A propósito da temática anterior, encontramos trecho do “O Manifesto Comunista” em cordel.
O economista, filósofo e socialista alemão Karl Marx tem, pela primeira vez, suas idéias lançadas em poemas de cordel pelo poeta popular cearense Antônio Queiroz de França.
Literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome que vem lá de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. É um gênero literário especialmente encontrado no Nordeste brasileiro
Trechos de “O Manifesto Comunista em Cordel”:
Pensadores, sociólogos,
Cientistas sociaisi
Preocupem-se com o Homem
Este “rei dos animais”
Que cultiva o egoísmo,
Da ética não lembra mais.
Devido à desigualdade
Estudam a economia
E chegaram à conclusão
Que a poucos privilegia
Sem o mínimo pra ter vida
Sofre a grande maioria.
Fizeram a divisão
Após “estudos profundos”:
“Primeiro mundo” dos ricos,
“Terceiro” dos moribundos.
Os pobres escravizados
Por burgueses dos dois mundos.
Um grande gênio alemão
E um outro camarada
Prepararam uma tese
Da humanidade estudada
E descobriram a causa
Da fome verificada.
Foi de Karl Marx e Engels
A grande ação humanista
Quando lançaram ao mundo
O Manifesto Comunista,
Dizendo que nosso grito
Necessita ser conquista.
Em mil e oitocentos e
Quarenta e sete emitiram
Na liga dos comunistas
Em congresso decidiram,
O Manifesto dos pobres
Marx e Engels redigiram.
Feito de forma eclética
Une anticapitalistas
Da grande Liga Operária
Os quais eram comunistas
Que faziam um consenso
Com os irmãos anarquistas.
Quando a vida virou luxo
Neste tal Planeta Terra
Onde poucos vivem bem.
Pra se manter fazem guerra
Sobre muitos que produzem
Nova escravidão se encerra.
Gera insensibilidade
Em todos desde a infância:
Nos ricos por vaidade,
É causada por ganância;
Nos pobres pela miséria,
A causa é ignorância.
Sobre os nossos ombros pesa
A responsabilidade
Entre o nosso segmento
Com solidariedade.
O Partido Comunista
Já começa a progredir
E os vários movimentos
Resolveram se unir,
Para vil exploração,
Neste planeta, abolir.
Várias correntes de idéias,
Movimentos Sociais,
Havia, entre operários
E entre intelectuais.
Depois deste Manifesto
Tornaram-se consensuais.
O movimento operário
Chamava-se comunista,
Dos intelectuais
Era o socialista.
Afora outro que havia
Chamado de anarquista.
Dizem no Manifesto
Que existia um fantasma
Rondando toda a Europa
(De medo o Estado pasma),
Que prometia dá fim,
Entre nós, num cataplasma.
Karl Marx conclama a todos
Para entrarem em ação
Unindo os trabalhadores
Sem destinção de nação
Para o fantasma passar
Á materialização.
Fonte: Enciclopédia do Nordeste
Para saber mais sobre a Literatura de Cordel acesse AQUI
2 comentários
Comments feed for this article
novembro 21, 2011 às 7:58 pm
ariane
eu fiz um repente na escola no dia 19 de novembro de 2011 sobre a literatura dde cordel valendo nota cada sala tinha q inventa um repente a minha sala é a literatura de cordel
março 22, 2012 às 2:09 am
Ivana Diniz
Sen sa ci o nal! Tem tudo a ver. Vamo acabá com esse negócio de que só elite intelectual pode ler e entender Marx. Viva o povão!