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O Centro de Estudos Ambientais, através de Cíntia Barenho, também está na cobertura da feira, buscando mostrar a biodiversidade presente, evidenciando que o desenvolvimento do campo, do rural, poder e deve acontecer através da sociobiodiversidade existente e não das soluções capitalistas e degradadoras do agronegócio…

O Brasil Rural por diversos olhos

“Ainda há no imaginário das pessoas a ideia de que o meio rural é o lugar de atraso. Mas o que se vê aqui é exatamente o contrário: o campo é rico e diverso, com produção forte e moderna”, afirmou o ministro Guilherme Cassel, na tarde desta quinta-feira durante a abertura da Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, em Porto Alegre.

Este Brasil Rural de tantas diversidades está às margens do Guaíba, e atrai a atenção pela sua potencialidade. Em uma linguagem discontraída, ou mais voltada a segmentos específicos a mídia alternativa conta, a seu modo, o que acontece no cais do porto da capital gaúcha.

Já no primeiro dia de Feira, um grupo de seis blogueiros acompanharam toda a programação oficial, sem se descuidar de estandes atraentes e histórias de bastidores. “O novo rural está aqui. Hoje o campo não é só plantar e colher, e sim agregação de serviços. Uma prova são os roteiros turísticos da agricultura familiar, apresentados aqui na Feira”, explica Lúcio Uberdan, que escreve para um blog voltado à economia solidária e à auto-gestão. Ele é um dos blogueiros que está na Feira colhendo informações e curiosidades para levar aos seus leitores.

Fonte MDA

Veja também: As cores do dia no Brasil Rural Contemporâneo AQUI

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Brasil Rural Contemporâneo 2009 por Ministerio do Desenvolvimento Agrario.

Brasil Rural Contemporaneo (Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agraria), Marina da Gloria, Rio de Janeiro, RJ. Outubro de 2009. Foto: Eduardo Aigner/MDA

by Marco Aurélio Weissheimer

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, abre nesta quinta-feira (13), em Porto Alegre, a Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil Rural Contemporâneo. A Feira inicia oficialmente às 16h, no Cais do Porto. Antes, às 15h30min, o ministro receberá convidados em um coquetel oferecido pelas cooperativas de agricultura familiar do Rio Grande do Sul. Com entrada franca, a Feira será realizada de quinta a domingo (13 a 16 de maio), no Cais do Porto, devendo reunir 350 empreendimentos familiares de todo o Brasil.

O Rio Grande do Sul é um dos Estados que têm a agricultura familiar mais forte do país. O setor corresponde a cerca de 86% dos estabelecimentos rurais produtivos no Estado, sendo responsável por 54% do valor bruto da produção gaúcha e 81% das pessoas ocupadas no meio rural. Na edição deste ano da Feira Nacional da Agricultura Familiar, mais de 200 toneladas de produtos deverão ser comercializados.

O evento ocupará três armazéns do Cais do Porto (A4, A5 e A6). Nesses espaços estarão à disposição do público produtos como os queijos do Rio Grande do Sul e a cracóvia do Paraná; o bombom de buriti do Cerrado, o tacacá da Amazônia e a tapioca do Nordeste; roupas e acessórios de lã de ovelha e crina de cavalo do Rio Grande do Sul e bolsas de couro de peixe do Mato Grosso do Sul, entre outros achados que refletem a diversidade dos produtos da agricultura familiar.

A Feira contará também com uma intensa programação cultural. No Palco Multicultural, ocorrerão shows com Gilberto Gil, Otto, Teatro Mágico e Monobloco, além dos gaúchos Richard Serraria, Nei Lisboa, Frank Jorge, Julio Reny e Wander Wildner. Já np Tablado de Raiz estarão presentes grupos como o Maracatu Estrela de Ouro (PE), Zambiapunga (BA), Coco Raízes de Arco Verde (PE), Congada Maçambique de Osório (RS) e Cantadores do Litoral (RS).

Saiba mais no site do evento AQUI

Fonte: RS Urgente

Governo do RS financia transgênicos para pequenos produtores

por Marília Gonçalves*

Com incentivo do Governo do Estado…
Na semana em que pesquisas no Estado do Paraná apontam que o milho transgênico é mais contaminador do que afirmam o Ministério da Agricultura juntamente com a CTNBio, o Rio Grande do Sul noticia a compra de sementes de milho trangsênico para o Programa Troca-troca de sementes que funciona através de parceria da Secretaria da Agricultura com prefeituras, associações e sindicatos rurais e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag).

O que seria uma saída, mal administrado vira um problema…
Pra quem não conhece o programa foi criado para subsidiar sementes de cebola e milho pra pequenos produtores. Cada produtor tem uma cota máxima de sementes o qual pode pegar. Depois da colheita, o agricultor devolve o tanto de sementes que pegou abastecendo assim um banco de sementes estadual que coloca as sementes à disposição de outros produtores que seguem o ciclo, isso na criação do programa em meados de 1996…

Mas, de acordo com a política de aplicação de cada novo Governo, o projeto foi se modificando. No início se fazia fundamental o uso de sementes crioulas, já que outros tipos se sementes perdem a capacidade de germinação ou são estéreis. Em função da mudança de política de aplicação do programa, a Secretaria de Agricultura deixou de administrar um banco de sementes e passou a negociar com empresas donas de variedades impossibilitando assim, o desenvolvimento de sementes do produtor, que passaram a pagar a sua semente com grãos de milho, devolvendo ao estado grãos em maior quantidade (pois a semente é mais cara que o grão) para abastecer o estado possibilitando que o estado tivesse o domínio sobre o jogo de mercado onde se segura ou se larga o produto para controle do preço.

No fim o projeto de conservação vira a destruição…
Nos últimos anos o programa vem trabalhando com o pagamento em dinheiro destas sementes. A única vantagem do produtor é que supostamente a semente só é paga depois de vendida a colheita, digo supostamente porque o tempo da natureza não é algo levado em conta pelos prazos da Secretaria de Agricultura, então caso o produtor não tenha outra renda, perde a vantagem de esperar o preço subir para vender, tem que vender pra pagar a semente em maio e ponto, fora casos especiais como situação de emergência, ou calamidade do município.

Com a notícia desta semana, de que o estado do RS irá comprar sementes transgênicas para o programa Troca-troca me surgiram várias dúvidas e uma indignação sem tamanho. Primeiro não entendo porque manter o nome do programa? Porque não chamá-lo de “venda sua alma” ou ainda “acabe com a semente crioula do seu vizinho”, fora a brincadeira de mau gosto, mas sincera, eu gostaria que o estado do RS pelo menos criasse uma nova concepção clara para o programa, já que no site da Secretaria da Agricultura fala muito pouco da história do programa, não fala da concepção, e ainda faz uma campanha à favor do Governo atual.

Troca-troca de que? Troca de liberdade de plantio por algemas da Bayer? Troca de produção barata por pesos de agroquímicos? Troca de culturas originárias por cânceres europeus?

Acabaram de comprometer toda produção de milho do estado do RS, e isso é muito sério. A base alimentar da pequena propriedade é o milho. A situação é preocupante, temos que fazer algo, temos que agir.

*Marília Gonçalves
Assentamento Tamoios
Herval

A agricultura familiar é responsável pelo sustento dos 30 milhões de brasileiros que vivem em ocupações rurais.  No entanto, há, entre eles, um baixo nível de educação e a remuneração média é menor do que o salário mínimo.  Boa parte (75%) do contingente de trabalhadores não remunerados é composta por mulheres.

A constatação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que tem por base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada ontem (1º), no capítulo sobre o setor rural.  A publicação é uma descrição da situação rural do país, que deverá ser utilizada para a formatação de políticas públicas no Brasil.

De acordo com a pesquisa, 43% da população rural não é remunerada.  “A população rural é estimada em 30 milhões de habitantes.  Isso corresponde a pouco mais de 16% da população brasileira.  É maior do que a população de muitos países do mundo, mas que, por uma falha histórica do Estado, acaba ficando sem qualquer tipo de vínculo trabalhista, direitos e garantias sociais ou qualquer acesso a bens e serviços”, explica a coordenadora de área de Desenvolvimento Rural do Ipea, Brancolina Ferreira.

A baixa qualidade da educação prejudica sensivelmente a qualidade de vida da população rural e o desempenho da agricultura familiar como um todo, “tanto em termos de produção, acesso e uso de novas tecnologias, como por não dar a eles conhecimentos sobre como reivindicar o que precisam”, avalia a pesquisadora.

As mulheres, segundo a pesquisadora, constituem um grande contingente (75%) dos trabalhadores não remunerados que fazem parte da população economicamente ativa.  “São mais de 4 milhões de mulheres e pouco mais de 2 milhões de homens nessa situação”, informou Brancolina.

Segundo ela, a alta concentração de terras no Brasil é um dos causadores dos problemas vividos pela população rural.  “Os dados deixam claro que a terra continua concentrada nas mãos de poucos, e que as formas de acesso a ela são ainda provisórias e precárias”, disse a pesquisadora.

Pedro Peduzzi da Agência Brasil – EBC

Fonte:  Estação Vida / Agroambiente.

Pedro Peduzzi da Agência Brasil – EBC

Documentário sobre sementes crioulas contrapõe cultura dos transgênicos

O belíssimo documentário “Mulheres da Terra”, sobre o trabalho de camponesas de Santa Catarina com a preservação das sementes crioulas, veio a público nas últimas semanas para contrapor a avassaladora cultura das sementes transgênicas. Produzido pela Plural Filmes, o documentário mostra a profunda relação de camponesas com a terra e reforça que é possível descartar os agrotóxicos sem a necessidade de recorrer a sementes geneticamente modificadas.

Com 27 minutos, o documentário mostra a luta de seis camponesas em preservar a tradição e defender um futuro de biodiversidade por meio de sementes crioulas, que são sementes guardadas, reproduzidas e melhoradas milenarmente por comunidades tradicionais. Essas sementes aparecem como uma opção para pequenos agricultores que desejam uma forma de germinar mais resistente, com sementes mais fortes, porque foram escolhidas por meio da seleção natural.

Diferentemente das promessas comerciais que envolvem sementes geneticamente modificadas – que visam menor custo com maior rentabilidade –, as sementes crioulas têm suas raízes na tradição passada de pai para filho, na troca, na agroecologia. Acima de tudo, a cultura das sementes crioulas presa pela diversidade de plantas e cultivos, pelo respeito ao tempo da natureza, pela preservação das espécies nativas.

“(…) O homem pensa na terra em como ganhar dinheiro, forma de lucro, e ele não se dá conta de que, dependendo do que ele está colocando na terra para tirar aquele lucro, ele está matando a terra” – Zenaide T. Milan da Silva, uma das agricultoras do Movimento de Mulheres Camponesas de Santa Catarina, de que trata o documentário.

O documentário é tocante e revela a lógica da real sustentabilidade e a manutenção de uma agricultura sustentável, onde o plantio convive pacificamente com áreas de preservação. Aliás, não só convive, como se auto-complementa. A mata ajuda a preservar as sementes crioulas e sua riqueza genética, enquanto as sementes crioulas preservam a fertilidade do solo e mantêm fortes e vivas as áreas preservadas.

“A transformação, eu tenho certeza, que ela vem através da semente. A semente que a gente resgata, a semente das organizações, a semente das atitudes. Tem que ser pela semente. Nós somos uma semente. Isso não precisa aprender numa faculdade. Isso tem que sentir que está na hora de mudar. É uma transformação mágica” – Lourdes Bodaneze, também camponesa do movimento.

O documentário é a história de mulheres que “cuidam da terra e são cuidadas por ela”, como bem diz o produtor Will Martins, e “a semente crioula aparece como uma tendência para o futuro”. “Essas camponesas não estão fazendo só um plantio, mas estão plantando uma história. A agricultura é um dos empregos mais antigos do mundo, que elas estão projetando para o futuro”, conclui Will.

Assista o Vídeo AQUI

(Por Renata Camargo*, Congresso em Foco, 01/04/2010)

A União das Associações Comunitárias do Interior de Canguçu (Unaic), no Rio Grande do Sul, está fechando a vendas de sementes crioulas e varietais (não híbridas) da safra 2009/2010, com uma comercialização recorde de 14.500 kg de sementes.

“Se considerarmos a média de plantio de 15 kg por hectare, chegaremos à marca de quase 1.000 hectares plantados”, comemora Marcos Fanka, coordenador técnico do projeto de produção de sementes da organização.

A marca de comercialização registrada em 2009 é histórica, já que superou todos os índices das safras anteriores. O presidente da Unaic, André dos Santos, enfatiza que esse recorde “estabelece a confiabilidade e o reconhecimento dos produtores da região na qualidade das sementes que são produzidas, beneficiadas e comercializadas”.

Nesta safra, a Unaic estabeleceu como meta a disseminação das sementes crioulas para uma área geográfica cada vez maior. Para isso foram estabelecidas parcerias de comercialização através de prefeituras, sindicatos e cooperativas da região, além da venda direta aos agricultores.

Em parceria com a Fundação Banco do Brasil, a Unaic realizou doações de sementes para comunidades tradicionais como as indígenas e quilombolas, além de assentados da reforma agrária.

O principal objetivo dessas ações foi criar novos nichos de resistência das sementes crioulas, buscando a reprodução das variedades, já que neste período o Brasil anuncia a entrada no mercado de um número de sementes de milho geneticamente modificadas (transgênicas) superior do que de sementes híbridas ou comuns. Esse tem sido um motivo de preocupação para a equipe da Unaic, especialmente porque Canguçu sedia uma das principais representações da empresa Monsanto no RS, que é a das principal produtora de sementes transgênicas.

A equipe da Unaic tem acompanhado com preocupação o avanço do cultivo de milho transgênico na região, e tem buscado estabelecer o diálogo com os produtores para que o avanço da produção desse tipo de sementes respeite pelo menos as regras de isolamento que são estabelecidas pela legislação brasileira, tentando com isso evitar a contaminação das lavouras crioulas.

Fonte: MST

Abaixo seguem materiais, informações, notícias e diferentes conteúdos relevantes na temática, mas que não foi possível publicarmos antes.

  • A corrida às terras agrícolas: novo colonialismo? <aqui>
  • Agricultura argentina tende a ficar mais ecológica <aqui>
  • Agricultura Camponesa versus Agronegócio <aqui>
  • Agrocombustíveis ameaçam a segurança alimentar <aqui>
  • Agrotóxicos no seu estômago <aqui>
  • Cambio de hábitos: del monocultivo sojero al agroforestal <aqui>
  • Carta Agroecológica de Curitiba 2009 <aqui>
  • Impactos do latifúndio <aqui>
  • Comercio justo y soberania alimentaria <aqui>
  • Conheça os inimigos da Reforma Agrária <aqui>
  • Créditos multimilionários da ONU para agro-combustíveis ameaçam o clima, florestas e populações <aqui>
  • Fiscalização apreende 1 milhão de litros de agrotóxicos na Syngenta <aqui>
  • Fome é causada pela má distribuição e não pela falta de alimentos <aqui>
  • La planta sagrada de los incas desafía al gigante Monsanto <aqui>
  • ‘No existe soberania alimentar sem sementes nativas’ <aqui>
  • O agronegócio está extinguindo as abelhas no mundo <aqui>
  • O medo dos índices de produtividade <aqui>
  • O Roundup, o câncer e o crime do “colarinho verde” <aqui>
  • Os números de suicídios no Rio Grande do Sul assustam <aqui>
  • O veneno no pão nosso de cada dia <aqui>
  • Para FAO, agricultura de baixo carbono pode elevar produção <aqui>
  • Pesquisadores encontram DNA transgênico RR na cadeia trófica do solo
    <aqui>
  • Povoado argentino é Zona Livre de Agrotóxicos e Transgênicos <aqui>
  • Projeto transforma resíduo venenoso em aliado para preservar meio ambiente <aqui>
  • Proposta autoriza tecnologia para produzir planta modificada estéril <aqui>
  • Requião inaugura Centro de Pesquisa Valmir Mota de Oliveira <aqui>
  • Projeto de sementes crioulas de Canguçu ganha prêmio em Brasília <aqui>
  • Tese de mestrado analisa trajetórias de transição de produtores ecológicos e identifica indicadores sociais de sustentabilidade <aqui>
  • Governo destina mais de R$ 40 milhões para Manejo Florestal <aqui>

Agricultura argentina tende a ficar mais ecológica

Mesmo assim, boas iniciativas seguem acontecendo…

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Semente Crioula: cuidar, multiplicar e partilhar

A cartilha “Semente Crioula: cuidar, multiplicar e partilhar” apresenta o trabalho de resgate, conservação, multiplicação e uso de sementes crioulas no Centro-Sul do Paraná e Planalto Norte Catarinense realizado por centenas de agricultores e agricultoras. Ela foi publicada pela AS-PTA em março de 2009.

Baixe AQUI

Fonte: AS-PTA

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Frase

“De tanto postergar o essencial em nome da urgência, termina-se por esquecer a urgência do essencial.” Hadj Garm'Orin

Apresentação

O Centro de Estudos Ambientais (CEA) é a primeira ONG ecológica da região sul, constituída em Rio Grande/RS/Brasil, em julho de 1983.

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