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Como já é sábido, todas às segunda-feiras, por volta das 10h, o CEA participa da programação da RadioCom (104.5 FM) de Pelotas/RS, durante o Programa Contra-Ponto, com um comentário sobre ecologia política, a cargo do ecologista Luiz Rampazzo, membro histórico do CEA.
Não deixe de ouvir a RadioCom e o Comentário do CEA, o Coletivo pela Sustentabilidade.
Hoje, 12.12.11, durante esse mesmo programa, será abordada a flexibilização do Código Florestal, com a participação do Prof. de Direito Ambiental e membro do CEA, Antônio Soler.
Escute a RadioCom na web: http://www.radiocom.org.br/

A mediadora do programa Outras Palavras, Rosane Borges Leite , o Prof de Direito Ambiental Antonio Soler e o Prof. Althen Teixeira Filho, debatando o "Código do Desmatamento". Foto: CEA
E ainda sobre a flexibilização do Código Florestal, as 20hs, para quem é ou estará em Rio Grande/RS, pode assistir na TV FURG, o programa Outras Palavras, com a participação do Prof. de Direito Ambiental e membro do CEA, Antônio Soler, o qual comenta aspectos de inconstitucionalidade do texto aprovado no Senado; e com o Prof. de Althen Teixeira Filho, o qual aborda, entre outras questões, a relação promiscua entre patrocinadores de campanhas eleitorais e retrocessos ambientais. O programa também contaria com o representante do Sindicato Rural de Rio Grande, mas o mesmo, alguns minutos antes de iniciar a gravação, informou que não participaria. Nada de novo, já que os “debates” em torno da flexibilização do Código Florestal, promovios pelo Congresso Nacional, via de regra, não passaram de monólogos do setor do agronegócio.
O respeitado e assistido programa Outras Palavras é comandado pela jornalista Rosane Borges Leite e vai ao ar pelos canais 10 da Net e 15 da Via Cabo. Ainda não esta disponível na web.
por Althen Teixeira Filho*
As últimas notícias sobre corrupção envolvendo o PCdoB recolocam luzes sobre a atuação de Aldo Rebelo (PCdoB/SP) em favor das alterações do Código Florestal Brasileiro (CFB). Mesmo na presidência do Congresso Nacional o parlamentar nunca demonstrou ter elã, parecendo mover-se às custas de cordéis, encenando “cota” do PC do B na teia governamental. Neste estilo, recebeu o projeto de alterações do CFB pronto, elaborado por mentes retrógradas, desprovidas de qualquer prudência ou bom senso com respeito à humanidade, ao ambiente e à sociedade de modo geral.
No seu “site” Aldo se apresenta como “um operário da construção nacional, um jornalista, escritor e deputado federal…, cinco mandatos consecutivos”, presidente da Câmara dos Deputados, ministro da coordenação política e líder do governo Lula. Hoje é citado como novo ministro do Esporte, mas já faz ginástica para que o seu nome não permeie o escândalo que melecou o ex-ministro e seu colega de partido, já que seu irmão foi citado no mesmo suposto esquema de desvio. Boa oportunidade para testar o fôlego de Aldo e aprimorar o novo esporte da Presidência da República; arremesso de ministros.
No discursinho manhoso feito pelo Brasil em prol da destruição das nossas reservas naturais, afirmou que “precisávamos acabar com a fome no mundo”, entretanto ainda não combinou com a colega senadora Kátia para que usem a tribuna pedindo a destinação de grãos para os que morrem de fome na devastada Somália e arredores. E ele sabe que já morreram mais de 30 mil pessoas, outras sofrem as dores da fome, mais perecerão e nada do Aldo se preocupar com a agonia deles. O parlamentar tem conhecimento (diz-se culto) que no mundo se produz alimento para saciar 12 bilhões de pessoas, onde vivem sete bilhões, mas se desperdiça um terço do gerado. Ele tem a exata noção que estes esfomeados não recebem o alimento excedente porque o preço do transporte “não compensa” e porque muito do produzido é para alimentar animais. Afinal, hoje, sementes são “commodities”, ou seja, é negócio e tem que dar lucro! É lei do mercado!
Nas peregrinações contra o CFB disse estar “estarrecido com o que viu por todo o Brasil”, ou seja, deputado muito bem assalariado por 20 anos ele ainda não conhecia o Estado que se arvora representar, seria um inútil e um desperdício financeiro para os cofres públicos (aliás, como muitos o são).
A prestação de contas eleitorais o aproxima, com o PCdoB, aos interesses de quem lhes financiaram campanhas. Seu total declarado revela campanha milionária – R$ 2.177.724.19 – dos quais, aproximadamente, R$ 627.000.00 vieram de empresas do agronegócio (Votorantim), bancos, construtoras (Camargo Corrêa) e metalúrgicas. Outros R$ 253.000.00 surgem do diretório nacional e comitê financeiro. O Comitê Eleitoral de São Paulo (base de Aldo) declarou arrecadação de R$ 2.878.686,84, e chama a atenção que aproximadamente R$ 982.000.00 provêm de empresas de mineração e do setor do agronegócio, como AMAGGI EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO LTDA, BUNGE FERTILIZANTES S.A., CELULOSE NIPO BRASILEIRA S.A, GOLDEN LEAF TOBACCO LTDA, KLABIN S.A., SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. Outro milhão surge de comitês financeiros. No RS o partido declarou recursos eleitorais de R$ 1.545.354,59, dos quais R$ 80.000.00 vieram da BRASQUEM, R$ 100.000.00 da Fibria, R$ 80.000.00 da Ipiranga, R$ 9.500.00 da Jussara Cony, R$ 180.000.00 de Tarso Genro e surge (?) R$ 1.200.000.00 de “diretórios e comitês”. Será este o motivo porque Tarso deu a SEMA ao PC do B, e por que Jussara senta na secretaria?
Toda esta cordialidade política lambuza os senadores gaúchos. Convidados por movimentos ambientalistas para debater as alterações do CFB eles comprovaram que Brasília está muito longe do nosso RS e do povo. Fugiram de cena, evaporaram da vida pública, mas um dia farão a ginástica de pedir votos (e muitos os darão). O pessoal da senadora Ana Amélia inovou na República e dizem ter feito uma “audiência pública” na Expointer, ou seja, quem teve dinheiro para pagar a entrada participou. Fica registrado que este é o conceito que têm de “público” (pagante).
Ao fim e ao cabo percebe-se que o povo brasileiro é o grande ginasta nacional e tem um fôlego tremendo, suportando políticas pífias e políticos sem a mínima noção do ridículo.
*Althen Teixeira Filho é Professor Titular da Universidade Federal de Pelotas (althen@ufpel.tche.br / althent@gmail.com)
“Agrotóxico” é um tema sobre o qual poderíamos debater horas ou dias, manifestar opiniões favoráveis ou contra, recomendar o uso ou não, entretanto, independente deste fato, eles são o que são; venenos sintéticos de alta potencialidade produzidos pelo homem para “matar pragas”. Aliás, como negar o óbvio expresso no próprio nome? São biocidas – matam tudo o que tem vida!
Também é fato que “o mundo tem fome”, precisa ser alimentado e várias vezes ao dia.
Não obstante, os informados sabem que a produção de alimento atende esta demanda global. Então, por que ainda tem gente morrendo de fome (de crianças ainda em úteros, suas mães, até velhos)? A resposta, tão simples quanto desumana, é que os governos/empresas não têm interesse/estrutura/não se preparam para a distribuição deste alimento produzido. Em alguns casos, como em grande parte da parcela de grãos que o agronegócio nacional produz, a preferência é de alimentar animais. Some-se a isto o fato de que, hoje, “grãos” não servem só para alimentar, mas passou a ser uma coisa chamada “commodity”, que equilibra ou desequilibra a “balança comercial”. É negócio!
A argumentação que discute diferenças entre “volume” e “quantidade” não passa de tergiversação e discurso ilusório. As doses são abusivas, criminosas, desproporcionais e só atendem os interesses delituosos das empresas.
“Pragas” surgem em ciclos biológicos naturais ou por conta do desfrute equivocado de plantios (mais comum), como nas lavouras comerciais (monocultivos) que destroem o equilíbrio predador/predado. Muitas “pragas”, assim como as “plantas invasoras”, são, na realidade, elementos próprios e fundamentais à vida de determinados biomas. Elas têm sua designação alterada visando enganar os menos atentos. Puro engodo de espertalhões.
Como professor de anatomia não possuo a melhor qualificação para dizer qual a forma adequada de plantar, mas já vi produtores familiares produzindo qualitativamente, sem agrotóxicos e devo salientar que este grupo não é pequeno. O interessante é que são combatidos e relegados à sua própria sorte, recebendo apoio irrisório – uma verdadeira afronta – por parte de programas governamentais.
Intelectualmente é pobre, e até grotesco, argumentar que para produzir precisamos anexar ao alimento altíssimas doses de venenos e, ainda insano, fazer com que o próprio alimento disponibilize a peçonha – como a toxina Bt.
E aqui já alcançamos outro crime – os transgênicos!
Publicações demonstram que esta toxina Bt ultrapassa a barreira placentária, indo agredir a própria segurança do feto (Aris, Aziz & Leblanc, Samuel. Maternal and fetal exposure to pesticides associated to genetically modified foods in Eastern Townships of Quebec, Canada. Reproductive Toxicology. Article in Press). Percebam que esta mãe nem precisa ir até a lavoura para se contaminar, pois recebe o veneno em sua casa, embalado e com data de validade. Este “alimento” fantástico também é chamado de “commodity”!
Já está comprovado que os biocidas necessitam aumentar sua dose de aplicação, pois as “pragas” se tornam resistentes – estão nos envenenando cada vez mais e mais. Temos, também, a troca de biocidas. A CTNBio já recebeu pedido de pesquisa visando a aplicação do famoso “agente laranja”, pulverizado por mercenários sobre o Vietnam durante a guerra, e que foi responsável pela morte em agonia de milhares de pessoas, pela mal formação e também morte fetal de outros tantos indefesos/inocentes.
E como o organismo recebe um veneno deste tipo? Com morte celular e alterações gravíssimas.
Alguns hormônios difundem-se nos tecidos orgânicos em valores expressos em “fentogramas”, valor igual a 10-15, ou seja, 0,00000000000001. Registre-se que a quantidade de agrotóxicos – e produtos presentes em transgênicos – que ingerimos via alimentar é muito superior e, assim, entende-se que a ingestão destes geram sangramentos no sistema digestório, espessamento de mucosas de células intestinais, proliferação celular desregulada (o que pode levar à câncer), náuseas, alergias gravíssimas, dificuldade de aprendizado, entre outros”.
Os resultados de pesquisas em ratos mostraram que o Glifosato Roundup foi responsável pela desregulação hormonal e diminuição significativa da produção de testosterona, corroborando efeitos tóxicos sobre o sistema reprodutivo endócrino (Romano, Renata Marino; Romano, Marco Aurélio, Oliveira; Cláudio Alvarenga. Arch Toxicol. 2010, 84:309–317), assim como indutor de más formações fetais (Romano, R. M. et al. Chem. Res. Toxicol. 2010, 23, 1586–1595).
E, se ocorre em testículos, pode-se inferir que os ovários sofram iguais efeitos, já que ambos têm a mesma origem embriológica. Realço que as conseqüências para as mulheres são muito mais terríveis, pois elas não renovam seus gametas que, uma vez agredidos ou alterados, as gestações terão altíssima possibilidade de gerar problemas (morte fetal, mal formações, etc.). Outros estudos já relacionaram o mesmo produto ao câncer de próstata.
Recente notícia repassada em 25 de maio de 2011 pelo noticiário alemão “Exakt – Das Nachrichtenmagazin“, com o título “Glifosato – O perigoso veneno de plantas” (Glyphosat – Das gefährliche Pflanzengift) relata, em agricultores, doses de 5.6mg/litro de glifosato na urina – esta dose é elevadíssima se comparada com o volume acima relatado de fentograma com que os hormônios atuam. Alguns acham que está bem, como o presidente da CTNBio, que disse que beber um copo deste biocida não traz problemas . Esta defesa apaixonada e irracional deste produto não combina com a investidura do cargo, mas a exigida isenção não ocorre, nem por fingimento.
Por fim, lembro que o DDT “veio para salvar a humanidade das pragas”, mas como praga/veneno em si mesmo, foi responsável pela morte de muitos, tem-se fortes suspeitas de ter contribuído pela diminuição na produção de espermatozóides da espécie humana, diminuição da própria qualidade de vida, matou animais silvestre – quase extinguiu a águia americana – ainda está presente em todo o planeta e serviu, de fato, só para enriquecer seus produtores. A mesmíssima coisa ocorre com o glifosato, e que não é biodegradável como mentiam as primeiras embalagens, e a Monsanto foi punida por isto.
Assim, mesmo que pudéssemos escrever muito mais, voltamos ao início. Agrotóxicos são o que são; biocidas gerando fortunas bilionárias aos seus produtores. E dane-se o mundo!
P.S. Notem que as crianças em gestação são extremamente agredidas, fato que parece não importar para alguns grupos, mas nada justifica tamanha sanha em busca de acúmulo financeiro.
Althen Teixeira Filho é Professor da Disciplina de Anatomia dos Animais Domésticos, do Instituto de Biologia, da Universidade Federal de Pelotas (althen@ufpel.tche.br / althent@gmail.com)
Uma certa vitória, digamos assim, foi o que aconteceu ontem quando a Câmara dos Deputados adiou a votação do pedido de urgência para o projeto do novo Código Florestal. Seguimos atentos e esperando um #NatalComArvores.
Abaixo segue carta enviada pelo prof. Althen nosso companheiro de luta ecológica!.
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Srs. políticos do PC do B,
Tenho acompanhado e participado de forma cidadã do debate que envolve as propostas de alterações do atual Código Florestal Brasileiro (CFB). Neste sentido, enviei correspondência ao deputado Aldo Rebelo (PC do B) expressando visão pessoal (mas que é a de muitos brasileiros), alertando sobre algumas das inconveniências contidas em suas propostas sobre o tema em questão.
Dias mais tarde, e com surpresa, recebi resposta eletrônica, que era uma confirmação da dislexia que acomete o conhecido parlamentar, ao tentar interpretar os textos que lhe apresentam. Mas não só a incapacidade cognitiva configuravam suas atitudes, como também a forma grosseira, deselegante e rude em desconsiderar as ponderações que lhe foram enviadas por milhares.
Diferentemente de outras mensagens que cercam especificamente o tema ambiental, escrevo para tratar das ações dos parlamentares do PC do B, as quais balizam vergonhosa pecha ao partido, ao seu ideário e a sua história.
Muito ao contrário do que difundem em aleivosias, está claro que o tipo de ânimo que estimula o deputado Aldo vem dos repasses financeiros de dispendiosas campanhas eleitorais. Sabemos que em 2006 o “ruralista Aldo” recebeu a soma de R$ 1.453.544,40, em valores advindos de construtoras (R$ 350.000.00), de mineradoras e bancos (R$ 450.000.00), e de empresas de agronegócio (R$ 170.000.00).
No mesmo sentido, o grupo de parlamentares por ele administrado, e que aprovou a dizimação das reservas florestais, foi financiado neste mesmo processo eleitoral em valores totais de R$ 8.098.475.87, onde as empresas de agronegócio pagaram R$ 2.784.000.00, as mineradoras, bancos e energia doaram R$ 1.228.000.00, e as empresas de construção compensaram com R$ 931.000.00. Os brasileiros sabem que os políticos liderados pelo PC do B – cujo parlamentar propõe a alteração do CFB e a naturalização da jaca – foi financiado por empresas que geram graves danos ambientais, como a Aracruz, Votorantim Celulose e Papel, Guascor, Agropecuária Maggi e, entre outras, a Stora Enso. Aliás, e a bem da verdade, é o deputado Aldo (PC do B) que faz a defesa de interesses estrangeiros, como bem comprova o repasse desta última empresa estrangeira para o seu grupo político.
Assim, como citei, meu manifesto é para cobrar valores de verdade e respeito à cidadania e ao Estado, esquecidos e desprezados por um grupo se preocupa em naturalizar a jaca, destruir nossas riquezas florestais e fraudulentamente sobrepor interesses pessoais aos coletivos. É uma confraria que não pode ser esquecida!
Não sem fundamento, o PC do B já é conhecido como “PC do quê”?
Com sinceridade, imenso desapontamento e indignação,
Althen Teixeira Filho
Cidadão Gaúcho, Pampeano,
Professor Titular / UFPel
Quem andou participando do ciberativismo do Greenpeace-Brasil, deve ter recebido uma descabida resposta do deputado federal Aldo Rebelo, presidente da Comissão Especial destinada a oferecer parecer sobre as diversas propostas de alteração da legislação florestal brasileira. Aquele na qual promoveu audiências públicas em apenas 19 estados, dos 27 estados existentes no Brasil, e afirma que “ouviu” mais de 300 pessoas de um universo de quase 193 milhoes de pessoas, segundo o IBGE.
Dia 1º de junho, no início da Semana do Meio Ambiente, será apresentado o relatório da Comissão Especial da Câmara dos Deputados para a reforma do Código Florestal, produzido por um restrito grupo de deputados federais apoiado pela bancada ruralista no Congresso Nacional.
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Sr. Deputado Aldo Rebelo
Recebi, com espanto, correspondência de V.Sa., contrapondo algumas informações sobre o ataque que o seu gabinete pratica contra nossas já devastadas florestas.
Após a leitura, então com assombro redobrado, noto que suas explicações tentam, mas não conseguem, mascarar a realidade dos fatos. As razões e justificativas expostas no texto ilustram, de forma cristalina, os motivos que levaram o nosso Congresso Nacional ao poço de vergonha no qual hoje se encontra.
V.Sa. se apresenta como a encarnação da ingenuidade e mártir de interesses estrangeiros, com iniciativas de singelo puritanismo. Não é possível que se hospede numa só pessoa tamanha inocência, e que não consiga perceber o que todos sabem __ as tramas sórdidas que ocorrem nos bastidores.
Como sou um reles cidadão, imagino que esta carta não foi escrita somente para a minha pessoa, mas busca alcançar os milhões que lhe exigiram o necessário respeito para com o meio ambiente. Então, se assim o é, como ousa dizer que somos pessoas “que não acompanham o debate sobre o assunto”? V.Sa. não consegue sequer perceber que, desta forma, denomina milhões de cidadãos como reles incultos e manipulados (a bem da verdade, temos que fazer o “mea culpa” pelos políticos que elegemos).
Perceba, ainda, segundo Vossa lógica, que se o atual Código Florestal encontra-se em tal situação calamitosa, a culpa repousa nos próprios políticos que se curvam aos interesses alheios aos do Estado. Se pressões externas existiram, e ainda existem, é porque governos anteriores – e este que V.Sa. fielmente serve, acolhem, como capachos, a vinda do capital especulativo estrangeiro, privatizando nossos bens maiores, como a Previdência, que teve, inclusive, o seu voto favorável.
E volta – e revolta, a citação de que “deputados ligados à agricultura familiar”, seringueiros e apicultores estariam sendo atendidos em seus pedidos. V.Sa. deveria ter um mínimo de coragem e assumir que é (tele)guiado e acata o conluio com o que de pior existe no “agronegócio”. O Congresso Nacional legisla para grandes corporações e acoberta políticos corruptos, expresso nos repetidos fiascos da (mal)denominada “comissão de ética”.
Os senhores condenam a população às toneladas recordes de inseticidas, pesticidas, organismos geneticamente modificados e outros venenos, que matam desde as abelhas dos apicultores – com os quais V.Sa. diz, candidamente, estar preocupado, até o próprio homem campesino. Se os índios estivessem pescando em suas reservas legitimamente demarcadas – e não sendo invadidas por madeireiros ou por lavouras de eucaliptos, acácia e pinus (todos destruindo a mata Atlântica, Amazônica, Serrado, Pampa e outros), não estariam sujeitos a prisões.
Gostaria de acreditar que esta correspondência grosseira, mal pensada, mal elaborada, mal escrita foi iniciativa de um assessor neófito e que V. Sa. não tem conhecimento dos absurdos nela contidos. Mas é bem ao contrário. Perceba o ridículo da sua citação, que os senhores organizaram “audiências públicas em 19 Estados, ouvindo mais de 300 pessoas”. Com isto, seu próprio gabinete ratifica que estas tais “audiências públicas” nada mais são do que justificativas espúrias e ilegítimas, baboseiras burlescas encenadas por empresários e políticos. V. Sa. acha mesmo que escutar 300 pessoas num país com quase 190 milhões de habitantes irá retratar nossas necessidades e aspirações? Dê-se conta do ridículo!
Não falo pelo povo brasileiro, mas imagino que números expressivos de pessoas ficariam estarrecidas ao lerem Vossa manifestação, de um político de várias legislaturas perceber, só agora, “pequenos agricultores vendendo suas propriedades ou trocando-as por um carro usado ou um barraco na periferia das cidades” em razão de não terem mais acesso ao crédito da agricultura familiar por não conseguirem cumprir a lei”. Onde passeava V.Sa. que não viu isto há mais tempo? O que fez nestes anos todos atuando no Congresso Nacional? Note que, com seus próprios argumentos, percebemos o seu refestelar entre mordomias e salário expressivo, sem saber o que padece o Brasil. E, como calamidade maior, lembro que V.Sa. foi o presidente do Congresso Nacional! Temos certeza de que políticos com tal matiz deveriam devolver aos cofres públicos seus salários e não mais se candidatar.
E, mais uma vez, voltam as tergiversações e inverdades para justificar a inserção da derrubada de florestas brasileiras: a reserva legal. Entretanto, agora é fácil entender seus arrazoados pífios, pois se em anos de deputação não percebeu a calamitosa situação dos agricultores familiares, é fácil imaginar que não entenda esta questão da reserva legal. E, por favor, colocar em conjunto pequenos, médio e grandes agricultores, como se tivessem as mesmas posturas, interesses e necessidades, denota mais um desconhecimento do que é o Brasil e, mais grave ainda, problemas de caráter.
Minha manifestação não defende ou utiliza informações de qualquer ONG. Expresso-me com base na minha experiência de vida, de trabalhar com pequenos agricultores, abandonados pelos administradores do Estado, isolados por estradas calamitosas, angustiados pela falta de professores e escolas, ou seja, uma situação que V.Sa. mesma diz desconhecer.
Escrevo-lhe para lembrar sua própria declaração feita à Justiça Eleitoral, de uma milionária campanha (custo R$ 1.453.544,40), e de onde surgem os interesses aos quais V.Sa. se curva: Bolsa de Mercadorias e Futuro – R$ 50.000,00; companhias de mineração, metalurgia e siderurgia – R$ 400.000,00; Construtora Camargo Correa – R$ 250.00,00; Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga – R$ 30.000,00; EMBRAER R$ 70.000,00; e, não poderia faltar, uma das maiores destruidoras do meio ambiente brasileiro, a Votorantim Celulose e Papel – R$ 50.000,00.
Por fim, revolto-me profundamente com suas argumentações, que são as mesmas de muitos políticos, que tratam o povo brasileiro como se ainda fossemos “australoptecídeos” (ainda homens das cavernas), verdadeiros ignorantes e broncos, que acreditam em lorotas jogadas num chiqueiro de mentiras políticas.
Continuo minha campanha para que políticos do seu jaez não sejam reeleitos.
Sinceramente,
Althen Teixeira Filho
Cidadão brasileiro e pampeano
“O problema não são as lavouras de eucalipto, o monocultivo, o agronegócio, mas as políticas (públicas) que levam a este tipo de coisa“, afirma o organizador do livro Lavouras de Destruição: a (im)posição do consenso.
Segundo o professor Althen Teixeira Filho, na entrevista que segue, concedida por e-mail para a IHU On-Line, autores da Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil e Uruguai, em uníssono, no livro digital Lavouras de Destruição: a (im)posição do consenso, “corroboram o mal causado pelos alimentos transgênicos; que lavouras de árvores não são florestas; que o agronegócio tem financiamento público exponencialmente superior à agricultura familiar (gerando menos empregos, com produtividade menor, destrói o ambiente e exporta o que produz); que a necessidade de hidroelétricas é questionável, geram destruição de ecossistemas vitais e desrespeitam qualquer direito humano”. Althen, que é organizador da obra, é enfático em suas respostas. Para ele, “nenhum encontro para discutir o clima vai avançar em defesa dos cidadãos. Os presidentes representam interesses empresariais, não os das populações. Ainda, e por fim, o próximo presidente do Brasil já está escolhido; será qualquer um que dê continuidade a este projeto falido de “capitalismo humanizado””. Althen não acredita que o Brasil possua um modelo desenvolvimentista. E explica: “O governo é a antítese dele mesmo. Temos ministérios para atender interesses políticos, não para criar estratégias de desenvolvimento, sendo um o antípoda do outro”.
Althen Teixeira Filho é médico veterinário, formado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e mestre em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, pela Universidade de São Paulo (USP). Possui doutorado em Anatomia Humana, pela Escola Paulista de Medicina. É pós-doutor, pela Medizinische Universität Zu Lübeck, na Alemanha. Atualmente, é professor da UFPel. A obra Lavouras de Destruição: a (im)posição do consenso está disponível para download gratuito AQUI. Althen também é organizador da obra Eucalipitais- Qual o Rio Grande do Sul desejamos?.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Como surgiu a ideia de reunir num livro a realidade comum dos problemas ambientais em diferentes países? Qual o principal objetivo da obra, que tipo de alerta ela quer fazer?
Althen Teixeira Filho – Surgiu como uma continuidade do livro “euCAliPITAIS”(2008). O problema não são as lavouras de eucalipto, o monocultivo, o agronegócio, mas as políticas (públicas) que levam a este tipo de coisa. Como “negócio” estas lavouras são péssimas, pois geram lucro só no sentido das empresas (predadoras) e destruição do sustento do homem do campo, das pequenas empresas, do meio ambiente. A maioria dos “alertas” já são bem conhecidos, entretanto, destaco no livro a busca da apresentação ordenada de alguns dos problemas, e feita por pessoas qualificadas no seu campo de trabalho. A dispersão de autores pelo mundo mostra que os efeitos danosos de tais negociatas são os mesmos, não importando o local. Por fim, e importante, mostra que não somos “um grupo pequeno” como dizem, mas compomos – e coloco todos como cidadãos -, a maioria expressiva contra os propagandistas pagos pelas empresas.
IHU On-Line – Quais os países que participam da obra e quais os principais pontos em comum entre eles?
Althen Teixeira Filho – Reunimos pessoas da Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil e Uruguai, e a maioria jamais tinha se visto ou conversado, expondo seu ideário sem dialogar entre si. Entretanto, em uníssono, corroboram o mal causado pelos alimentos transgênicos; que lavouras de árvores não são florestas; que o agronegócio tem financiamento público exponencialmente superior à agricultura familiar (gerando menos empregos, com produtividade menor, destrói o ambiente e exporta o que produz); que a necessidade de hidroelétricas é questionável, geram destruição de ecossistemas vitais e desrespeitam qualquer direito humano. Veja alguns títulos: “Por que a natureza ainda não inventou plantações (exóticas)”, de Lutz Fähser, Alemanha; “Agronegócio; crescer até o subdesenvolvimento. O escândalo argentino”, de Adolfo Boy, Argentina; “Transnacionais e transgênicos: o monopólio de sementes e insumos”, de Antônio Andrioli, Áustria; “Eucalipto versus bioma Pampa, compreendendo as diferenças entre lavouras arbóreas e o campo nativo”, de Tiago Santos e Rafael Trevisan, Brasil, entre outros não menos importantes. Temos, inclusive, uma música gravada pelo excelente cantor e compositor Pedro Munhoz (“Que verde é este?”).
“O problema não são as lavouras de eucalipto, o monocultivo, o agronegócio, mas as políticas (públicas) que levam a este tipo de coisa”
IHU On-Line – Quais os principais desafios que envolvem hoje o cultivo de alimentos no mundo?
Althen Teixeira Filho – Segundo o prof. Andrioli, produz-se alimento em quantidade suficiente para a população mundial, contudo, o problema é a distribuição e prioridades. Na Etiópia mais de seis milhões de pessoas padecem de fome, com inúmeras mortes diárias e a ONU diz não ter recursos financeiros para auxiliá-los. Mais recentemente, tivemos esta tragédia no Haiti, onde grupos formam pequenos exércitos na luta por água e alimentos. Enquanto isso, o agronegócio produz alimento para animais. Outro fator importante é a posse (privatização) das sementes por algumas empresas (como a Monsanto), tornando os agricultores (todos) reféns destes monstros insanos (ou “insantos”). A semente antes gerava sementes, era sadia, de todos, e trocadas fraternalmente entre agricultores; hoje é germe estéril e doente, levando suas alterações gênicas a “mesas de insegurança alimentar”. Transferem seu desregramento químico ao nosso metabolismo. Ressalto que isto já está comprovado cientificamente, com várias publicações. Esta indústria química “perde a guerra” contra o que chamam de “plantas invasoras” e a multinacional Dow AgroSciences já pediu à CNTBio a liberação de estudos de soja transgênica e, suspeita-se, que a nova variedade será resistente ao herbicida 2,4-D, o “agente laranja” usado como desfolhante na guerra do Vietnam. Assistam o filme “O mundo segundo a Monsanto” (no YouTube) e constatem os seus efeitos colaterais. O objetivo e o modo de alcançar lucro desse pessoal é cruel, insano e feroz. As populações que se danem.
IHU On-Line – Como são tratados na obra problemas como monocultivo, transgenia, aspectos políticos do financiamento de campanhas, cana de açúcar, barragens, questões técnicas das lavouras de eucalipto e acácia, por exemplo?
Althen Teixeira Filho – Tudo vem pela política. Defendo enfaticamente o financiamento público de campanhas para evitar o que se vê hoje. Os políticos são empregados de empresas com mandato eletivo de vereador, deputados (o Edson Brum e Záchia tentando destruir o nosso regramento ambiental), senadores (o Zambiasi, sempre que possível, na surdina, querendo beneficiar a Stora Enso na faixa de fronteira); governador (a ex-governandora Yeda e o vexame das papeleiras no RS) e até presidente (impossível esquecer o episódio “Lula e a perereca” – quando ele disse que ambientalistas se preocupam mais com pererecas do que com pessoas). Eles têm em comum o aporte financeiro das pasteiras (empresas de celulose) nas suas campanhas políticas (só a ex-governadora recebeu mais de 500 mil). No pleito de 2006 todos os candidatos a cargos eletivos no Brasil declararam ter recebido de pessoas físicas e jurídicas a soma de R$ 1.428.964.749,52 – um bilhão, quatrocentos e vinte o oito milhões de reais. Só o candidato Lula declarou R$ 91.490.670,71 – sem contar o que o partido recebeu, e Geraldo Alckmin informou R$ 81.923.624,75. E o que eles não declararam? Uma análise do último pleito de São Paulo indicou que os candidatos só declaram algo em torno de 40% do que recebem. Estes picaretas vão defender quais interesses? Certamente não os da população. O pior é que o problema não é só do Brasil. Bush era empregado das companhias petrolíferas e colocou (mentindo que procurava armas químicas) o exército mais poderoso da terra a serviço desses interesses. Obama é representante do sistema bancário. Como vimos, não existe dinheiro para matar a fome, mas em 2008 vários governos, o do Brasil inclusive, se reuniram para salvar capitalistas falidos e, importante – alguns calculam a soma repassada entre 15 e 17 trilhões de dólares, valor sacado de cofres públicos (o seu, o meu, o nosso dinheiro) cuja soma também foi utilizada para pagar pequenas fortunas a gerentes de empresas. É por isto que nenhum encontro para discutir o clima vai avançar em defesa dos cidadãos. Os presidentes representam interesses empresariais, não os das populações. Ainda, e por fim, o próximo presidente do Brasil já está escolhido; será qualquer um que dê continuidade a este projeto falido de “capitalismo humanizado”.
“Na Etiópia mais de seis milhões de pessoas padecem de fome, com inúmeras mortes diárias e a ONU diz não ter recursos financeiros para auxiliá-los”
IHU On-Line – Por que o subtítulo da obra é “a (im)posição do consenso”?
Althen Teixeira Filho – Achamos que “Lavouras de destruição” não seria suficiente. A “imposição” vai no sentido de ironizar e ridicularizar o fato de que os que contestam este tipo de “desenvolvimento” de governo e empresas são logo taxados de retrógrados, não desejam o avanço da metade sul (no nosso caso), que não nos preocupamos com as pessoas. Já ouvimos que “se fosse por estes ambientalistas, ainda estaríamos nos limpando com sabugos” – veja que manifestação débil e simplória (para dizer o mínimo). Quem não é favorável está associado a “ideologias” retrógradas (na falta de argumentos, sempre aplicam esta de “ideologia”). A “posição” vai no sentido de mostrar a trapaça, o ardil, a empulhação e a mentira como forma de propaganda.
IHU On-Line – Quais as principais análises jurídicas dos “novos tempos” que o problema ambiental ocasiona?
Althen Teixeira Filho – No capítulo “Ambiente e direito: o homem no limiar da vida” o professor Plauto Faraco de Azevedo, com maestria, raciocina no sentido de que produzimos para a troca e não para o (bom) consumo. Apresentam-nos o neoliberalismo como um imperativo histórico incontornável, o que é uma grande mentira. Isto tem levado a uma crise sistêmica, sendo importante repensar e “recriar” a ciência econômica e jurídica. Pessoalmente, vejo o campo jurídico impregnado por teses absurdas, motivo de tergiversação e omissão, que levam ao favorecimento das empresas. Sobressaem-se poucos procuradores e promotores que lutam com independência, mas que logo sofrem a (im)posição do “sistema”.
“O objetivo e o modo de alcançar lucro desse pessoal é cruel, insano e feroz. As populações que se danem”
IHU On-Line – O que o senhor destaca como o elemento mais significativo das cartas de agricultores familiares publicadas na obra?
Althen Teixeira Filho – As cartas são um elemento de manifestação dos próprios agricultores. Num momento percebi que todos falavam e se preocupavam com agricultura familiar, inclusive a grande representante do agronegócio, a senadora Kátia Abreu (segundo os jornais é grileira). Toda esta hipocrisia advinha da aplicação das novas leis que ordenavam Reserva Legal, Área de Proteção Permanente, entre outras. Resolvi, através de um projeto de extensão que tenho na UFPel, organizar e ouvir que o que os agricultores familiares queriam dizer é bem diferente do que dizem os formadores de opinião de rádios, TVs, jornais e políticos comprados. Todos devem ler, todavia, já antecipo que eles percebem o abandono no qual se encontram, a preocupação gravíssima com “o dia de amanhã” (sustento dos seus familiares), têm ciência das falsas promessas dos políticos e, muitos deles, produzem aquilo que pode gerar sustento familiar, não o que gostariam. Todos, sem exceção, destacam o equívoco destes ridículos monocultivos. Eles têm um “receituário caseiro” fenomenal para desenvolver uma agricultura familiar segura, com princípios biológicos e éticos (inexistentes nas multinacionais), mas falta-lhes apoio. Conheci um agricultor familiar, no município de Capão do Leão, o senhor Cláudio, que produz alimento de qualidade e sem agrotóxicos. Ele é muito inteligente e, de forma independente, busca na literatura seus próprios caminhos, pois já requisitou ajuda e responderam que hoje em dia esta coisa de produção biológica já é ultrapassada. Veja que ridículo.
IHU On-Line – Que reflexões a obra suscita sobre nosso modelo desenvolvimentista, principalmente rural?
Althen Teixeira Filho – De forma geral, as manifestações elaboram críticas ao que já citamos (monocultivos – cana-de-açúcar, soja transgênica, eucaliptos e, até, à CNTBio). Sou da opinião de que não temos um “modelo desenvolvimentista”. O governo é a antítese dele mesmo. Temos ministérios para atender interesses políticos, não para criar estratégias de desenvolvimento, sendo um o antípoda do outro. Exemplifico: o Ministério da Agricultura e o do Desenvolvimento Agrário. Neste último, conheço pessoas bem intencionadas, com boa vontade, trabalhando com afinco pela agricultura familiar. Bem ao contrário do primeiro, controlado pela “área ruralista” (ainda atuam como senhores feudais), mas que são do mesmo governo. O ministro das Minas e Energia é um subordinado do filho do José Sarney, cujas obras, segundo o noticiário, represam mais verbas públicas para eles do que água. Atuam como monstros, destruindo populações ribeirinhas, sem falar da natureza. É bom que fique claro: esta patacoada de que “ambientalista” está preocupado só com aves, peixes e pererecas já não é mais admissível. O que nos preocupa (embora não me considere ambientalista) é a perda da qualidade de vida e a própria vida das pessoas. Cada governo tem a CNTBio que organiza e merece, e, esta, só serve para sair saracoteando toda e qualquer licença que lhe solicitam.
IHU On-Line – O que embasa a proposta de disponibilizar o livro em formato digital gratuitamente na internet?
Althen Teixeira Filho – Combater tanta mentira e falsidade, e, para isso, a informação tem que chegar a todos. Os autores dedicaram seu tempo sem receber nada em troca (diferente dos jornalistas que viajaram com passagens pagas pelas papeleiras e hoje querem parecer imparciais). O nosso propósito é oferecer subsídios que construam raciocínios livres e independentes (não precisa concordar com as teses do livro), formando cidadãos responsáveis e críticos. Para tanto, buscamos suporte financeiro em vários sindicatos, cujo valor arrecadado é empregado única e exclusivamente para pagamentos de correção, diagramação, formatação, impressão e do qual prestamos contas de cada centavo. Também, o livro “euCAliPITAIS” alcançou quase 500 páginas e “Lavouras” quase 800, o que seria uma quantidade razoável de papel. Em 20 dias, e só no “site” do CEA, vimos que foram baixadas mais de 250 cópias do “euCAliPITAIS” e já sabemos que a procura por “Lavouras” é muito grande. Temos consciência da nossa “pegada ecológica” e, por isto mesmo, buscamos poupar ao máximo a natureza.
Fonte: IHU
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