Uma certa vitória, digamos assim, foi o que aconteceu ontem quando a Câmara dos Deputados adiou a votação do pedido de urgência para o projeto do novo Código Florestal. Seguimos atentos e esperando um #NatalComArvores.
Abaixo segue carta enviada pelo prof. Althen nosso companheiro de luta ecológica!.
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Srs. políticos do PC do B,
Tenho acompanhado e participado de forma cidadã do debate que envolve as propostas de alterações do atual Código Florestal Brasileiro (CFB). Neste sentido, enviei correspondência ao deputado Aldo Rebelo (PC do B) expressando visão pessoal (mas que é a de muitos brasileiros), alertando sobre algumas das inconveniências contidas em suas propostas sobre o tema em questão.
Dias mais tarde, e com surpresa, recebi resposta eletrônica, que era uma confirmação da dislexia que acomete o conhecido parlamentar, ao tentar interpretar os textos que lhe apresentam. Mas não só a incapacidade cognitiva configuravam suas atitudes, como também a forma grosseira, deselegante e rude em desconsiderar as ponderações que lhe foram enviadas por milhares.
Diferentemente de outras mensagens que cercam especificamente o tema ambiental, escrevo para tratar das ações dos parlamentares do PC do B, as quais balizam vergonhosa pecha ao partido, ao seu ideário e a sua história.
Muito ao contrário do que difundem em aleivosias, está claro que o tipo de ânimo que estimula o deputado Aldo vem dos repasses financeiros de dispendiosas campanhas eleitorais. Sabemos que em 2006 o “ruralista Aldo” recebeu a soma de R$ 1.453.544,40, em valores advindos de construtoras (R$ 350.000.00), de mineradoras e bancos (R$ 450.000.00), e de empresas de agronegócio (R$ 170.000.00).
No mesmo sentido, o grupo de parlamentares por ele administrado, e que aprovou a dizimação das reservas florestais, foi financiado neste mesmo processo eleitoral em valores totais de R$ 8.098.475.87, onde as empresas de agronegócio pagaram R$ 2.784.000.00, as mineradoras, bancos e energia doaram R$ 1.228.000.00, e as empresas de construção compensaram com R$ 931.000.00. Os brasileiros sabem que os políticos liderados pelo PC do B – cujo parlamentar propõe a alteração do CFB e a naturalização da jaca – foi financiado por empresas que geram graves danos ambientais, como a Aracruz, Votorantim Celulose e Papel, Guascor, Agropecuária Maggi e, entre outras, a Stora Enso. Aliás, e a bem da verdade, é o deputado Aldo (PC do B) que faz a defesa de interesses estrangeiros, como bem comprova o repasse desta última empresa estrangeira para o seu grupo político.
Assim, como citei, meu manifesto é para cobrar valores de verdade e respeito à cidadania e ao Estado, esquecidos e desprezados por um grupo se preocupa em naturalizar a jaca, destruir nossas riquezas florestais e fraudulentamente sobrepor interesses pessoais aos coletivos. É uma confraria que não pode ser esquecida!
Não sem fundamento, o PC do B já é conhecido como “PC do quê”?
Com sinceridade, imenso desapontamento e indignação,
Althen Teixeira Filho
Cidadão Gaúcho, Pampeano,
Professor Titular / UFPel
1 comentário
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dezembro 16, 2010 às 12:14 pm
sos praça lagos
Muito bom Prof… a educação, despertará a verdadeira postura critica e saberemos escolher nossos representante..vamos cobra educação de qualidade para o povo…