. A cidade de Pelotas conta com mais de 20 mil usuários de bicicleta e apresenta uma topografia totalmente favorável esta prática de forma confortável e eficiente, além de ser positiva para a qualidade de vida da população, por ser ecológica, saudável, silenciosa, não ocupar tanto espaço quanto os automóveis e outras tantas.
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Podemos visualizar a ausência de conexão entre as vias para ciclistas. Fonte: http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/SA/SA_00073.pdf
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Alguns artigos relacionados ao uso da bicicleta
- CAPÍTULO II – DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
- Art. 21
- Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
- II – planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
- Art. 24
- Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
- II – planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas:
- Art. 21
- CAPÍTULO III – DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
- Art. 29
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O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
- § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
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- Art. 58:
- Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos das pista de rolamento, no mesmo sentido da circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
- Art. 29
Podemos perceber que esta realidade que convivemos não se dá por falta de Leis apropriadas, pois as temos e elas foram elaboradas até mesmo de forma EXEMPLAR!!!!
Só depende de vontade!!! Continuemos cada um buscando fazer a sua parte, sempre!!!
Ontem em Pelotas centenas de pessoas reuniram-se para pedalar pela paz no Trâsito, pelo direito de ir e vir dos ciclistas, por mais ciclovias/ciclofaixas.
Para nós do CEA a política de mobilidade urbana deve atender de fato as diferentes formas possíveis, preferencialmente sustentáveis, de mobilidade. Mas o que vemos é uma priorização dos automóveis sobre o transporte coletivo, sobre as bicicletas e até mesmo sobre os pedestres…Alguém tem visto faixas de segurança nas ruas de pelotas?
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Ciclistas protestam em Porto Alegre contra o bancário Ricardo Neis, 47, responsável pelo atropelamento de várias pessoas na sexta-feira durante um passeio ciclístico chamado “Massa Crítica”, que defende o uso de bicicletas no trânsito; Neis foi internado em clínica psiquiátrica nesta terça-feira (fotos de Jefferson Bernardes/UOL)
“Atropelou,foi por querer eu quero ver o que a justiça vai fazer!”
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É inacreditável o que aconteceu durante a marcha dos ciclistas em Porto Alegre, no final da tarde da última sexta-feira (25/02). Inacreditável mas, infelizmente, real.
Em qualquer país sério do mundo um episódio bárbaro desses teria repercussão muito maior, merecendo resposta mais adequada dos órgãos públicos competentes; que não apenas declarações de um Delegado de Polícia tentando justificar uma atitude boçal; colocando no mesmo patamar agressor e vítimas, sem nem ao menos ter ouvido qualquer uma das partes.
O mais lamentável de tudo é que tal Delegado – absolutamente sem noção – é justamente o responsável pela delegacia que investiga delitos de trânsito; pelo que se pode até entender as razões pelas quais crimes desse tipo acabam sendo tratados de forma, muitas vezes, tão benevolente; o que só acaba por incentivar o massacre cotidiano que vivenciamos nas ruas e estradas deste Estado e do país.
Ao fazer um juízo de valor totalmente antecipado, e que desqualifica qualquer investigação séria, o Delegado Titular da Delegacia de Delitos de Trânsito de Porto Alegre certamente deve ter se identificado com o condutor do automóvel; que se julgou no direito de atropelar dezenas de pessoas, pelo simples fato de que elas estavam “atravancando” seu caminho, na hora e no momento errado. Naquele momento, era ele, o motorista, em sua pressa, investido do papel de Deus e a máquina que dirigia, covarde e irresponsavelmente. Nada mais importava.
Ainda que possamos dar ao motorista o benefício da dúvida; uma vez que ele alega ter agido em legítima defesa, ao ser agredido antes por alguns dos integrantes da marcha, e que estava ao seu lado, no veículo, seu filho menor de idade – aliás, que belo exemplo um pai dá ao filho com uma atitude dessas -; nada pode justificar um revide com tamanha violência. E cabe à autoridade policial conduzir o inquérito com um mínimo de isenção, ou se afastar dele, dando-se por impedido.
Nada explica, convincentemente, que um agente público, investido do poder de polícia, se coloque desde o primeiro momento de forma tão vergonhosamente parcial ao lado de alguém que, dolosamente, atentou contra a vida de dezenas de outras pessoas. Sim, dolosamente, pois as imagens e os depoimentos que vimos e ouvimos até agora só nos permite ter a percepção de que estamos diante de tentativa de homicídio, e não apenas de lesões corporais, como já antecipou o entendimento do responsável pelo inquérito. Tentativa de homicídio, nada menos do que isso. Mas pelo que se extrai de suas declarações, não vamos duvidar que o delegado acabe por indiciar as vítimas por terem atropelado, de costas, o veículo e seu condutor.
É aquela velha história. O problema, muitas vezes, não é o governo, mas o guarda da esquina. A postura tomada por um agente da lei, que deveria, na dúvida, agir em benefício da sociedade, mas se porta de forma tão escandalosamente favorável ao ensandecido condutor de um veículo que, ao utilizá-lo como arma, colocou em risco a vida e a integridade física de dezenas de cidadãos; acaba por acaba por desconstruir todo um discurso de governo que se julgava comprometido em estabelecer uma política séria de combate a violência no trânsito.
E o estrago, nesse caso, não se resume apenas às bicicletas retorcidas, aos corpos estirados no chão de uma via pública; feridos física e moralmente por um ato de insanidade. Tem a ver com a consciência que o Estado, por seus agentes, deve ter do seu papel na defesa de todos os seus cidadãos. Tem a ver com credibilidade. Tem a ver com a vontade manifesta de transformar discurso em prática cotidiana.
E isso não pode ficar a cargo do guarda da esquina.
(*) Advogado
Charge: Kayser
Fonte: RSUrgente
Saiba mais AQUI
“Tudo poderia ter mudado, sim
Pelo trabalho que fizemos, tu e eu
Mas o dinheiro é cruel e um vento forte levou os amigos
Pra longe das conversas, dos cafés e dos abrigos..Dificil é saber o que acontecerá
Mas agradeço ao tempo: o inimigo eu já conheço
Sei seu nome, sei seu rosto, residência e endereço
A voz resiste e a fala insiste, você me ouvirá
A voz resiste e fala insiste, quem viver verá”Belchior ( Não leve flores)
“Bicicletas em um Porto não muito alegre”
Por Paulo Marques do @autogestaobr
A cidade de Porto Alegre já foi símbolo de muitas “possibilidades”, inclusive em uma não tão distante época falava-se que aqui nesta “leal e valorosa” estava-se ensaiando “um novo mundo possível”; alguns até diziam que era uma verdadeira Aldeia Gaulesa de solidariedade e democracia que enfrentava o império neoliberal.
No entanto, parece que a fortaleza dos irredutíveis atualmente ficou no passado, pois o que restava dessa idéia generosa de uma cidade de todos (as) e para todos (as) aos poucos vai sendo enterrada, seja por uma gestão pública incapaz, seja por uma classe média cada vez mais elitista e preconceituosa. A quase tragédia ocorrida ontem na cidade baixa, quando cerca de 20 ciclistas do movimento massa crítica foram atropelados por um carro, de forma claramente proposital, como destacam as testemunhas, é apenas o aspecto mais visível deste cenário. Representa a consolidação da cidade como mero espaço voltado para o bom e eficiente funcionamento do mercado, o que significa o mal funcionamento para as pessoas, refletindo inexoravelmente a lógica do sistema capitalista.
Um movimento que propõe a substituição do uso do automóvel pela bicicleta acaba sendo, neste contexto, uma “ação de inconsequentes”, “quixotes” enfrentando “moinhos de vento” e portanto, nada mais lógico de “acabar com a palhaçada” (talvez este tenha sido não só o pensamento do motorista que causou o acidente, mas de muitos leitores de jornal). Da mesma forma que a participação popular nos assuntos da gestão pública “atrapalha” o gestor, a circulação de homens e mulheres em suas bicicletas “atrapalham” o fluxo das belas máquinas da modernidade. Assim se constroem os consensos, “senso comum” via mídia monopolista e oligárquica (apesar do movimento massa crítica realizar ações desde o ano passado, foi necessário um acidente para que o tablóide da família Sirotski mencionasse a existência do mesmo)
Está aí, de forma muito clara, na prática e não apenas na teoria, a comprovação da máxima do velho mouro segundo qual a “ideologia dominante é sempre a ideologia da classe dominante”. Senão vejamos, é minimamente racional que apenas uma pessoa utilize um automóvel no qual cabem cinco pessoas, ocupe um enorme espaço nas ruas, polua o ambiente, ponha em risco a vida de pessoas dentro e fora do veículo para percorrer, em media 5 ou 10 kilometros? Em uma velocidade de 20 kilometros por hora? A resposta pode ser positiva, é sim, desde que visto de determinado ponto, ou seja, de determinada idéia de cidade, de mundo, de ideologia.
Segundo a revista Carta Capital (edição de 16/02/2011), neste ano foram comercializados 3,1 milhões de veículos no Brasil. E se não bastasse isso, a noticia se completa com a informação de que grande parte da produção das multinacionais da indústria automotiva foi financiada pelo BNDES com cerca de 8 bilhões de dólares. É o que o titulo da matéria anuncia “gasto público, lucro privado”, mais claro impossível. Isso quer dizer o seguinte: a população financia com o dinheiro do seu trabalho a destruição da espécie e do ambiente em que vive.
É claro que isso pode parecer uma constatação de cunho “ecologista” e pouco “realista”. De alguém que não compreende a complexidade do capitalismo contemporâneo, pois este seria um processo macroeconômico no qual nós, os “reles mortais” nada podemos fazer para que mude.
Sejamos claro, na verdade o que menos importa no discurso legitimador do sistema é a qualidade de vida das pessoas, por isso as cidades não são feitas para as pessoas, são feitas para garantir no máximo os “direitos de consumidor”, se você não é consumidor, lamento, você não tem direito.
Nesse sentido, “o mercado” é o verdadeiro poder, senhor das ações do poder público. Da esfera federal à municipal o que precisa ser atendido é ele. Bicicletas não consomem combustíveis, não aumentam o PIB, não contribuem com o superávit da “balança comercial”, portanto, qual o sentido de estimular o seu uso?
Nesse sentido, a gestão fo-fo tem se destacado, durante seus quase oito anos as ações da prefeitura giram em torno do atendimento ao “mercado”, seja na “reforma do centro” e na manutenção de espaços públicos. No caso do transporte público, mantém uma das passagens mais caras entre as capitais; abandonou a única ciclovia existente na região da cidade baixa, a que realizava a ligação entre os parques (hoje usada como estacionamento mesmo ainda tendo a placa sinalizando o seu uso correto); colocou a disposição dos frequentadores do parque farroupilha um serviço de aluguel de bicicletas restrito ao parque (pois na visão dos atuais gestores o parque “é o lugar de andar de bicicleta”) mas não sem antes pensar no verdadeiro sentido da ação, que é o mercado obter algum ganho, claro. No caso a multinacional que proporciona o “serviço”.
Enquanto capitais como Buenos Aires estimulam o uso de bicicletas, em Porto Alegre o estimulo se dá em um serviço onde as pessoas pagam para fazer publicidade para uma multinacional de refrigerantes. Bom negócio, alguns poucos ganham muito e o sistema agradece.
Assim caminha nossa Porto nem tão Alegre, como poderia e deveria ser.
O que é positivo nesta história é a certeza que sempre teremos aqueles que não desistem. Seriam sonhadores e utópicos? Não importa o adjetivo, o importante é que ainda mantenham a luta por uma vida “menos ordinária”, menos desumanizada, e por uma cidade melhor para viver.
Se, por um lado, a realidade parece estar na contramão de seus objetivos, pelo menos uma certeza, os “quixotes” da massa crítica podem ter: por mais que não se acredite nela, a velha toupeira da história sempre teima em aparecer, grandes ou pequenas elas continuam vivas, muitas vezes “atrapalhando” os de cima, e sempre a espreita para o melhor momento de virem à tona. Longa vida a Massa Crítica, quem viver verá.
Fonte: BrasilAutogestionario
Publicamos a pedidos de Leandro Karam, crítica importante às ciclofaixas (ou o que existem das mesmas) nas ruas de Pelotas.
Divertido e saudável é aproveitar os finais de semana para pedalar pelas ruas, observar as pessoas, os lugares e conferir como anda a nossa cidade. No entanto, neste sábado (11), ocorreu algo que fez brotar em mim dúvidas.
Para que o leitor compreenda melhor, preciso voltar ao dia 9. Nesse dia, recebi um telefonema da Secretaria Municipal de Transportes, convidando a mim e ao Pedal Curticeira, grupo de ciclismo que lidero há pouco mais de 2 meses, para participar da inauguração da “ciclovia” na duplicação da Avenida Ferreira Viana, que se estende das imediações do Foro à rótula da ponte sobre o Arroio Pelotas, em Pelotas/RS.
Não pude participar da cerimônia de inauguração; no entanto, divulguei o evento para os demais ciclistas do grupo; eles aproveitaram a oportunidade de prestigiar uma ação que incentiva o uso da bicicleta como meio saudável, não poluente, silencioso e pouco espaçoso.
Ao retornar do nosso passeio, que teve como destino o Recanto de Portugal, fomos surpreendidos por um caminhão estacionado na “ciclovia”, obrigando-nos a contorná-lo pela rodovia na contra-mão, correndo assim sério risco de acidente.
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Para nossa surpresa, recebemos dos agentes de trânsito
a informação de que aquilo NÃO ERA CICLOVIA,
mas “ACOSTAMENTO” da rodovia. Me belisca …
Indignados com tamanha imprudência, registramos o fato. Assim feito seguimos nossa pedalada e cruzamos, logo a seguir, por uma viatura dos agentes municipais de trânsito (“azuizinhos”) e, como bons cidadãos, apontamos para o caminhão estacionado em local impróprio.
Para nossa surpresa e estupefação, recebemos dos agentes de trânsito a informação de que aquilo, pasmem, NÃO ERA UMA CICLOVIA, mas sim o “ACOSTAMENTO” da rodovia. Me belisca!
Mesmo que a explicação do agente fosse verdade, estaríamos presenciando a omissão destes agentes, que deixariam de cumprir seu dever de penalizar uma infração “gravíssima” com multa de R$ 191,54, remoção do veículo e perda de 7 pontos na carteira de motorista ao estacionar em rodovias, vias de trânsito rápido ou com acostamento.
Por curiosidade retornei ao local à noite e o caminhão ainda estava lá. Mesmo que não haja placa explicitando, presenciamos um claro exemplo da ineficiência dos nossos profissionais do trânsito.
* Leandro Karam é bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pela UFPel, além de professor, músico e ciclista.
Fonte: http://www.amigosdepelotas.com/2010/12/um-caminhao-estacionado-na-ciclofaixa.html
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